18 - O Sentimento Prevalece

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                      As vezes passamos por situações tão complicadas que é difícil olhar pra frente e enxergar um momento futuro onde um sorriso surgira em seu rosto sem um pingo de amargura. Parece que a dor sempre irá te seguir e não importa quanto tempo passe, ao lembrar, as lágrimas irão implorar para sair, mesmo que seu sorriso disfarce o turbilhão dentro de si com um "Estou bem". Era Exatamente como Justin estava se sentindo aquela noite, parecia que daquele dia em diante ele não iria conseguir ser o cara animado e alegre como sempre.

                   Conrado olhava para ele enquanto dirigia e podia sentir em seus olhos todo aquele sentimento pesado. Ele não sabia o que dizer e não queria perguntar o que levou a tudo aquilo, mas ele não podia deixar de sentir uma preocupação enorme e aos poucos começava a surgir uma dor em seu peito por vê-lo tão mal.

                    Quando chegaram, Conrado estacionou o carro e os dois desceram, Justin o acompanhou até a porta, eles entraram e Conrado trancou a porta novamente. Justin olhou toda casa e mal saia do lugar. Sabe quando você chega em um lugar que não conhece e não sabe pra onde ir o o que fazer? Foi bem assim. Conrado olhou para Justin e deu um leve sorriso de canto de rosto tentando o deixar mais confortável. Justin tentou retribuir o sorriso, mas este quase não apareceu. 

- Eu vou tomar um banho. - disse Conrado colocando a chave do carro pendurada na parede - Se precisar de qualquer coisa pode ficar a vontade. A cozinha é ali, ali é meu quarto e aquela porta de vidro é uma área que tem nos fundos, pode ir aonde quiser.

- Obrigado! - disse Justin - Só de poder estar aqui já é o bastante. Obrigado.

- Não precisa agradecer. - disse Conrado - Eu não poderia te deixar sem ter onde ficar. Eu me preocupo contigo. 

                    Justin conseguiu dar então um pequeno sorriso, muito rápido, mas Conrado já conseguiu ver seu semblante mudar.

- Bem... - disse Conrado - Vou tomar banho. Fica a vontade!

                    Conrado saiu e deixou Justin sozinho na sala, ele começou a andar devagar e reparar em tudo no lugar, ele viu que a casa era pequena, porém era de alguém com boa condição financeira. Ele reparou também em uns quadros que haviam em um canto, haviam vários quadros muito bonitos e haviam latas de tinta por toda parte, ele então viu que haviam telas em branco e logo imaginou que Conrado havia feito aquelas pinturas. Justin tirou a mochila das costas e colocou em cima do sofá, depois caminhou devagar até as pinturas e ficou admirando-as, ficou ali durante um bom tempo, depois ele viu uma enorme porta de vidro que corria para o lado, ele abriu a porta e um vento frio o tocou o rosto, ele saiu e viu uma pequena área aberta, cercada por um muro branco, ali havia uma mesinha de madeira e uma espreguiçadeira também de madeira acolchoada. Justin sentou-se nela e ficou olhando para o céu. 

                      Minutos depois, Conrado voltou do banho, ele estava usando um short folgado e uma camiseta branca, ele ainda segurava a toalha que usava para enxugar o cabelo e assim que saiu procurou logo por Justin ele o encontrou do lado de fora, ainda sentado.

- Ei! - disse Conrado com a voz mais doce - Não quer comer nada?

                   Justin balançou a cabeça dizendo que não, em seguida olhou pra baixo com uma triste. Conrado foi até ele e sentou ao seu lado.

- Olha - disse ele - Eu sei que não tá fácil, mas não deixa isso te dominar!

                    Justin olhou pra Conrado e ao ver aqueles olhos grandes e verdes brilhando ao olhar pra ele, seu coração começou a bater mais forte, Conrado o olhava com tanto carinho que Justin sentiu algo diferente, sentiu que aquele homem se importava com ele de verdade, Justin não conseguiu segurar a vontade e deu um abraço em Conrado, um abraço que levou o jovem ao choro. Conrado colocou a mão na cabeça dele e acariciou seu cabelo.

THREESOME - Um Amor DiferenteOnde histórias criam vida. Descubra agora