Capitulo 4

706 72 208
                                    


Alexis Ren |POV|



Finn Wolfhard tinha as maçãs do rosto cobertas de pequenas sardas clarinhas e quando ele sorria, elas subiam quase encostando nos olhos, dando a ele o aspecto mais fofo do mundo. Eu adorava observar Finn e os seus sorriso aleatórios, eles faziam meu coração acelerar.

Eu não sabia ao certo o que sentia em relação ao garoto novo. Mas eu sabia que havia alguma coisa.

Hoje era domingo, domingo da depressão. Normalmente aos domingos eu saia de casa às 13 horas e ia para o hospital e ficava lendo a tarde toda para meu pai. E era isso que eu faria hoje.

Ajeitei a mochila nas costas, dentro dela havia alguns livros que eu lia para meu pai. Um jogo de baralho e um potinho com cookies que minha mãe havia feito pelo manhã.

Quando cheguei no ponto de ônibus, observei de longe o garoto que estava ocupando minha mente os últimos dias. Ele estava sentado no mesmo banco da pracinha, que ele estava no dia anterior. Aceno para ele, o moreno retribuiu o aceno e vejo que ele levanta para andar até mim.

Fico apreensiva. Eu não queria que Finn soubesse que eu estava indo ao hospital, mas também não queria que ele achasse que eu não quisesse conversar com ele. Entro em um dilema interno do que fazer.

Meu cérebro travou quando Finn chegou ao meu lado todo sorridente. Processei por alguns segundos que ele estava falando comigo.


"Desculpe, o que disse?" Perguntei


"Onde você está indo num domingo à tarde?" ele repete, visivelmente curioso.


Penso muito antes de respondê-lo. Eu realmente não sabia se contava pra ele sobre meu pai, ou se nossa relação ainda não estava tão íntima a esse ponto. É claro que todos os meus amigos próximos sabiam da situação em que meu pai se encontrava. Eu só não fazia ideia de qual seria a reação dele quando eu contasse.


"Alexis?" Ele tocou no meu braço devagar, meu corpo respondeu ao seu toque de uma maneira que eu não imaginei, meus pelos se arrepiaram apenas com sua mão no meu braço "Você está bem?"


Finn estava preocupado comigo. E eu estava preocupada com o efeito que ele estava causando em mim.


"Estou bem" vejo que seus olhos ainda estão em mim "eu só estava pensando longe, desculpe" desvio o olhar dos seus olhos "eu estou indo até o hospital"


Tomo coragem e acabo falando. Vejo sua feição mudar, mas não como eu esperava que fosse. Ele sorriu fraco e apenas ficou quieto do meu lado, o garoto não falou mais nada até que ônibus aparecesse na esquina.


"Posso ir com você?"


"Pode" respondo sem ao menos pensar.


E Finn Wolfhard embarcou no ônibus comigo, ele sentou ao meu lado e se manteve quieto o caminho todo. Eu não tive a necessidade de falar, só a presença dele ali me deixava tranquila, em paz. Finn era aquelas pessoas que você poderia conversar por horas, sem nem se dar conta do tempo, e também ficar em silêncio, sem se preocupar.

HOPEOnde histórias criam vida. Descubra agora