Capítulo 08

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- Não vai falar nada? -

- Oque você quer que eu fale? - Pergunto após longos segundos tentando recuperar o ar.

- Que você aceita sair comigo, Simples.

Fico em silêncio tentando assimilar tudo e decidir o que é o melhor a se fazer.

- Tá bom, amanhã as 19 horas.

- Sabia que você não ia resistir a esse meu charme - Oliver fala passando a mão no cabelo e com um sorriso convencido no rosto.

- Já desisti.

Vejo sua expressão mudar para uma de fracasso.

- Ei, calma foi só uma brincadeira!

Apenas ignoro e encosto a cabeça no vidro do carro.

***

- Tchau - Falo saindo do carro.

Escuto a porta do carro sendo aberta.

- Espera, não vai nem se despedir? - Pergunta com as mãos atadas em sinal de derrota.

- Você não merece meu tempo.

Caminho em passos rápidos até minha casa e solto um suspiro ao sentir o ar-condicionado esquentar meu corpo.

- Eliza... Você está toda encharcada, tome um banho quente para não pegar um resfriado.

Assinto.

- É isso que eu vou fazer, não se preocupe. - Beijo sua bochecha e sigo minha trajetória até o quarto.

Tomo um banho quente e visto a roupa mais quentinha que encontro, me jogo na cama e sinto o cansaço se apoderar do meu corpo, em poucos segundos sinto meu olhos se fecharem...

***

Se temos escolhas? Várias! Se eu tivesse saído daquele carro quando tive a oportunidade nada disso teria me acontecido, eu não estaria onde estou agora.... Enfim, Sempre fazemos escolhas certas e erradas e muitas vezes aprendemos com os erros. Na verdade eu aprendi que uma pessoa não muda de um dia para outro, e que muitas vezes o amor que juramos sentir não passa de uma ilusão, e foi quebrando a cara que eu fiquei mais forte. Foi sofrendo oque sofri que eu aprendi que todo amor pode acabar menos um... O próprio.

***

Acordo com um calor intenso.

Me impressiona a bipolaridade do clima nessa cidade.

Vou até o banheiro, tomo um banho e aproveito para lavar os cabelo. O calor a tá tão intenso que dá até para fritar um ovo na calçada.

Quando termino o banho visto uma roupa confortável e coloco um programa qualquer na TV da sala. Me distraio com a programa e nem percebo quando Fernanda chega perto de mim...

- Bonito em!?

Me assusto e quase caio do sofá.

- Menina, vai me matar desse jeito - Falo e ela começa a rir.

- Essa era a intenção.

Jogo uma almofada na mesma que perde o equilíbrio e cai sentada no chão.

- Quem rir por último, rir melhor.

Ela levanta e mostra a língua em seguida se joga no sofá ao meu lado.

- Oque você tá fazendo aqui? - Pergunto.

Ela faz cara de chateada.

- Credo, não posso nem fazer uma visitinha, Aff garota tóxica.

- Você não viria até aqui a essa hora só para me fazer uma visita, pode ir falando o que você quer de minha pessoa.

Volto minha atenção à TV.

- Queria tomar um açaí. - Ela fala e dou de ombros.

- E por que não toma?

- Porque eu tô sem grana, óbvio.

Cruzo as pernas.

- E eu com isso? - Pergunto sem desviar minha atenção do programa.

- Como você é a melhor amiga do mundo todinho vai me pagar um açaí!


- Tô sem dinheiro, sem money, sem verba e sem todos os outros adjetivos que o dinheiro possa ter. -

Fernanda revira os olhos.

- Ah não, você não sabe como estou sofrendo por não poder sentir aquele gostinho natural do açaí com amendoim por cima e kiwi. Acho que vou morrer, é isto.

Temos uma dramática aqui.

- Se eu pagar, oque ganho?

- Uma amiga feliz e um pedido! - Sorrio pela sua escolha de palavras.

- Hum, deixa eu pensar.. - Pausa - Ok, te pago um açaí.

Ela começa a pular no meio da sala e a fazer uma dancinha estrabha.

- Ebaa, sabia que não ia me decepcionar.

Contínua...

Esse Não é um Típico Clichê! (Hiatus)Onde histórias criam vida. Descubra agora