Alexis Ren |POV|
Meu dia brilhava, tudo estava perfeito, o céu estava com nuvens acinzentadas e uma chuva estava por vir, mas para mim o tempo estava lindo. Dizem que o dia bom é você quem faz, mas o meu quem fazia era meu pai. Sua melhora me fazia vibrar de empolgação, só o simples fato de trocar algumas poucas palavras com ele, já era o suficiente para que eu passasse o resto do dia feliz.
Enquanto saltitava pelo corredor da escola, vejo um garoto parado, ele parecia um pouco perdido e confuso. Pensei por um momento e decidi que o ajudaria. Me apresentei a ele e descobri que seu nome era Finn Wolfhard, o garoto era novo na escola. Eu sorri para ele calorosamente e acompanhei-o até a sala de aula.
Entrei na sala sendo seguida por ele e recebi diversos olhares curiosos de meus colegas de classe. Sentei na última carteira e Finn sentou ao meu lado. Ele virou o rosto meio de lado, escondendo-se atrás da manga do casaco de moletom preto.
"Não se preocupe" acabei falando sem nem ao menos saber o motivo.
"Obrigado" sua voz rouca foi como música para meus ouvidos.
E então eu olhei para ele. Olhei de verdade. Percebi como suas bochechas eram cheias de sardas fraquinhas, mas que davam a ele um aspecto fofo. Seus olhos castanhos ficavam pequenos quando ele sorria timidamente, seus cabelos eram pretos e encaracolados de um jeito bagunçado. Ele era um tanto quanto magro, os pulsos finos e a pele branca quase pálida. Ficava nítido quando suas bochechas coravam e eu o fitei por um longo tempo.
Acho que poderia olhá-lo por dias, que eu não me cansaria de sua beleza.
"Alexis Ren" a voz da professora desviou minha atenção do menino novo para frente, encontro sua face enrugada me encarando com reprovação "a senhorita Ren poderia ler o próximo parágrafo?"
O livro de filosofia é arrastado vagarosamente, sem dar vestígios de algum som até a minha mesa, aberto na página onde a turma acompanhava a aula. O moreno me olha de soslaio e ri apontando com o dedo para o parágrafo que eu deveria ler. Balanço a cabeça me culpando mentalmente por ser tão óbvia e começo a ler.
No meio da aula, enquanto a turma se dispersava em conversa paralela e a professora dava atenção à alguns alunos que estavam tirando dúvidas com ela, um pequeno pedaço de papel cai na ponta dos meus dedos, em cima da minha mesa.
Olho em volta, vou desdobrando o papelzinho e vejo uma letra masculina - muito feia por sinal .
Estava me encarando Alexis?
Desvio o olhar para o outro lado da sala. Eu não acreditava que ele realmente me mandou aquilo. Eu achava que o garoto era tímido. Mas também Alexis, você estava praticamente secando o garoto - me condeno mentalmente - Pego a caneta e começo a responder o bilhetinho.
Não seja tão convencido Wolfhard
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HOPE
Teen FictionSão uns olhos verdes, Uns olhos de verde-mar Uns olhos cor de esperança Uns olhos por que morri Que aí de mim Nem já sei qual fiquei sendo Depois que os vi Como duas esmeraldas Iguais na forma e na cor Tem luz mais branda e mais forte Diz uma - vi...