Cap 21 As descobertas parte 2

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Ela se solta com os olhos cheios. Acho que fiz merda!

— Me desculpe Maria. — Peço constrangido por meu ato.

— Tu.tudo bem até que gostei. —Então porque às lágrimas? Deve ser medo de perder a mãe.

— Maria, gostaria muito que a gente se desse bem. Gosto muito da sua mãe e se você concordar, eu gostaria de te conhecer melhor, assim como quero que você me conheça.

— Por mim tudo bem Kadu. — Ela me chamou de Kadu? Acho que ganhei um pontinho.

— Que bom pequena! Nós dois queremos a sua mãe feliz, certo?

Apenas ai olho para  Carol, que está com os olhos cheios de lágrimas, Maria olha para a mãe também e balança a cabeça afirmativamente, mas parece que esse sim não foi para mim e sim pra mãe. Espero que Carol não à esteja obrigando a nada. Isso vai ter que ser naturalmente.

Percebo que até aquele momento todos estavam nos olhando com os olhos cheios. Apenas André me olha diferente, com um sorrisinho de lado, olhando para mim e Maria.

— Bom pessoal! Vamos almoçar que Maria tem compromisso. — Anunciou  Carol.

— Ela vai sair? — Pergunto o óbvio.

— Tem uma festinha de aniversário aqui ao lado, é da amiga da escola. — Explicou Quim.

Vamos todos para a outra sala almoçar. Às vezes pego Maria disfarçadamente  me olhando. Gostei muito dela e queria conversar mais com ela.

Quebro o silêncio.

— Ainda te vejo hoje Maria?

— Se você quiser sim. A festa já começou, devo voltar antes dás 18:00 horas.

— Tenho certeza que vou te esperar junto com a sua mãe e depois vou levar vocês duas para casa.

— Obrigada Kadu.

— Não por causa disso pequena.

Estamos terminando de almoçar, ela cochicha no ouvido da mãe e se despede.

António nos chama para a parte de trás da casa, onde tem um pequeno jardim com uns sofás e mesinhas e a frente uma piscina.

— Parabéns! A casa de vocês é linda e o almoço estava maravilhoso. Muito obrigado pelo convite. — Agradesci com sinceridade.

— Sinta-se em casa Kadu, se você fizer bem para Carol, será sempre bem vindo.

Sentamos e Carol está tensa. Deve ser estranho descobrir que o marido e gay. Não, não é isso, eles se amam demais, os quatro e claramente vejo respeito e admiração em todos.

— Quando Maria chegou, eu ia falar, mas agora passo a vez para Quim, se Carol não se importar. — Toni fala olha do para Carol.

— Não Toni, deixa que eu mesmo falo. — Ela aparenta um certo nervosismo.

— Vai lá prima, estamos aqui com você. — Incentiva Carla, me deixando mais perdido.

— Quer conversar em particular preta. — Pergunta Toni.

Gostei deles. No entanto, não gosto de ouvir ele chamando ela de preta.

— Não. É uma história que envolve a todos e pelo que entendi André é um irmão para Kadu, e namorado da Carla.

Que porra é essa? Já estou ficando nervoso.

— Carol, você pode falar, eu já estou ficando nervoso.

— Bom... O papo vai ser longo.

Nessa hora entra a empregada com sucos, vinho, cerveja, café, queijos e pãezinhos, Deus! Acabei de almoçar.
Ela se retira e Carol começa.

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