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– QUER QUE eu faça o quê? Esqueça. Não farei isso – disse Selena, e rolou, deitando-se de costas, bufando.

Mas que droga, ali estava ela, sentindo-se molenga e maravilhosa depois de um sexo muito, muito quente, e agora Demi estragara tudo.

Demi rolou para o lado da cama, graciosa, todo poder e seguiu até a porta. Irritada com ela ou não, Selena se contentava por vê-la caminhar por ali, nua, durante muito tempo; só que agora Demi estava seguindo porta afora.

– Aonde você vai? – Ela quis saber.

– Pegar minha câmera.

– Você precisa da sua câmera para discutir isso?

– Não. Preciso dela para captar o jeito que você fica quando faz beicinho. Lembre-se, eu deveria estar captando seu eu verdadeiro.

– Isso foi uma coisa idiota de se dizer! – berrou ela para Demi.

– Desculpe.

Desculpe uma ova. Demi não parecia lamentar nem um pouco.

– É minha especialidade – gritou Demi do outro cômodo.

– O quê? Fotografar ou ser uma idiota? – sussurrou Selena para si, totalmente irritada com ela.

– Eu ouvi isso. – Demi reapareceu à soleira, usando a calça jeans, sem camisa, a câmera pendurada no pescoço. – Os dois.

– Eu concordo.

Demi se aproximou da cama, a câmera zumbindo. Selena lhe lançou um olhar altivo, empinou o nariz e depois virou o rosto.

– Perfeito. Selena de mau humor.

Ela se voltou para Demi.

– Não estou de mau humor.

– Mesmo? E do que você chama isso?

– Chateada. Estou chateada. Você não tinha o direito de prometer ao meu gato que eu mudaria o nome dele. Adoro o nome dele. Se você quiser dar um nome a um bicho, vá arrumar um bicho para você.

Selena não dava a mínima se estava sendo rude. Durante toda a vida recebera ordens sobre o que fazer, quando fazer, como fazer. Finalmente se achava por conta própria, e para o diabo que alguém – independentemente do quão linda ela fosse nua ou como a satisfizesse completamente na cama – iria rebatizar seu gato arbitrariamente. Peachesera a primeira coisa que ela possuíra que era só sua. Dane-se, Demi!

– Eu estava desesperada. Foi a única coisa na qual consegui pensar ali. E dei minha palavra a ele.

– Bem, você devia ter me consultado antes.

– Sério? Eu deveria ter conduzido as negociações do beiral da janela, onde por acaso eu estava pendura niall.

– Não precisa ser sarcástica, Demi.

– Não precisa ser irracional, Selena.

Ela iria deixar aquele comentário passar, pois a outra opção era matá-la.

E pensar que começara a gostar dela. Argh… Demi a enfurecia.

– Eu lhe pedi para ir lá fora? Não! Na verdade, eu disse a você para não ir.

– Achou mesmo que eu iria deixar você ir lá fora?

Selena não conseguia se lembrar de já ter falado cuspindo, de ficar tão furiosa a ponto de não conseguir se expressar verbalmente. Nem mesmo há uma eternidade, quando descobriu que Niall mudara de time.

– Hum… hã… você… você…Alfa total… acha que só porque é tem testosterona é mais corajosa?

– Corajosa? – Demi jogou a cabeça para trás e riu, mas não soou como se de fato achasse graça. – Coragem não tem nada a ver com isso. Eu estava tão apavorada que não conseguia enxergar direito ali. E você pode esquecer essa coisa de Alfa, porque a srta. Alfa não iria admitir isso.

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