Um quase estrago

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No capitulo anterior:

Eu estava mas afastado dos outros colocando enfeites nas árvores mas afastadas quando vi um vulto preto bem conhecido se afastando.

Desci rápido da árvore mas ela ainda estava um pouco longe.

-Isabella!-gritei e ela olhou para trás.

[...]

Ela provavelmente já estava fantasiada. Um lado de seu rosto estava coberto por uma máscara. E foi apenas isso que percebi pois logo me perdi naqueles olhos violeta intensos que pareciam gritar pra mim, diziam algo que eu não conseguia entender.

Não deu tempo de tentar decifrar pois quando eu dei um passo na direção dela, ela saiu correndo. Sem entender corrir atrás e por mais que eu tivesse a vantagem de ter as pernas maiores ela sabia muito bem o caminho para se perder entre as árvores.

Confuso era pouco para me nomear. Mas que porra. Isabella parece uma gatinha assustada toda hora fugindo.

Ah mas ela que se prepare porque da próxima vez, ela não vai fugir.

Volto a me distrair colocando os enfeites e quando menos espero já esta tudo pronto. Rosalie e eu voltamos para casa pra só tomar um banho e voltar. Dei graças a Deus quando cheguei e não encontrei ninguém, principalmente Carlisle.

Mas infelizmente não tive a mesma sorte quando desci. Tinha acabado de descer as escadas quando olhei para a sala e vi uma cena que me deixou irado.

Esme e Carlisle estavam dançando. Olhavam um para o outro como se silenciosamente trocassem juras de amor.

Eu parei e pouco a pouco a ira foi dando lugar a nojo. Eu estava definitivamente enojado.

Como a vida era injusta. Os dois alegres e com um final feliz enquanto meu pai...

-Edward vamos?-Rosalie estava do meu lado com um olhar de pena que me deixou envergonhado.

Eu queria estragar aquele momento dos dois mas eu sabia que se optasse por isso minha noite consequentemente seria estragada. Olhei para Rosalie e para cena que se desenvolvia ali naquela sala sobre a desgraça do meu... Pai.

-Não vale apena.-eu sabia que Rosie não queria que eu estragasse a noite do seu pai.

Ainda dei dos passos na direção da sala quando lembrei de Isabella. Quanto mais eu demorava aí era que eu perdia tempo. Não me agradava perder tanto tempo sem olhar aqueles olhos violeta que tanto me encantavam.

Sem dizer nada sai de dentro daquela casa. Rosalie me seguiu e durante todo o caminho não falou mais nada. Internamente agradeci por isso. Logo chegamos.

Eu já imaginava que estaria lotado. Era uma mistura de pessoas com fantasias e outras não. Era crianças para todo lado, todas estavam correndo ou brincando em algum brinquedo que tinha sido instalado aqui especialmente para o Halloween.

Eu estava parado lá procurando Isabella quando um rosto sorridente apareceu na minha frente.

-Edward!

O pequeno furacão chamado Alice finalmente apareceu. Surpreso a abracei de volta. Alice foi uma peste na minha adolescência. Mas é a única mulher que chegou perto de ser mais que uma amiga para mim.

Não que eu tivesse amiga ou amigo mas em comparação com Rosalie, Alice e eu eramos bastante próximos.

-Por que você não avisou que vinha? Ou que já estava aqui.-ela parecia magoada agora. Pequena com cabelos curtos e pretos estava na minha frente com uma carranca e braços firmemente cruzados.

-Alice...

-Nada de Alice. Você passa quase um ano sem dá nem uma notícia, aparece por aqui e nem para dizer " Alice está tudo bem, não precisa ficar preocupada com seu amigo irresponsável. "

-Certo Alice, você têm razão de está magoada, mas desde que cheguei aconteceu tanta coisa...

Eu não gosto da fragilidade que amigos trazem. Amigos te conhecem e por isso tem uma maior capacidade para te machucar. E por isso, de alguma forma sempre coloco uma barreira entre mim e quem está se aproximando demais.

E a quase uma década Alice me aguenta assim. Mas eu sei que alguma hora ela vai se cansar, a mim só cabe esperar que não seja tão cedo.

-Nós dois sabemos que não é por isso.-ela suspira e descruza os braços encolhendo os ombros.-Isso não é saudável Edward. Ficar afastando a todos não é solução.

Eu sei Alice.

Penso e quando vou falar um cara loiro e alto aparece detrás de Alice.

-Te achei.-Jesper Hale abraça Alice me olhando ameaçadoramente. Arqueio a sobrancelha e Alice cora.

Nunca imaginei. Quer dizer, Jesper Halle? O cara que passou o ensino médio todo atazanando a vida de Alice até meus ouvidos doer das reclamações dela. E agora isso.

Dei de ombros e saí. Eu não tinha nada para falar.

-Edward espera.

Ouvi o grito de Alice mas continue andando. Eu não queria falar com ela agora.

Passei por um menino que comia marshmallows e minhas memórias me levaram para minha infância.

-Acampar?- pergunto com os olhos arregalados.

-Sim, campeão. Nós todos vamos.

Sempre quis acampar.

-Maneiro!-exclamei pensando no que eu iria levar.

Em questão de segundos já tinha minha lista pronta.

Livros.

Revistas em quadrinhos.

E principalmente marshmallows.

-Você comprou marshmallows?- pergunto olhando para minha mãe  preocupado. Minha mãe e o padrinho Carlisle rir.

-Comprou?-agora meu pai pergunta esperançoso.

Uma nostalgia imensa toma conta de mim. Isabella. Não quero pensar no passado, preciso focar no presente. E Isabella será minha válvula de escape.

Determinado volto a andar olhando para todos os lados. Olhei para um canto não muito iluminado e vi Rosie saindo de feninho detrás de uma árvore. Continuei olhando para o lugar desconfiado e minhas suspeitas foram confirmadas.

Emmett Hale saiu de lá com um sorriso bastante sastifeito. Ele estava com Rosie detrás de uma árvore no escuro. E saiu com um sorriso.

Indignado com os Hale já ia voltar a procurar Isabella quando dei de cara com Alice me olhando suplicante.

-Edward me escuta por favor.

-Agora não Alice.

-Mas...

Se ela falou algo eu nunca vou saber. Minha atenção estava voltada para algo que com certeza era bem mais importante.

Um homem alto e forte segurava no braço de Isabella claramente a força.

Maldição, o homem queria morrer.


Maldição, o homem queria morrer

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