Capítulo 17

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Palavras, achamos que são apenas objetos direcionados na conquista de nossos objetivos e esquecemos o peso e espaço que ocupam na mente humana.

Muitas vezes deixamos de falar alguma coisa por medo de sermos fragilizados pelo o que sentimos, e algumas vezes as palavras que emitimos são tão fortes que não dizer-las parece ser a melhor solução.

As pessoas não dão a importância necessária as suas palavras, mal se dão conta que algumas são capazes de salvar vidas e até mesmo destruir-las.

***

Dois dias se passaram desde o momento em que o médico nos deu a terrível notícia de que poderia haver sequelas.

Eliza começou a demonstrar sinais de que está se recuperando e isso me animou muito, mas o medo de que ela acorde e não consiga enxergar mais me destrói.

Sua mãe estava preocupada pelo fato de que a filha não acordara após o ocorrido, mas os médicos a tranquilizaram falando que era completamente normal já que ela perdera uma grande quantidade de sangue e estava sedada por muitos analgésicos.

Sinto minha cabeça girar e concerto minha postura, estava a horas sentado em uma cadeira desconfortável na sala de espera, ansiando por notícias e desejando mais que tudo poder voltar no tempo.

De longe, observo Samanta se aproximar com um sorriso no Rosto.

- Oliver, tenho grandes notícias!

Sinto meu corpo gelar na espera de algumas palavras de conforto.

- São... Boas notícias? - Pergunto já esperando ansiosamente por alguma resposta da parte dela.

Samanta tem sido muito forte nesses últimos dias, queria que Elizabeth podesse ver como sua mãe se preocupa tanto com a filha e está disposta a mover montanhas por sua causa.

Ela sorrir e sinto meu coração se acalmar um pouco.

- As melhores, minha filha está acordando.

Um sorriso de alívio surge em meu rosto e sinto meu corpo perder um pouco da rigidez pela qual estava paralisado.


- Posso vê-la?

***

O quarto parecia mais frio do que o normal, ouvir o barulho das máquinas fez com que meu estômago revirasse. Lá estava ela, um pouco a minha frente. Parecia apenas dormir, mas eu sabia a verdade, estava sedada pelos medicamentos e lembrar que a maior parte disso é minha culpa, fez com que eu me sentisse como o verdadeiro monstro da história.

Me arrisquei ao segurar sua mão e esperei sua reação imediata, mas nada aconteceu.

Será que ela seria capaz de me perdoar? Será que conseguiria olhar na minha cara novamente?

Eu nunca tinha reparado o quanto ela era linda até aquele momento. Lembranças do seu sorriso aqueceram o meu coração e criaram uma atmosfera de paz no ambiente.

Me permiti lembrar dos nossos bons momentos juntos e sorri.

É Elizabeth, você é uma pessoa incrível.  Eu deveria ter te falado isso quando tive a chance.

Sinto um aperto em minha mão e meu coração acelera.

Ela olhava atentamente para meu rosto, como se tivesse tentando me reconhecer ou como se tivesse sentido desgosto ao fazer isso.

Esse Não é um Típico Clichê! (Hiatus)Onde histórias criam vida. Descubra agora