Um quase pai?

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No capítulo anterior:

Mas de uma coisa eu tenho certeza. Por mais que Isabella possua olhos violeta deslumbrante meu interesse por ela sumio tão rápido quanto apareceu. Primeiro porque ela poderia se apaixonar por mim e segundo porque eu nunca iria corresponder.

Seria impossível eu me apaixonar por alguém com aquilo no rosto. Principalmente porque sempre gostei de pele macia, suave sem nenhuma imperfeição. E Isabella em um lado do rosto não cumpria nenhum desse requisitos.

Sendo assim eu não tinha com que se preocupar. Eu nunca vou me apaixonar por ela.

Infelizmente dentro da minha cabeça tinha uma voz que dizia em alto e bom tom que aquilo tudo que eu estava pensando era uma tremenda besteira.

[...]

Em poucos minutos eu estava chegando na cidade onde reconstruí minha vida. O Sol estava se pondo e as ruas próximas já estavam com um grande movimento. Quanto mais eu me aproximava mas o som de buzinas era possível ouvir.

Eu já havia decidido ir primeiro pra casa e depois correr para a boate, sendo assim peguei um atalho e logo cheguei. Estou acabado. Enquanto pego o elevador olho para minha imagem refletida no espelho e passo a mão no cabelo e suspiro.

Meus olhos estão vermelhos, olheiras estão quase aparecendo, minha roupa esta desalinhada e meu cabelo bagunçado. Assim que as portas se abrem eu vejo minha vizinha gostosa. Kelly é uma ruiva de olhos verdes e corpo sarado que vive me comendo com os olhos. Uma vez Ângela quase batia nela, só não bateu porque a segurei.

Assim que me viu Kelly abriu um sorriso imenso, saí do elevador esperando que ela fosse entrar, porém ela permaneceu parada ainda sorrindo como uma lunática. A porta fecha e então ela olha para o corredor verificando se não havia ninguém e se aproxima.

-Soube que você e Ângela terminaram.

Olhei para o decote generoso dela. Eu não queria falar sobre isso e para poupar tempo procurei a chave.

-Vem.-não precisei falar mais nada e a puta veio atrás de mim. Estou precisando relaxar e nada melhor que uma boa foda, afinal já vai fazer três dias que não pego ninguém. Ao abrir a porta lembraças de mim e Ângela rodam na minha cabeça mas são logo esquecidas quando sinto mãos geladas entrando embaixo da minha camiseta.

Virei rápido fechando a porta e pegando Kelly pela cintura, a empurro para o lado da porta. Beijei o pescoço dela enquanto minhas mãos a livrava da blusa e em poucos segundos eu segurava os seios falsos, a vadia já tirava meu cinto tentando me beijar mas eu sempre conseguia me esquivar.

Nunca beijo puta.

[...]

Saindo do banheiro eu olhei tristemente para cama, eu não sou de ferro e preciso dormir principalmente agora que estou mais relaxado contudo o dever me chama.

Andei pelo quarto nu e percebi que ainda tinha algumas coisas de Ângela no quarto. E então lembrei da minha vizinha. Foi nítido que ela não ligou nem um pouco de não haver beijo na boca, ainda mais quando colocou a boca no meu pau. E a mulher sabe fazer um boquete. Depois de uma transa deliciosa perto da porta mesmo eu solicitei gentilmente que ela fosse embora.

E depois de estranhamente me olhar chocada saiu me xingando, sinceramente não sei o porque disso pois ela sabia que aquilo era só uma foda e ela também foi bastante beneficiada. Não precisava de tanta revolta.

Vestido e procurando algo pra comer na geladeira achei ingredientes para fazer sanduíches e estranhamente lembrei da noite passada.

Isabella sentada na mesa quietinha observando Esme e Rosalie fazendo sanduíches. E ela tinha um sorriso lindo iluminando todo o rosto. Menos o lado que a máscara cobria.

Tenho certeza que ela não queria que eu sobesse da cicatriz porque pensava que eu não iria ajuda-la mais e que sentiria repulsa dela. Só em pensar o que ela passou, me faz sentir pontadas no coração. Eu não quero nada com ela. Mas também não quero que ninguém a machuque.

Conheço a maldade humana, e o que os seres humanos são capazes de fazer. Assim que eu resolver meus problemas vou voltar para ajudar Isabella. Ela já não apresenta nenhum perigo pra mim.

Depois de comer sigo para a boate. Assim que chego sou cumprimentado pelos seguranças respeitosamente e da entrada posso ouvir o som ambiente. As dançarinas ensaiando são a primeira coisa que vejo, a loira que inconscientemente me ajudou a acabar com meu casamento pisca o olho ao me ver. A segunda coisa que vejo infelizmente é Jacob.

-Aro esta no escritório.

Ele fala e desvia o olhar. O advogado não esta sozinho e sei perfeitamente quem o está acompanhando. Assinto e me preparo mentalmente para o que esta por vir.

Ao abrir a porta vejo Aro sentado em uma cadeira de frente pra minha mesa e ao seu lado minha esposa que supostamente está grávida.

-Bom dia.- falo ironicamente indo sentar em minha poltrona.

-Bom dia filho.-Aro responde me olhando desaprovador enquanto Ângela me olha com superioridade.

-A que devo a honra de sua visita esposa? -sei exatamente o que ela quer quero apenas uma confirmação.

-Não seja idiota Edward. Sei que seu capacho já o alertou.

-Quero ouvir da sua boca.

-Pois bem, estou grávida e engoli meu orgulho para vir até aqui e dizer que o perdoo e que você apenas deve colocar a loira falsa pra fora agora.

Olho para Ângela e ela me parece ansiosa. Ainda não acredito nessa história de gravidez e ela ainda tem muito o que explicar.

-Grávida. Você esta grávida mesmo nós tomando todos os cuidados possíveis para que isso não acontecesse.

-Você esta duvindando? Eu tenho o resultado do exame aqui comigo.-ela tira o papel de dentro da bolsa e me entrega. Leio rapidamente.

- Nem sei porque está preocupado com isso. Já falei que esta perdoado.-ela fala expresando toda sua indignação.

Eu leio agora mais devagar e a palavra positivo me deixa enjoado. Nunca pensei ou quis ser pai e desde cedo cuidei para que isso não ocorresse e agora aqui estou. Sentado com a confirmação na minha mão.

 Sentado com a confirmação na minha mão

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