Capítulo 01

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Essa é uma daquelas típicas histórias clichês com o tema "Nerd e popular" porém deixei com uma Vibe mais de novela *risos*...

É uma história que não é focada somente no clichê, mas sim em vários pontos que farão a história se mover e fazer com que ganhe sua atenção e talvez até seu coração.

Espero que goste, e não fique bugado com os comentários, talvez alguns não façam sentido porque estou apenas editando os capítulos.

É isso, boa leitura!

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Acordo com o barulho irritante do despertador.

Seis horas, ninguém merece acordar a essa hora e ainda ter que ir para a escola.

Mas como nada na vida é da forma que queremos, precisamos nos acostumar e enfrentar as decepções, humilhações e chatices que o ensino médio trazem consigo.

Estou no segundo ano e já me sinto sufocada ao pensar que terei que aguentar mais um ano antes da faculdade.

Essa vida definitivamente não é fácil.

Termino de me arrumar e encaro o espelho mais uma vez.

Eu tenho um estilo um pouco diferente, uso roupas largas e de tons escuros.

Nunca gostei de chamar atenção, e nunca me interessei pelo fato de não "estar na moda".

Desço até a cozinha e já consigo ouvir uma música que eu particularmente amo.

A música Ride - Twenty One Pilots

Sorrio ao ver a animação da minha mãe colocando o café na mesa ao som da música.

Me aproximo da mesma.

- Bom Dia filha.

Falo um "bom dia" e sento no mesmo lugar de sempre.

Pego um pão de queijo e sinto o olhar da minha mãe sobre mim.

- O que foi? - Pergunto tentando entender o porquê daquilo.

Ela me analisa mais uma vez e já sei mais ou menos do que se trata.

- Tem certeza que deve ir vestida assim, você é tão linda não há motivos para se esconder nessas roupas.

Suspiro cansada ao perceber que se trata do mesmo assunto de sempre.

- Mãe, já conversamos a respeito disso. Eu me sinto bem assim, não pretendo mudar para fazer parte de padrões.

Sua expressão muda de um modo interrogativo para um pensativo agora.

Minha mãe trabalha com moda, temos uma própria marca. Ao contrário de mim, ela sempre se vestiu muito bem e sempre andou na moda, talvez seja por isso que sempre pega no meu pé.
Acho que esse meu estilo pega "mal" para uma marca tão conhecida de roupas.

- Eu sei. - Ela fala por fim - Mas acho que se você quer um namorado devia pelo menos sair um pouco dos moletons.

Sinto meu estômago embrulhar, e termino meu café em silêncio.

Eu sei que o que minha mãe mais quer é que eu seja uma adolescente normal, mas isso é um pouco impossível. Por mais que eu tenha um sobrenome forte, faço parte do grupo excluído, dos excluídos. Aquele grupo que é sempre humilhado pelos jovens populares.

- Nesse momento, só quero focar nos meus estudos. Deixarei esse assunto de namoro para outro momento.

Ela assente e sorrir, enxugando uma lágrima em seguida.

- Pode ter certeza, assim como eu seu pai também tem muito orgulho de você.

Sorrio fraco ao lembrar dos momentos que tive com meu pai, antes dele falecer.

- Obrigado mãe, mas agora tenho que ir. Já estou atrasada - Falo olhando a hora no meu celular e levantando da mesa.

***

Chegando na escola dou de cara justo com quem eu não queria ver por um bom tempo ou pelo resto da vida.

- Atenção, nerd atrasada passando - Oliver fala alto fazendo com que seu amigo idiota comece a rir de uma forma totalmente escandalosa.

Se ser popular significa passar vergonha, prefiro ser taxada de nerd para sempre.

Apenas ignoro e continuo meu caminho até a biblioteca...

Olhos para todos aqueles livros organizados em estantes e sinto um certo orgulho ao ver que já li uma boa parte deles.

Um deles me chama atenção pelo título "Mulher irresistível", pego o mesmo e coloco dentro da mochila ao ouvir o som do sinal, indicando o começo da primeira aula.

***

- "Oque os olhos não vê o coração não sente" Um dito popular bastante usado nesse século. Alguém pode me explicar oque isso quer dizer? - O professor fala e em seguida eu levanto a mão - Eliza pode falar.

- Bom, significa que se você não souber de alguma coisa o coração não vai sentir. É o mesmo argumento que explica o fato de que quando alguma coisa ruim acontece, ninguém sente o impacto até que se veja ou se saiba da notícia.

- Correto, como sempre sua dedução é perfeita. - Sinto meu rosto arder ao sentir os olhares de toda a sala sobre mim.

- Nerd! - Oliver fala fingindo uma tosse.

- Oque disse senhor Martinez? - O professor pergunta e a postura de Oliver muda, agora estava sério e visivelmente entediado.

- Bem, eu... - Começa mas o interrompo.

- Deixa que eu resolvo - Viro minha cadeira para olhar bem em seus olhos, ele não desvia o olhar em nenhum segundo. - Sim, sou nerd, uma nerd que vai para uma linda faculdade e depois vai sair de lá uma grande médica ou talvez uma grande advogada, enquanto a você? Bom... vai continuar sendo essa pessoa galinha que é, e o pior de tudo, vai continuar sendo sustentando pelos seus pais.

O resto da sala começa a rir e ele apenas me encara em silêncio de um jeito ameaçador, tenho certeza que vai fazer algo depois.

***

- Garota, você arrasou, nunca achei que fosse capaz de falar algo do tipo.

Sorrio ao ver a empolgação da minha amiga.

- Olha eu sei que Oliver é seu irmão mas, ele sempre me tira do sério. - Falo e vejo a mesma aumentar ainda mais o seu sorriso.

- Não sei não viu, sinto cheiro de outra coisa no ar... - Deixa a frase morrer para tentar fazer suspense.

- Sente cheiro do que?

- De uma coisinha chamada Amor - Fernanda enfatiza a última palavra e não consigo segurar uma gargalhada.

O riso tava tão forte que sinto meus órgãos começarem a ser afetados.

Meu pâncreas!

- Só na sua cabeça mesmo.

Continua...

Esse Não é um Típico Clichê! (Hiatus)Onde histórias criam vida. Descubra agora