Little Wolf

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Remus viu a forma molenga com a qual a filha levantou da cama, agarrada ao namorado, como se ele fosse um grande urso de pelúcia. Severus já havia colocado as malas na moto, e decidira fazer a filha comer algo antes de voltarem a Sppinder's End

-Bom dia, lobinha.-Murmurou o pocionista, depois que a moça largou do namorado e se acomodou contra o peito dele.-Já falei com seu Charlie. Ele vai para Sppinder's End assim que puder. Isso a faz feliz?

-Faz...-Concordou, se afundando mais ali.-Não quero ir trabalhar...

-Você está de folga hoje, amor.

-Gregory Spencer está de plantão hoje...-Ela bocejou lentamente, fechando os olhos no processo. Severus achou a cena particularmente fofa.-Ele é um imprestável. Vai inventar alguma coisa para não aparecer na Central hoje, e Stevenson vai me torrar a paciência para substituir seu amante inconveniente.

Todos os presentes na sala estavam de olhos arregalados. Exceto Charles, que sorria para a namorada. Se aproximou, sorrindo para o sogro, antes de fazer que apertava as bochechas da loba.

-Você é tão fofa, amor.-Brincou, ganhando um rosnado.-Também amo você.

-Não esqueça do padrinho lobisomem temperamental, Charles.-Avisou Snape, tendo de segurar o riso.-Não a provoque.

-Certo! Não está mais aqui quem perturbou.

Uma batida educada na porta da Mansão Black fez todos saltarem, ao mesmo tempo em que a lobinha ergueu a cabeça repentinamente do colo do pai. Antes de disparar para a entrada.

-Está ficando rápido de serviço, lobo.

O comentário do pocionista foi seguido por passos pesados e um tanto desajeitados.

- Não precisa ficar com ciúmes, Severus

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- Não precisa ficar com ciúmes, Severus. Ela ama você. Mas me ama mais.

O bruxo arqueou a sobrancelha, e se viu bastante tentado a azarar o homem que tinha sua filha grudada no pescoço.

-Não faz ideia da sorte que tem de ela te amar neste momento.

O lobisomem atrevido seu deu uma gargalhada alta, abraçando mais sua afiliada, que resmungava baixinho.

-O que foi, minha filhotinha?-Pediu, enquanto acariciava os cachos castanho-dourados da menina.-Meu bebê teve outro pesadelo?

Remus estava realmente vermelho, e Lancaster decidiu que estava no pleno direito de provocar aquele lobo hipócrita.

-Você não devia nos esperar em Sppinder's End?

-Sua nota mágica me deixou preocupado. Há muitos anos que ela não tem pesadelos. E estamos muito perto da lua cheia.

-Algo aconteceu na missão de ontem. Ela não quer me contar.-O pocionista indicou o Charles ruivo com a cabeça.-O namorado dela foinnquem cuidou dos machucados. Ela ainda tomou um copo inteiro de acônito ontem.

-Nós já não conversamos sobre isso, Lunnye?-A menina se enterrou maia no ombro do padrinho.-Não, senhorita. Nem pense que pode fugir da bronca fazendo manha. Vamos conversar sério, só nós dois, quando chegarmos em casa.

-Ele fala como se fosse pai dela.

Ao seu lado, Severus ouviu o rosnado extremamente grave de Lupin, e isso o fez sorrir de forma extremamente maldosa.

-Charles cuida dela desde que nasceu. Ele fala como bem entender. Ao menos a ele, Alice costuma escutar.

A castanha revirou os olhos para o ciúme do genitor, mas não se afastou do padrinho. Logo depois do café, Alice pegou a moto e se dirigiu a Sppinder's End, depois de se despedir do namorado. Charles iria caminhando, e Severus decidiu que iria com o lobo.

O pocionista tratava de alguns detalhes com Dumbledore, enquanto Charles estava encostado na soleira da porta. O lobisomem ouviu o outro, furioso, se aproximar de forma sorrateira, e acabou com um sorriso zombeteiro no rosto.

-Você sabe que ela é minha filha, Lupin. Pode rosnar o quanto quiser. Você foi só um mero detalhe na concepção.

-Pare de provocar, Charles. O temperamento de Alice é muito parecido com o dele.

-Alice não é domesticada, Sev.-O lobo abriu um sorriso maldoso, antes de pegar o pocionista pelo quadril.-Vamos, eu quero ficar com a lobinha.

Remus deu um rosnado e estava prestes a azarar o outro lobisomem quando a porta da Mansão Black quase lhe acertou o nariz, e Lancastde se foi, gargalhando,ao lado do amigo.

♧♧♧♧♧♧♧

Severus estava em sua poltrona, vendo sua filha dormindo sofá, onde estiveram no colo do padrinho por todo aquele dia.

O pocionista sabia que logo amis haveria um outro lobisomem em Sppinder's End, e que Lupin não estaria nada feliz pela expressa exclusão da filha. Ela não amava o outro pai, não ainda. E essa mania dele de esconder as coisas a deixava irritada.

Havia chego uma carta do Ministério, e ele sabia que teria de deixar sua menininha sair para outra daquelas missões absurdas inventadas por um cético e cego Ministro da Magia. Também sabia que Voldemort logo o convocaria, talvez descobrisse sobre sua pequena loba, coisa que ele conseguira evitar durante toda a primeira guerra, mas sabia que não conseguiria manter por tanto tempo.

Foi por isso que se permitiu aquele momento de plena paz. Onde ele estava em sua poltrona favorita, sua filha adormecida como um anjinho, seu grande amigo preparava um belo assado de porco na cozinha e a casa tinha um som ambiente agradável. Era um dos poucos que teria.

♧♧♧♧♧♧♧

Era madrugada quando Remus escapou de Grimmauld Place. Não estava nada feliz, e queria tirar satisfação com Snape.

Não que estivesse em condições ou direitos de exigir nada, mas sua parte racional estava tão irritada quanto seu lado animalesco.

Estranhou a movimentação em Sppinder's End. Severus e Alice deveriam estar dormindo àquela hora da madrugada, e não tomando café ou comendo torradas, como ele via pela janela da cozinha.

 Severus e Alice deveriam estar dormindo àquela hora da madrugada, e não tomando café ou comendo torradas, como ele via pela janela da cozinha

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Severus olhava para o rosto da filha, enquanto ela comia suas torradas. É claro que ambos sabiam que Remus estava do outro lado da rua, mas esse fato estava longe de ser a maior preocupação do pocionista.

-Você e meu pai podem conversar enquanto estou fora.

-Você nem deveria sair de casa! Essa
Missão é ridícula, Alice!  É suicídio.

-Se eu não for, vou perder mais amigos dos que já sei que teremos de baixas no departamento...-Ela se levantou, abraçando-o com todas as forças.-Desculpe, pai. Mas é o meu trabalho.

-Só volte pra mim, lobinha.-Pediu baixo, abraçando-a de volta.-Estarei esperando.

Dear Wolf DaughterOnde histórias criam vida. Descubra agora