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Pode parecer loucura... mas para ter Jimin aqui comigo, como agora, eu faria tudo de novo e seria atropelado mais uma vez. Um pensamento idiota e irracional, mas eu não posso negar, eu o amo nesse nível. É só que… me imaginar sem ele é uma tortura, lembrar das semanas que passei sem ele dói pra caralho.

Mesmo que seja insuportável ficar nessa cama o dia todo, mesmo que minha pele coce como o inferno por baixo do gesso e meus ossos ainda doam, eu posso carregar tudo, só pelo prazer de tê-lo em minha frente, desfilando pela casa, com suas pernas bonitas a mostra.

Ele caminhava para lá e para cá, dobrando roupas e levando ao armário, usando somente uma samba canção bem curtinha. Era um teste e tanto.

— Vista uma calça — falei, o olhando da cama, sentado.

— Não estou com frio — respondeu, puxando a samba canção para cima, a colando mais em sua bunda, e continuou com o que ele fazia.

Eu respirei fundo, desviando meu olhar por apenas um momento, sem conseguir evitar olhá-lo. E ele me disse: — O sr. Jihyun ligou perguntando de você.

— O que você disse?

— Que está bem, que eu estou cuidando de você — sorriu, guardando a última peça de roupa. — Certo?

Assenti, sorrindo de volta. E ele veio até mim, se sentando em minha frente. — O Jin vai chegar daqui a pouco pra te levar na fisioterapia.

— Eu sei. Você me arrumou. Por que não se arrumou ainda?

— Não vou junto dessa vez — falou, descendo da cama e apanhando a muda de roupas que separara.

Eu estranhei. — Por que?

— Tenho um compromisso — me disse, seguindo para o banheiro.

Um compromisso? Eu não era seu único compromisso?

Eu não respondi, eu apenas senti meu rosto se torcer levemente em uma carranca. Compromisso... Jimin nunca tem compromisso algum.

Ele entrou no banheiro, e eu logo ouvi o som do chuveiro. Então eu me levantei (algo que agora eu fazia com mais facilidade) e me apoiei em uma muleta, caminhando até a sala.

Que compromisso? O que ele vai fazer? Pensei que estivesse ocupado somente comigo nesses últimos meses.

Eu me sentei no sofá, e nesse exato momento, meu celular tocou. Reconhecendo o número da delegacia, eu atendi. — Oi, Yoongi.

— Só tô te ligando porque o Jimin não atendeu o celular dele, e de duas, uma, ou tá fazendo sopa e fazendo chuca. Então serve você mesmo. — me disse.

— … eu vou bem, Yoongi — respondi. — Fala logo, o que você quer.

— “Fala logo”, olha o respeito moleque, nem saiu das fraldas, ainda come catota e vem falar assim comigo. — ralhou. — O Jimin tá me enrolando!, eu preciso que falem com meus parentes. Eu vou dar o endereço do meu irmão. Anota!

— Espera, eu vou pegar uma caneta — bufei, me levantando e procurando uma caneta pela sala.

— Rápido guri, eu não tenho a vida toda.

— Meus membros estão quebrados! — lhe disse, apanhando a única caneta que encontrei. — Pode dizer o endereço.

— Então — falou. — Tu pega o busão em direção ao terminal da zona leste, chegando lá, entra na fila que tiver mais maloqueiro. É o certo. Daí você pede pro cobrador te avisar quando tiver perto do ponto em frente à pracinha onde ficam umas mina rodando bolsinha. Aí você pega o beco à esquerda e vai reto até chegar na rua de pedra, você vai reconhecer, porque é cheia de calcinha manchada pendurada nos varais, e tem uns 15 cachorros em cada esquina, lá você pergunta do Jiewon Chupetinha. Talvez os caras te digam onde você pode achar ele, os caras são gente boa, não precisa ter medo, mas não leva celular e nem dinheiro... anotou?

Sunboy {jikook}Onde histórias criam vida. Descubra agora