Um quase acidente iminente

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-Aro preciso que você começe o processo de divorcio. Pode da o suficiente para Ângela se manter no mesmo estilo de vida.-antes de desligar o telefone posso ouvir um suspiro e ele resmungando.

Aro é um advogado já idoso chegou a trabalhar para o meu avô ainda além do meu pai e eu. Ele toma de conta da burocracia das minhas boates e ultimamente dos meus divórcios.

Tenho quase certeza que ninguém esperava que meu casamento terminasse tão cedo. Eu e Ângela estávamos muito apaixonados e também Ângela era diferente das outras. Por mais que possuísse uma beleza superior a das outras não tinha a malícia e nem a maldade das minhas ex.

Acho que foi isso que mais me atraiu nela, a inocência. Ela era como as mocinhas indefesas esperando alguém para colocar algum sentido do mundo real nela.

Agora estou eu aqui olhando toda a movimentação da boate e vendo os movimentos perfeitos da loira de ontem. A que de certa forma colocou um ponto final na minha história e de Ângela. Tudo foi devidamente programado. Eu já sabia que Ângela viria, então montei toda uma cena, não querendo dizer que tudo aquilo tenha sido apenas encenação porque era tudo verdadeiro. O corpo da loira me recebendo prontamente...

Gostosa mas não o bastante para repertir. Ao não ser que a morena que dança com ela aceitasse participar da brincadeira. Lógico que ela aceitaria afinal sou Edward Cullen. Mas isso ficará para quando eu voltar.

-Mandou me chamar?-Jacob pergunta sentando ao meu lado.

-Sim. Vou ficar fora por alguns dias e quero que você cuide das coisas enquanto estou ausente.

-Não será nenhum problema chefe.

-Eu espero Jacob.

Jacob era uma das poucas pessoas que pode ser considerado meu amigo ou algo perto de amigo. Não gosto da vulnerabilidade que amizades trazem.

-Bom eu já vou indo. Qualquer coisa já sabe só me ligue nos últimos casos.

-Edward?-já estava saindo mas olho para trás e encontro o seu olhar preocupado.-Cuidado.

-Eu sempre tenho.-sai logo dali sem mais olhar para trás. Antes de vim para a boate eu já havia ajeitado minha mala agora era só 3 horas de estrada.

Entro no meu carro e já ligo o som, em poucos segundos posso ouvir um bom rock. Bon Jovi é só qualidade.

Chega uma parte do caminho que não tem tanta movimentação de carro, gosto quando chega nessa parte porque posso aumentar a velocidade e realmente colocar o motor para funcionar.

Quando mais perto fico do meu inferno particular, lembranças indesejadas se apossam de mim.

Eu tinha acabado de acordar. Estava ansioso pois hoje era a foga do papai e então nós poderíamos brincar enquanto mamãe terminava de fazer biscoitos de chocolate e então vinha brincar com a gente.

Eu amo dias como hoje porque quando chegava ao fim eu poderia escolher qualquer história e eles iriam lê para mim até eu dormir.

Levantei e corrir para o banheiro. Queria descer cheiroso para ser presenteado com o belo sorriso da mamãe. Ela é tão linda parece aquelas princesas que minhas professoras tanto falam e que fazem as garotas suspirar.

Sastifeito com minha roupa e cabelo. Desci as escadas com um grande sorriso no rosto.

Alarmado saio de minhas lembranças e volto para o presente no qual tento freiar o carro antes que aconteça um terrível acidente. O som alto dos pneus arranhando a pista é ensurdecedor. Por algum milagre considerando a velocidade que eu vinha e como o vulto apareceu do nada não aconteceu nada grave.

Ainda sentindo a adrenalina correndo pelas minhas veias olho para frente. Meus olhos são capturados por grandes olhos violeta assustados. Tudo acontece em questões de segundo e antes que eu possa reagir e perguntar se estava mesmo tudo bem não tinha mas ninguem na minha frente.

Da mesma maneira que o vulto preto apareceu ele sumiu.

Saio do carro olhando para os lados mas só vejo árvores e matos. Passo a mão no rosto e por um momento penso que o que acabou de acontecer foi fruto da minha imaginação então grandes olhos violetas vem na minha mente e essa ideia é descartada.

Eu não poderia imaginar olhos tão belos e intensos assim nem em um milhão de anos.

Entro no carro. Por mais que essa estrada não fosse muito utilizada estava muito escuro e eu poderia ser vítima de um assalto se ficasse muito tempo parado.

Eu não tenho certeza se a pessoa que quase atropelei era uma mulher já que vi apenas os olhos mas sei que um homem não teria cílios tão grandes e femininos e nem sobrancelhas tão delicadas.

Será que estava tudo realmente bem e a mulher realmente não esta machucada? Vou o resto do caminho me perguntando e meu subconsciente me diz que se ela estivesse mal não teria desaparecido tão rápido.

Com cuidado e com uma velocidade bem inferior a de alguns minutos atrás consigo chegar ao meu destino. A mesma casa toda trabalhada em vidro esta na minha frente. Sempre que venho pra cá posso sentir meu coração quase sendo esmagado.

Fugindo novamente de lembranças esmagadoras saio do carro e pego logo minha mala. Não adianta adiar algo inevitável.

Não toco campainha apenas abro a porta e entro mas não encontro ninguém na sala. Vou andando adiante e já posso ouvir conversas animadas e seguindo o som encontro todos.

-Família cheguei.-falo ironicamente soltando a mala e abrindo os braços. Esme olha para mim e coloca a mão no peito paralisada. Provavelmente achando que eu não viria o que seria impossível já que terminei com Ângela e é bastante óbvio que não deixaria de ser a pessoa a dá a notícia.

Refeita do choque minha mãe, Esme Masen vem até a mim e me abraça. Olho para o homem que estava abraçando ela pouco tempo atrás com todo o ódio que posso transmitir com um olhar.

Carlisle Masen era a podridão em pessoa. Eu nunca vou perdoa-lo pelo que ele fez comigo e com Anthony Cullen, meu pai.

 Eu nunca vou perdoa-lo pelo que ele fez comigo e com Anthony Cullen, meu pai

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