Cap 23 Minha filha

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Chegamos no apartamento da Carla, André abre a porta e Duda está deitada no tapete vendo um filme junto com a madrinha. Carol se junta a elas e eu fico parado olhando minha filha. Dá para acreditar nisso? André fecha a porta e fala baixo comigo.

— Como você está irmão?

— Feliz mano, minha filha é  linda pode falar?

— É mesmo, parece com a mãe.

— Parece mesmo. -Concordo sorrindo.

Fico ali admirando ela sorrindo em frente a TV.

— Vamos Duda. — Chamei.

— Vamos.

Tenho que me controlar, porque o tempo todo quero buscá-la. Agradeço a Carla e André e vamos para casa. Quando chegamos ela se joga no tapete e liga a tv. Carol segura minha mão e me leva para o tapete, tiro o sapato é deito ao lado da minha filha. Carol vai para o outro lado.

Coloco minha cabeça na almofada que Duda está usando ela me olha e sorri. Esse simples sorriso me aquece a alma, ela volta a olhar a tv e eu faço o mesmo, uns minutos depois ela se aproxima um pouco mais e deita a cabeça no meu braço, pronto meus olhos se enchem. Olho para Carol que está igual a mim.

— Preta, passa pra cá. — Chamo ela para deitar ao meu lado, ela vem e eu fico entre as duas. Te digo com toda a certeza, isso é o paraíso.

Pego o celular para pedir a pizza.

— Filha quer pizza de quê?

— Portuguesa.

— É você preta?

— A mesma que Maria.

Peço a pizza e passo para Carol digitar o endereço. Ficamos assim deitados vendo TV e eu me sentindo o cara mais feliz do mundo, não trocaria isso por nada. Por dinheiro nenhum no mundo.

A pizza chega e lanchamos. Fico o tempo inteiro olhando para minha filha. Quanta coisa eu perdi... A primeira palavra, o primeiro passinho, o primeiro dentinho, o primeiro sorriso.

Ainda não falei com meus pais, quero contar para minha mãe. No entanto, não sei o que sinto em relação ao meu pai.

— Tudo bem Kadu? — Ela parece perceber meu tormento.

— Está sim filha, amanhã eu posso levar vocês para o Colégio?

— Pode. — Respondem juntas.

Sentamos no sofá e eu não sei direito como agir com a Duda.

— Filha, qual matéria você mais gosta?

— Todas!

— Todas? — Carol pergunta gargalhando.

— Tá bom. Só não gosto muito de educação física. — Respondeu sorrindo junto com a mãe.

Ficamos ali conversando amenidades, e eu aproveitando para conhecer um pouco mais da minha filha.

— Hora de dormir filha. — Anuncia Carol.

— Está bem mãe. Kadu, você vai dormir aqui?

— Eu gostaria muito, posso?

— Por mim tudo bem, agora você tem que pedir minha mãe.

— Pode sim Kadu.

Amo essas duas. Quando vou dar um beijo de boa noite na minha filha, meu celular toca.
E é Kamila, fico sem graça pois o apartamento da Carol é pequeno e estamos na sala. Carol percebe meu desconforto e vai com Duda para o quarto.

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