HOPE

Capitulo 34

Alexis Ren |POV|

1 mês depois

Levanto rápido, jogo as cobertas para o lado tentando não tropeçar, levo uma das mãos até a boca tentando segurar a ânsia que se formava em minha garganta. Corro para o banheiro e vômito tudo o que era possível e não possível.

O enjoo se instala no estômago e me faz vomitar mais algumas vezes seguidas, cada vez que puxava o ar e o cheiro de ovo frito entrava por minhas narinas. Sento de frente para o vaso e apoio a cabeça nas duas mãos, pensando em como o cheiro de ovo frito poderia ser tão horrível ao ponto de me fazer vomitar pela manhã.

Me recomponho, jogo a água gelada da torneira no rosto, escovo os dentes e troco de roupa rapidamente pegando o celular e chegando o horário. Já estava quase atrasada, precisava correr.

Junto à mochila do chão e desço as escadas encontrando minha mãe preparando o café da manhã, e é claro que é ovo frito. O embolo se forma novamente e levo a mão na boca temendo jogar tudo para fora de novo.

"Bom dia querida, nossa que cara horrível é essa?" Minha mãe contorna a mesa e chega até mim colocando uma das mãos na minha testa provavelmente medindo minha temperatura "Esta passando mal?"

"Esse cheiro" murmuro e aponto com a cabeça para o ovo "está me matando"

Minha mãe estreita os olhos e percebo sua testa se enrugar lentamente, formando um vinco entre seus olhos

"Você sempre gostou de ovo no café da manhã Alexis, será que é alguma intoxicação alimentar?" Sua preocupação era visível

"Capaz mãe" dou de ombros e finjo que estou bem para que ela não venha com milhões de exames, mãe enfermeira em casa sem condições" É só ansiedade dessa ultima semana de provas, fica tranquila"

Falo pegando uma torrada e sorrindo para que ela ficasse despreocupada. Mas o enjoo continuava a formar milhões de nós em meu estômago. Pego o tênis do chão, me despeço com um beijo e saio rapidamente de casa me livrando do cheiro horrível de ovo.

Minha mãe tinha razão, eu sempre gostei de ovo no cabeça da manhã, tento não pensar muito no assunto e me concentro em revisar o assunto da prova de hoje. Estamos tento as últimas provas do semestre e não podia me distrair. Nosso terceiro ano estava chegando ao fim e eu precisava estar pronta pra entrar em uma faculdade decente e ainda não havia decidido o que iria cursar, isto estava me matando por dentro. Talvez fosse isso todo esse mal estar.

Tento nao preocupar minha mãe com coisas bobas, ela estava bem demais. Depois de ter passado um tempo com minha tia, minha mãe voltou outra pessoa, renovada, com a energia lá em cima. É claro que todos os dias a falta do meu pai era sentida, isso jamais ia mudar.

Desço a rua calmamente parando na frente da casa do meu amado cacheado, encontrando-o já atravessando a porta. Assim que me vê seu rosto se ergue e seus olhos brilham, éramos sempre assim, cada vez que nos olhávamos exatamente a mesma sensação de euforia se instalava. Por isso eu tinha certeza que era amor.

"Bom dia raio de sol" reviro os olhos com seu cumprimento bobo, mas não deixo de sorrir. Suas pernas longas atravessam o pátio em apenas quatro passos e já estavam paradas a minha frente, seus braços me cercam e sou puxada para um abraço quente "Dormiu bem?"