Antes que deixasse uma lágrima escorrer pelo meu rosto, fui imediatamente ao balcão, meus pensamentos estavam uma bagunça.— Ei, moça.. — levantei meu olhar e vi a garçonete me encarando. — O que vai querer?
Olhei para a prateleira à minha frente e só tinha bebidas alcoólicas. — Vocês tem refrigerante? — perguntei.
— Sim, temos..
— Me traz qualquer um. — a interrompi.
Não consegui olhar de volta para eles, só queria que Thomas desaparecesse. Não queria encontrá-lo, meu coração batia descompassado.
— Aqui. — a garçonete colocou uma pequena garrafa de vidro no balcão e logo se retirou.
A garrafa já estava aberta, dei um gole e reuni forças para olhar de novo pra eles, foi aí que avistei Thomas vindo em minha direção.
Ai, meu Deus. Não, não, não, não...
— Oi. — ouvi a voz de Thomas, quebrando meus pensamentos.
Dirigi meu olhar à ele, e percebi o quanto estávamos próximos, não o mais perto que já ficamos, mas fazia tempo que não ficávamos assim.
Thomas estava usando uma blusa social e uma calça preta, seu cabelo estava mais curto que o normal e ele continuava lindo, talvez ainda mais do que antes.
Senti uma dor tão grande ao vê-lo ali, era como se meu coração estivesse sendo pisoteado por uma multidão de pessoas.
— Eu não sei como começar isso.. Mas que tal do início? Thomas Hoston. — falou com dificuldade e esticou sua mão em minha direção, mas a ignorei completamente enquanto dava um gole no refrigerante. — Você não vai me cumprimentar. — concluiu meio sem jeito e abaixou a mão.
Ele pensa que pode simplesmente apagar tudo o que aconteceu?
Queria me virar para trás e deixá-lo falando sozinho, essa era a melhor opção. Ainda não tinha caído a ficha que ele estava ali.
— Você não precisa se apresentar, te conheço muito bem.
— Pensei que pudéssemos aliviar a tensão.
— O que está fazendo aqui? — perguntei rude.
— Meus amigos me convidaram. — disse, apontando para trás na direção do resto do grupo.
— Seus amigos?
— Sim.
— Entendi. — assenti, colocando a garrafa novamente sobre o balcão. — Eu vou indo.
Me virei para trás e comecei a caminhar para fora do estabelecimento mas antes que abrisse a porta, senti uma mão puxar meu braço.
— Ei, você não vai embora. — era Claire.
— Por que convidaram ele? — perguntei irritada.
— Porque ele é nosso amigo.
— Então fiquem com ele, eu vou embora.
— Sério? — questionou-me, parecia surpresa. — Manuela, você tem que arrumar um jeito de conviver com ele.
— Diz isso para o Julian que faz o mesmo com o Barry. — retruquei.
— Você não é o Julian. — disse firme.
— Você não tem ideia de como dói olhar pra ele.
— Eu imagino. — sussurrou. — Mas você precisa curar essa ferida. E talvez, essa seja a única maneira. — concluiu.
— Eu preciso de um tempo.
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O Milagre: Reencontro
ДуховныеContinuação da obra: O Milagre ♥ Após a partida de Thomas do país, a vida de Manuela virou de cabeça para baixo, com seus pais em coma, teve que deixar sua faculdade de Teologia de lado para trabalhar. Mesmo com todos os problemas que enfrentou e to...