Capitulo 16

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Alexis Ren |POV|



Eu estou com um sorriso bobo no rosto. Eu quero gritar pro mundo que Finn Wolfhard me ama e que eu o amo com todas as minhas forças. Preciso por pra fora todo esse entusiasmo antes que eu exploda por dentro.

Penso em contar a minha mãe os últimos acontecimentos, mas ela surtaria. Imagino contando para Sadie e Samantha, e tenho absoluta certeza de que as duas surtariam mais do que a minha mãe. Decido por fim ir até o hospital. Gostaria que meu pai soubesse o quão feliz eu estava.

Arrumo minha casual mochila e dentro dela coloco coisas que acho que serão úteis. Jogo-a no ombro e saio de casa rumo ao hospital. Eu não sabia qual seria a situação em que meu pai estaria, mas contaria com a sorte.

Quando atravesso a porta do quarto todo branco e bem iluminado, vejo o rosto adormecido do meu pai. Seus olhos fechados e sua face aparentavam um sono tranquilo. Puxo uma poltrona para perto do seu leito e sento ao seu lado.


"Oi pai" falo sozinha deslizando os dedos por seu braço fino " O senhor pode não me ouvir, mas eu preciso te contar algumas coisas" sorrio para ele por mais que o mesmo não veja.


"Lembra aquele garoto que veio aqui visitar o senhor comigo?" Pergunto, mas eu sei que a resposta não virá "Acho que nós estamos juntos agora" passo os dedos contornando sua mão  áspera "Eu dormi na casa dela ontem e foi especial"


Solto um riso nervoso. Me arrumo na poltrona colocando as pernas entrelaçadas, como de índio.


"Acho que eu o amo" olho carinhosamente para o rosto adormecido dele "Ainda não contei para mamãe, mas ela vai surtar quando souber" Rio mais para mim mesma imaginando a cena "Eu queria que o senhor estivesse presente, com aquela sua pose de machão tentando assustar Finn, seria hilário"


Abaixo a cabeça e sinto lágrimas se juntarem no canto dos meus olhos.


"Você faz tanta falta pai" com as costas da mão faço um leve carinho em sua bochecha "Eu sei que deixei o senhor um pouco de lado nos últimos dias, mas mamãe tinha que vim vê-lo também, ela estava... Ela estava tão triste"


Passo a mão pelos olhos secando as lágrimas e me levanto da poltrona.


"Mas hoje não é um dia de lamentações" falo colocando a mão na cintura "Hoje foi o dia em que Finn se declarou pra mim pai" me apoio nos cotovelos próximo ao seu rosto e falo baixinho "ele disse que me amava"


Vejo a respiração dele aumentar com minhas palavras. Observo o monitor ao seu lado, mostrando sua frequência cardíaca.


"Pai?" Sussurro enquanto seus olhos abrem vagarosamente e um sorriso brota nos meus lábios "Você estava me ouvindo então mocinho" digo cruzando os braços na frente do peito.


Ele sorri fraquinho e me mostra a língua. Reviro os olhos para sua atitude infantil, mas meu coração alivia com sua resposta positiva. Eram poucas as vezes em que ele conversava com a gente.

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