6 - Hoje Não!

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                     Justin entrou em seu quarto, enquanto seu pai segurava o cinto furioso, logo depois ele também entrou e fechou a porta.

                      O coração de Justin batia apertado e ele sentia seu corpo inteiro gelar, seus olhos estavam cheios de lagrimas acumuladas e seus jeitos eram calmos e precisos.    

- Não ouviu?! - perguntou seu pai com raiva - Tire a camisa!!!

                    Justin então levou suas mãos devagar até a gola da camisa e puxou para cima, fazendo-a sair facilmente, em seguida ele a jogou na cama e antes que pudesse voltar seu olhar para seu pai ele sentiu um ardor muito forte em sua costela seguido de um estalo muito alto. Seu pai havia batido nele com o cinto. Justin segurou pra não gritar de dor.

- Essa é a única forma de você aprender a me tratar com respeito dentro dessa casa! - dito isso o pai de Justin bateu mais uma vez nele com o cinto dessa voz nas costas. -  Eu sou o que? Palhaço? Minhas palavras aqui não valem de nada? 

                 O pai de Justin levantou a mão que não estava com o cinto e deu um tapa muito forte no rosto dele que estava baixo. - Olhe pra mim quando eu falar com você!  - Justin então olhou para ele e seus olhos demonstravam muita raiva, uma mistura de ódio e medo.

- Eu não estou te criando pra ser um vagabundo! Você tem que me obedecer. - disse o pai dele enquanto batia várias vezes com o cinto em sua barriga e suas costas. Justin começou a chorar e a dor já não o deixava ficar em pé. Seu corpo curvou-se para frente e ele ajoelhou-se no chão. Sem dó, seu pai continuou a bater nele mesmo no chão, cada vez mais forte fazendo o som das cintadas ecoar pela casa. Justin começou a não suportar mais e levantou a mão pedindo para parar, foi ai que seu pai que estava no auge da sua ira deu um tapa bem forte no seu braço. 

- Tire a mão! - dizia ele enquanto espancava o jovem que protegia seu rosto com o braço enquanto se abaixava no chão. Ele gritava de dor e gemia a cada vez que o cinto batia forte em sua pele.

                      Finalmente seu pai parou e ficou alguns segundos parado sem dizer nada, em seguida ele saiu do quarto com passos pesados e fechou a porta com força. Justin se manteve na mesma posição, seu corpo estava suado e cheio de marcas vermelhas, ele chorava muito, apesar dele apanhar sempre do pai, não era toda vez que ele o pegava daquele jeito. Com muita dor Justin continuou no chão e se encostou na cama, ele chorava de soluçar e demorou alguns minutos para que ele fosse se acalmando. Depois de um bom tempo ele se levantou e trancou a porta do quarto, em seguida tirou os sapatos e a calça e se jogou na cama apenas de cueca.

                       No dia seguinte, Justin estava arrasado, não conseguiu dormir à noite inteira e ainda estava com muita dor no corpo. Ele estava com muita raiva de seus pais e decidiu ficar trancado o dia inteiro. Ele não ia sair para lugar nenhum e então ele ficou o domingo inteiro no quarto, saiu apenas a noite para usar o banheiro e aproveitou para tomar um banho, mas logo voltou pro quarto e sem comer nada deitou para tentar repor o sono que não teve na noite passada.

                       Enquanto isso, no outro lado da cidade, Conrado se preparava para ir até a casa do Daniel. Eles tinham marcado de jantar juntos e ele estava muito animado, pois estava investindo nesse relacionamento há um tempo, mas só agora Daniel começou a ceder. Conrado vestiu uma camisa azul marinho de manga cumprida, colocou uma calça jeans e sapato social. Penteou seu cabelo ruivo e liso para trás, aparou a barba e depois de passar um perfume doce e agradável ele pegou a chave do carro e saiu. 

                       Quando chegou na portaria do prédio onde Daniel morava, Conrado já o encontrou em pé na calçada esperando por ele. Daniel usava uma calça preta, uma camisa branca também de manga cumprida e sapatos, usava também uma corrente prateada no pescoço e seu cabelo ondulado e preto estava penteado para o lado, caindo um pouco sobre sua testa. Conrado então parou o carro e Daniel entrou o cumprimentando com um abraço.

THREESOME - Um Amor DiferenteOnde histórias criam vida. Descubra agora