Edward Cullen sabia que teria que enfrenta mais um processo de divorcio, sua sétima esposa estava arrumando as malas para ir embora e Edward? Estava sentado assistindo o jogo. Mas estava bem mais preocupado com o mês que teria que passar com sua mãe...
-Você esta duvidando? Eu tenho o resultado do exame aqui comigo.-ela tira o papel de dentro da bolsa e me entrega. Leio rapidamente.
- Nem sei porque está preocupado com isso. Já falei que esta perdoado.-ela fala expresando toda sua indignação.
Eu leio agora mais devagar e a palavra positivo me deixa enjoado. Nunca pensei ou quis ser pai e desde cedo cuidei para que isso não ocorresse e agora aqui estou. Sentado com a confirmação na minha mão.
[...]
-Você não respondeu por quê esta grávida após todos os cuidados que tivemos.-lembrei enquanto me recuperava. Eu precisava de calma e frieza até entender tudo.
-Erros acontecem Edward. Nenhum método é cem por cento confiável.
Alguma coisa dentro de mim me dizia que havia algo errado ali. Eu nem chego a desconfiar do que é, mais meus instintos gritam pra mim que há algo errado.
-E então por quê você ainda não levantou daí e foi despejar aquela qualquer daqui? Não posso ficar no mesmo lugar que ela, posso acabar vomitando. Nosso filho com certeza não gosta de que eu respire o mesmo ar que ela.
Ângela fala tudo passando a mão na barriga que não apresenta nenhum sinal ainda de gravidez. Aro se mexe na cadeira desconfortável e minha atenção caí sobre ele.
-Eu vim por que Ângela me chamou.
-Claro que chamei não vai mais haver divórcio. Você não precisa mais se preocupar.
-Ângela calma. Isso não acabou. Não estou convencido para...
-O quê? -ela grita levantando com tanta raiva que a cadeira caí pra trás com o impacto.- Passo por cima do meu orgulho e venho aqui na maior humildade para isso? Você me humilha outra vez? Se você quer guerra vai ter guerra seu panaca. Vou na justiça e tiro tudo que você tem.
Suas últimas palavras são abafadas quando ela saí da sala e a porta fecha.
-Com todo respeito filho, você acabou de fazer uma grande besteira.
-Nos casamos sem comunhão de bens.
-Mas ela está grávida.
-Não penso em deixa-la na mão. Mas não vou dá nada meu para uma pessoa que não mexou um dedo, usufruir. Espero que você bloquei qualquer ação dela na justiça, estamos entendido?
-Certamente.
Ouvi uma comoção ao lado da minha sala e lenvantei rápido, Aro me seguia enquanto eu saía ali de dentro para a confusão que minha esposa formou.
-Que porra está acontecendo?
-Patrão eu estava aqui ensaiando na minha e essa louca veio e me deu uma tapa. Ah mais vai ter volta, ah vai.- Jacob segurava a loira que tentava se soltar a qualquer custo.
-Dei um tapa bem dado nessa puta pra ela aprender a não mexer com o homem comprometido, casado e se ela vim pra cima de novo ainda dou outro.
Passei a mão nos rosto. Eu estava cansado, com raiva e principalmente com sono. E junto com o sono estava a irritação. Quando fico sonolento fico extremamente irritado.
-Calada as duas.-não grito, mas ordeno alto para elas ouvirem.-Ângela você vai sair daqui agora antes que eu tome minha providências. Ouviu? Agora! E Jacob cuide para que a dançarina seja recompensada.
Ângela ainda pensou em falar alguma merda mais desistiu e saiu, eu fui atrás. Uma dor de cabeça estava surgindo e eu quase não podia deixar meus olhos abertos. Observei Ângela entrar no carro dela me precavendo para futuras confusões.
Parece que transformei a tímida Ângela em uma mulher rancorosa.
Ao entrar no carro fechei a porta e empurrei minha cabeça para o volante. A encostei ali na esperança de que acabasse esse pesadelo. Eu precisa de uma calma e uma paz que apenas uma pessoa me passou isso. Isabella. Olhos violeta brilhantes.
Suspirando levantei a cabeça, notando como meus olhos estavam vermelhos pelo o espelho susperei ao constatar que ainda tinha alguns minutos para eu poder deitar na minha cama.
Embriagado de sono conduzi meu carro pelas ruas movimentadas. Eu sabia que eu não deveria está dirigindo nessa condição, mas em nenhum momento fechei os olhos, acredito que quando meu carro foi jogado pra frente eu não tive culpa alguma.
Uma semana depois...
Seria a primeira vez que eu iria acampar. Mas naquele dia não houve acampamento. Alguém da empresa de papai ligou e ele teve que sair apressado me pedindo desculpas a cada passo que dava até a porta.
Eu estava chateado, já estava com tudo ajeitado para ir e agora não vamos mais. Mamãe e Carlisle estavam na cozinha sozinhos enquanto eu estou aqui no meu quarto comendo marshmallows.
Olho para o saco vazio e o último marshmallow na minha mão. O coloquei na boca e fechei os olhos sentindo o sabor da felicidade.
-Edward?-minha amiga, a muito pequena Alice me chamou da janela do quarto dela que ficava ao lado do meu.-Você não iria acampar?
-Alguém ligou para papai. Parecia importante que ele tivesse na empresa.
-Os adultos estão sempre saindo na melhor hora.
-Sim, não sei o por quê disso. Uma vez perguntei ao papai porque os adultos não passavam o dia bricando e ele falou que todos os adultos tinha a res-responsabilidade.
-Responsabilidade é uma coisa muito ruim. Vamos combinar algo?
-O quê?
-Quando crescermos não vamos ter essa tal de responsabilidade.
-Sim, não vamos ter.
Eu sorrio e ela também. A mãe dela a chama e ela saí correndo. Eu fiquei ali satisfeito pois quando tivesse meu filho eu iria passar o dia brincando com ele.
Levantei da minha cama decidido a ir atrás de mais marshmallows. Desci as escadas correndo. Quando cheguei na cozinha o batom da minha mãe estava todo borrado e ela e meu padrinho estavam abraçados. Assim que ela me viu parou de sorrir e a cor sumiu de seu rosto.
-O que vocês estam fazendo?
De longe eu podia ouvir um aparelho apintando. Era o único som que eu ouvia, estava tudo calmo e silencioso. Sentia alguém segurando minha mão e acariciando meu cabelo.
Que porra estava acontecendo? Não lembro de chegar em casa e muito menos quem seria essa pessoa. Abri meus olhos com dificuldade para descobrir e encontrei ansiosos olhos violetas me encarando.
-Isabella?-minha garganta estava tão seca que eu duvidei que ela houvesse ouvido. Mas ela pegou um copo com água que estava do seu lado e me ajudou a tomar. Agradecido tomei tudo. Em nenhum momento Isabella me soltou.
-O que aconteceu? Como está aqui?
-Você sofreu um acidente Edward.
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