Depois de alguns dias, finalmente me sentia disposta a enfrentar meu destino. Ainda tentava digerir tudo que me aconteceu, mas sabia que nada voltaria a ser como antes.
Oliver havia tentando falar comigo mais algumas vezes, mas simplesmente ignorei suas ligações, além do mais, o que mais eu poderia fazer? Meu coração estava quebrado e ver a pessoa responsável por isso só ia aumentar mais ainda minha dor.
Passei a noite anterior em claro, pensando em como seguiria em frente e onde arrumaria forças para isso. Lembrei do convite da minha tia, que fora feito meses atrás. Ela queria que eu passasse uma temporada com ela em Nova Iorque e isso era exatamente o que eu precisava no momento. Me distanciar de tudo que me fez mal e focar em mim, pelo menos por um tempo.
Senti um aperto no peito, ao imaginar como seria difícil ficar longe da minha mãe e melhor amiga, mas esse tempo seria necessário, eu precisava me reencontrar de novo.
Fecho os olhos e por alguns segundos me permito lembrar dos bons momentos que tive nos últimos meses.
Eu preciso ser forte para superar tudo, e eu vou ser forte, tenho que ser.
***
No dia seguinte, já estava de malas prontas esperando ansiosamente o momento de ir até o aeroporto.
Fernanda tinha dormindo em casa na noite passada, estávamos aproveitado os nossos últimos momentos juntas antes da minha viagem.
Me partiu o coração ver minha amiga triste, mas sabia que ela me entendia e me apoiava. Sempre foi uma das pessoas que podia contar quando tudo estivesse desmoronando e dessa vez não foi diferente.
Minha mãe me ajudou a colocar minha mala no carro e Fernanda já esperava no banco de passageiro comendo um pacote de Doritos.
Sorrio ao perceber que por mais que o tempo passe e as coisas mudem, ela nunca irá mudar.
***
- Preparada para uma nova aventura?
Respiro fundo e tento me concentrar nas boas lembranças que vivi, também nas lembranças que quero construir enquanto estiver fora.
- Você sabe que te amamos e que sentiremos sua falta. - Minha mãe fala e assinto lentamente.
Fernanda se aproxima para me dá um último abraço.
- Volta logo para nós, por favor. - Retribuo o abraço e sinto um lágrima solitária ameaçar escorrer.
Seco imediatamente e sorrio. Eu não sabia o que me esperava, mas eu tinha que fazer algo. Não podia simplesmente ficar parada enquanto sentia minha essência mofar.
Algo dentro de mim mudou. Não sou mais a garotinha frágil de antes.
- Prometo que mandarei notícias todos os dias. - Respiro fundo tentando não derramar mais nenhuma lágrima.
Minha mãe assente e as duas me envolvem com um abraço apertado.
***
Abro os olhos claramente assustada ao sentir um toque em meu braço.Estava tão exausta que acabei dormindo a viajem inteira. Olho ao redor e não vejo mais ninguém, além de mim e a aeromoça que acabara de me acordar.
Ao colocar os pés em solo nova-iorquino, sinto uma sensação diferente. Algo que eu não sentia a muito tempo... o surgimento de uma nova esperança.
É difícil superar um coração partido, mais difícil ainda é abrir mão de uma vida para tentar se adaptar à outra completamente diferente.
Infelizmente a vida é feita de escolhas e cabe a nós mesmos decidirmos qual é a melhor e seguindo essa ideia, estou no lugar certo. Onde mais eu poderia está se não longe de tudo que me deixa mal?
Aceno para um táxi fazendo o mesmo parar. O motorista me ajuda com a mala e agradeço pela sua gentileza.
Verifico meu celular na esperança de ter alguma mensagem nova, mas nenhuma era tão importante para ser lida naquele momento.
Olho no relógio impacientemnte e me dou conta de que o motorista já deveria ter começado sua rota. Olho em direção a janela e vejo que o mesmo parece "discutir" com um cara um pouco a frente do veículo
- Tenho certeza que ela não irá se importa em dividir o trajeto e com isso você irá me fazer um grande favor. - Consigo ouvir um pouco da conversa.
- Garoto, eu não posso simplesmente colocar uma pessoa a mais no veículo sem nem ao menos perguntar ao passageiro principal se essa ideia o incomoda. - O motorista fala demonstrando um pouco de alteração em seu humor.
Acho que não preciso presenciar uma briga agora.
Desço do carro e me aproximo mais dos dois homens a minha frente.
- Algum problema? - Pergunto fingindo que ainda não me dei conta da situação.
O motorista faz um sinão de negação com a cabeça e os olhos do outro cara fixam em mim.
Em poucos segundos reconheço seu rosto e um sorriso instantâneo surge em meus lábios.
- Taylor!
Ele sorrir como resposta.
- É bom te rever, Eliza.
Continua...
Depois de muito tempo, estou de volta e agora pretendo (não é uma promessa), terminar essa história o quanto antes.
Agora que estou com um pouco mais de tempo, tenho vários projetos futuros para essa história e outras que estão por vir. Obrigada àqueles que não desistiram de mim e acompanham essa divertida (e confusa) história um atípico clichê.
Beijos e até a próxima!
Ps. Tentarei voltar o mais rápido possível! (Essa sim é uma promessa)
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Esse Não é um Típico Clichê! (Hiatus)
Teen Fiction+12// Esse não é um típico clichê. Elizabeth Cordenas é uma garota com poucos amigos que sempre coloca os estudos em primeiro lugar e por esse motivo é considerada uma típica nerd. Ela sempre foi uma garota bondosa e de temperamento forte, mas a des...