Capítulo 18 - Elizabeth

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Depois de alguns dias, finalmente me sentia disposta a enfrentar meu destino. Ainda tentava digerir tudo que me aconteceu, mas sabia que nada voltaria a ser como antes.

Oliver havia tentando falar comigo mais algumas vezes, mas simplesmente ignorei suas ligações, além do mais, o que mais eu poderia fazer? Meu coração estava quebrado e ver a pessoa responsável por isso só ia aumentar mais ainda minha dor.

Passei a noite anterior em claro, pensando em como seguiria em frente e onde arrumaria forças para isso. Lembrei do convite da minha tia, que fora feito meses atrás. Ela queria que eu passasse uma temporada com ela em Nova Iorque e isso era exatamente o que eu precisava no momento. Me distanciar de tudo que me fez mal e focar em mim, pelo menos por um tempo.

Senti um aperto no peito, ao imaginar como seria difícil ficar longe da minha mãe e melhor amiga, mas esse tempo seria necessário, eu precisava me reencontrar de novo.

Fecho os olhos e por alguns segundos me permito lembrar dos bons momentos que tive nos últimos meses.

Eu preciso ser forte para superar tudo, e eu vou ser forte, tenho que ser.

***

No dia seguinte, já estava de malas prontas esperando ansiosamente o momento de ir até o aeroporto.

Fernanda tinha dormindo em casa na noite passada, estávamos aproveitado os nossos últimos momentos juntas antes da minha viagem.

Me partiu o coração ver minha amiga triste, mas sabia que ela me entendia e me apoiava. Sempre foi uma das pessoas que podia contar quando tudo estivesse desmoronando e dessa vez não foi diferente.

Minha mãe me ajudou a colocar minha mala no carro e Fernanda já esperava no banco de passageiro comendo um pacote de Doritos.

Sorrio ao perceber que por mais que o tempo passe e as coisas mudem, ela nunca irá mudar.

***

- Preparada para uma nova aventura?

Respiro fundo e tento me concentrar nas boas lembranças que vivi, também nas lembranças que quero construir enquanto estiver fora.

- Você sabe que te amamos e que sentiremos sua falta. - Minha mãe fala e assinto lentamente.

Fernanda se aproxima para me dá um último abraço.

- Volta logo para nós, por favor. - Retribuo o abraço e sinto um lágrima solitária ameaçar escorrer.

Seco imediatamente e sorrio. Eu não sabia o que me esperava, mas eu tinha que fazer algo. Não podia simplesmente ficar parada enquanto sentia minha essência mofar.

Algo dentro de mim mudou. Não sou mais a garotinha frágil de antes.

- Prometo que mandarei notícias todos os dias.  - Respiro fundo tentando não derramar mais nenhuma lágrima.

Minha mãe assente e as duas me envolvem com um abraço apertado.

***


Abro os olhos claramente assustada ao sentir um toque em meu braço.

Estava tão exausta que acabei dormindo a viajem inteira. Olho ao redor e não vejo mais ninguém, além de mim e a aeromoça que acabara de me acordar.

Ao colocar os pés em solo nova-iorquino, sinto uma sensação diferente. Algo que eu não sentia a muito tempo... o surgimento de uma nova esperança.

É difícil superar um coração partido, mais difícil ainda é abrir mão de uma vida para tentar se adaptar à outra completamente diferente.

Infelizmente a vida é feita de escolhas e cabe a nós mesmos decidirmos qual é a melhor e seguindo essa ideia, estou no lugar certo. Onde mais eu poderia está se não longe de tudo que me deixa mal?

Aceno para um táxi fazendo o mesmo parar. O motorista me ajuda com a mala e agradeço pela sua gentileza.

Verifico meu celular na esperança de ter alguma mensagem nova, mas nenhuma era tão importante para ser lida naquele momento.

Olho no relógio impacientemnte e me dou conta de que o motorista já deveria ter começado sua rota. Olho em direção a janela e vejo que o mesmo parece "discutir" com um cara um pouco a frente do veículo

- Tenho certeza que ela não irá se importa em dividir o trajeto e com isso você irá me fazer um grande favor. - Consigo ouvir um pouco da conversa.

- Garoto, eu não posso simplesmente colocar uma pessoa a mais no veículo sem nem ao menos perguntar ao passageiro principal se essa ideia o incomoda. - O motorista fala demonstrando um pouco de alteração em seu humor.

Acho que não preciso presenciar uma briga agora.

Desço do carro e me aproximo mais dos dois homens a minha frente.

- Algum problema? - Pergunto fingindo que ainda não me dei conta da situação.

O motorista faz um sinão de negação com a cabeça e os olhos do outro cara fixam em mim.

Em poucos segundos reconheço seu rosto e um sorriso instantâneo surge em meus lábios.

- Taylor!

Ele sorrir como resposta.

- É bom te rever, Eliza.

Continua...

Depois de muito tempo, estou de volta e agora pretendo (não é uma promessa), terminar essa história o quanto antes.

Agora que estou com um pouco mais de tempo, tenho vários projetos futuros para essa história e outras que estão por vir. Obrigada àqueles que não desistiram de mim e acompanham essa divertida (e confusa) história um atípico clichê.

Beijos e até a próxima!

Ps.  Tentarei voltar o mais rápido possível! (Essa sim é uma promessa)

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⏰ Última atualização: Apr 29, 2022 ⏰

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Esse Não é um Típico Clichê! (Hiatus)Onde histórias criam vida. Descubra agora