Capítulo 06

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Mais um dia entediante seguindo a mesma rotina que sempre faço quando acordo.

Tomo meu café e caminho até a escola em silêncio apenas ouvindo o ritmo da música que meus fones reproduzem.

Chego na escola cedo como de costume então aproveito o tempo restante para continuar lendo.

***

Após duas aulas chatas de história, cá estou eu jogada em um banco no pátio da escola.

O calor intenso faz com que eu sinta vontade de largar tudo e encontrar a piscina mais próxima.

Solto meu cabelo e espero alguns minutos antes de refazer o coque.

Olho minha aparência pela câmera do celular.

- Hum... Até que não sou tão feia...

- Não chega nem perto disso.

Bloqueio a tela do celular e sinto minha espinha gelar.

Falei alto e em bom som, o que queria manter apenas em meu pensamento.

- Oliver... - Sinto as palavras se perderem ao sentir-lo mais próximo a mim. Exatamente sentado a meu lado.

Sua expressão estava neutra, não sabia o que estava pensando ou planejando.

- ... O que está fazendo aqui? - Após alguns segundos consigo recuperar minha voz.

- Não é óbvio? - Sorrir largamente - Estou sentado assim como você.

Arrumo minha postura e suspiro cansada.

- Não estou no clima para suas gracinhas Oliver, então me poupe e diga logo o real motivo pelo qual entre tantos lugares para sentar tenha escolhido este.

Ele me analisa com um semblante confuso.

Talvez eu tenha falado um pouco rápido demais.

- Bom, nenhum motivo específico eu apenas... - Aproxima seu rosto da minha orelha - Quero ficar perto de você.

Me afasto e tento entender o significado de suas palavras.

Ele não quis dizer o que disse, tenho certeza.

- É uma pena. - Ele me analisa confuso - Eu não quero ficar perto de você.

Levanto me pondo em pé, na intenção de fugir o quanto antes, mas sinto sua mão segurar meu braço.

- Por que está fugindo?

Sorrio de uma forma debochada.

- Não é obvio? Nos odiamos. - Digo da forma mais clara que consigo.

- Não, nós não nos odiamos... - Pausa - Talvez você que me odeie.

Sinto sua mão soltar meu braço aos poucos e então me encontro livre para fugir.

Mas alguma coisa me impede de ir embora, talvez seja sua cara de decepçao ou a forma que meu coração acelerou ao ver-lo nesse estado.

- Eu...

Procuro palavras mas não encontro.

Que merda está acontecendo?

- Me desculpa. - Sinto meu coração bater mais forte ao ouvir essas palavras.

- O que?

Eu estava confusa, não podia entender o que estava sentindo, nem diferenciar se suas palavras não passavam apenas de outra brincadeira de mal gosto.

- Desculpa por tudo que eu te fiz, durante esse tempo. Eu me arrependo de cada brincadeira.

Meu coração erra uma batida.

- Onde quer chegar com isso?

- Quero que tudo fique bem entre a gente. - Sinto sinceridade em cada palavra que diz.

Eu nunca imaginei que isso poderia acontecer e agora que aconteceu não sei se devo acreditar.

- Não vai ser tão fácil assim, fazer com que eu te perdoe. - Minha voz saiu de uma forma extremamente fria, mais do que eu pretendia no momento.

- Eu sei... Mas não vou desistir.

Contínua...

Esse Não é um Típico Clichê! (Hiatus)Onde histórias criam vida. Descubra agora