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Deem suporte à fanfic, votem e comentem. Boa leitura!

Ps: leiam as notas finais! ♡

Eu acho que corações não vão ao psicólogo, porque eles são incompreensíveis de qualquer maneira.

No silêncio de meu quarto, eu admirava Jimin, meus olhos focaram-se várias e várias vezes em cada detalhe de seu belo rosto. Tudo nele era singelo e delicado, tudo nele fazia meu coração apertar-se.

Era tão estranho não me sentir confortável com o homem que eu amava, era tão estranho beijar sua boca, sentir seu carinho e saber que havia rancor dentro de mim.

Eu o amava, mas doía e eu não podia controlar. Ao mesmo tempo que eu o queria o mais perto possível, eu também sentia que era falta de dignidade minha.

Eu não tinha orgulho mesmo, e isso às vezes me deixava mal, envergonhado. Como tantos diziam, eu era um “bobo”.

Mas eu não podia fazer nada, porque Park Jimin era belo e somente o seu calor me aqueceu, porque sua pele era a mais macia, porque seu olhar era o mais acolhedor, e sua voz a mais melodiosa. Tudo nele era irrecusável.

Seu corpo tão bem esculpido descansava em minha cama, ao meu lado, enquanto seus dedos subiam e desciam por meu braço saudável, me acariciando, tanto ele quanto eu apenas nos mantínhamos calados, ouvindo a algazarra das pessoas no lado de fora, gritando e soltando fogos.

Jimin abriu um sorriso pequeno ao checar o celular, e me olhou, se sentando. — Dois minutos para meia noite.

Eu sorri fraco, olhando em seus olhos brilhantes. Eu guardava uma leve irritação dentro de mim, eu estava um pouco bravo, e eu não sabia explicar, era algo que ia e vinha. Haviam horas que a chateação era por conta do que Jimin fez, e horas por mim mesmo, por ser tão fraco.

Eu desviei meu olhar para a janela, observando através dela as luzes lá fora. Eu perguntei: — Não quer ir lá fora?

— Não — Jimin me disse. — Minha virada de ano seria uma completa droga se eu não estivesse com você… acha que eu vou sair do seu lado?

Meu Jungkook interno se dividiu em dois: um dizia “ele é tão precioso” enquanto o outro furiosamente perguntava “por que me deixou então?”.

E eu me sentia tão confuso.

Minha falta de reação fez Jimin abaixar a cabeça, distraindo-se com os desenhos de meu lençol. Eu puxei o ar, suspirando alto, voltando minha atenção para lá fora.

E eu o ouvi contar bem baixinho: — Nove… oito, sete, seis, cinco… quatro, três, dois… um.

Os estrondos ensurdecedores dos fogos de artifício puderam ser ouvidos todos ao mesmo tempo, enquanto o céu se iluminava com o show de luzes.

— Feliz ano novo — Jimin me disse, ainda de cabeça meio baixa.

Eu soltei um muxoxo, levando minha mão ao seu rosto e erguendo cuidadosamente. — Feliz ano novo, Jimin.

É, eu estava uma bagunça.

Jimin sorriu tristonho, esfregando sua bochecha em minha mão, fechando seus olhos. — Eu desejo tanto que você me perdoe um dia.

Era tão confuso em minha cabeça, em meu coração, porque eu não culpava Jimin, mas também não conseguia compreender sua cabeça, o que tornava tudo tão complicado de engolir.

— Não pense nisso agora — pedi, usando meu polegar para acariciar sua bochecha rosadinha. — Venha me dar um beijo, sabe que eu não posso ir até aí.

Sunboy {jikook}Onde histórias criam vida. Descubra agora