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O SABOR de Selena era exatamente igual a ela: fruto proibido. Doce, quente, entorpecente, viciante. Demi sentiu a hesitação e a surpresa dela, sentiu o gosto da salmoura das lágrimas.

Demi interrompeu o beijo, afastando-se da tentação de pilhá-la e explorá-la. Passou a mão pelo cabelo. 

– Isto foi passar dos limites. Desculpe-me. 

Selena balançou a cabeça.

 – Não. – Selena envolveu o pescoço dela com seus braços e puxou-lhe a cabeça para si. – Por favor, não se desculpe.

O hálito de Selena a aqueceu. Os lábios carnudos se moldaram aos dela, e a fantasia ganhou vida. Selena a beijou; foi quente e intenso.

Demi sabia que ela estava furiosa com Niall. Sabia que Demi era uma vingança. Sabia que devia ir embora. Mas ao mesmo tempo que sua cabeça lhe dizia uma coisa, o coração dizia outra.

Que Deus a ajudasse, pois retribuiu o beijo. Seis meses de paixão reprimida se desencadearam dentro dela. Demi havia convivido com as fantasias. E agora envolvia a personificação em carne e osso daquelas fantasias em seus braços.

A língua de Selena sondava os lábios dela, e o último vestígio de resistência a abandonou. Demi enterrou as mãos no cabelo dela e a puxou para si.

Selena fazia pressão contra ela, a raiva, a frustração quase palpáveis. E então aquilo se foi, sendo substituído por alguma coisa menos volúvel… e muito mais perigosa. Selena se acalmou, a boca agora oferecendo mais do que tomando. Oferecendo. Demi aceitou e retribuiu.

Demi deslizou as mãos do cabelo dela para a seda cálida dos ombros nus. Selena gemeu de encontro à boca dela e estremeceu. A razão tirou férias. Demi afundou de costas no sofá, e Selena a seguiu, deitando-se de encontro a ela, entre as coxas musculosas. Os quadris dela pressionavam a ereção que Demi era incapaz de negar. Os dedos de Selena penetraram o cabelo dela enquanto Demi explorava cuidadosamente a tepidez quente da boca sensual.

Ela passava as mãos pelas curvas das costas de Selena. Adoraria fotografar a curva adorável de seu pescoço, desnudada pelo cabelo preso. Demi a tocava com a reverência de um artista.

A intensidade do beijo dela a chocou. Selena se pressionava de encontro à ereção dela em súplica, e Demi gemia de encontro à boca delicada. Demi enchia as mãos com a fartura arredondada do traseiro dela e a puxava com mais força para si. Selena deslizou uma das pernas para cima de Demi, capturando a coxa dela, se abrindo para ela.

Demi correu os dedos pela seda das pernas dela, as juntas roçando o meio da calcinha. Ai, Deus do céu, ela estava úmida!

– Demi… – gemeu Selena –, você sempre me…

Selena forneceu a ela, com essa frase, uma verificação de sanidade ativada por voz. Demi recuou e se apoiou sobre um cotovelo, embora Selena permanecesse entre suas coxas.

O que diabos ela estava fazendo? Encontrava-se a um segundo de deslizar o dedo por sob o elástico da calcinha de Selena e tocá-la intimamente. Demi tomou fôlego e buscou algum grau do autocontrole que se perdera instantes atrás.

Selrna permanecia em cima dela, o corpo pressionado de encontro ao de Demi. A excitação dela se misturava ao perfume, era um aroma inebriante.

– Desculpe. – Mas o quanto Demi lamentava se continuava com uma das mãos na deliciosa parte de baixo dela? Afastou a mão e esfregou a testa.

Selena fugiu para a outra ponta do sofá. Demi se sentou, sentindo falta da pressão dela entre suas pernas, como se uma parte vital sua tivesse sido amputada.

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