Capítulo 2: Surpresa!

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Antes que deixasse uma lágrima escorrer pelo meu rosto, fui imediatamente ao balcão, meus pensamentos estavam uma bagunça.

— Ei, moça.. — levantei meu olhar e vi a garçonete me encarando. — O que vai querer?

Olhei para a prateleira à minha frente e só tinha bebidas alcoólicas. — Vocês tem refrigerante? — perguntei.

— Sim, temos..

— Me traz qualquer um. — a interrompi.

Não consegui olhar de volta para eles, só queria que Thomas desaparecesse. Não queria encontrá-lo, meu coração batia descompassado.

— Aqui. — a garçonete colocou uma pequena garrafa de vidro no balcão e logo se retirou.

A garrafa já estava aberta, dei um gole e reuni forças para olhar de novo pra eles, foi aí que avistei Thomas vindo em minha direção.

Ai, meu Deus. Não, não, não, não...

— Oi. — ouvi a voz de Thomas, quebrando meus pensamentos.

Dirigi meu olhar à ele, e percebi o quanto estávamos próximos, não o mais perto que já ficamos, mas fazia tempo que não ficávamos assim.

Thomas estava usando uma blusa social e uma calça preta, seu cabelo estava mais curto que o normal e ele continuava lindo, talvez ainda mais do que antes.

Senti uma dor tão grande ao vê-lo ali, era como se meu coração estivesse sendo pisoteado por uma multidão de pessoas.

— Eu não sei como começar isso.. Mas que tal do início? Thomas Hoston. — falou com dificuldade e esticou sua mão em minha direção, mas a ignorei completamente enquanto dava um gole no refrigerante. — Você não vai me cumprimentar. — concluiu meio sem jeito e abaixou a mão.

Ele pensa que pode simplesmente apagar tudo o que aconteceu?

Queria me virar para trás e deixá-lo falando sozinho, essa era a melhor opção. Ainda não tinha caído a ficha que ele estava ali.

— Você não precisa se apresentar, te conheço muito bem.

— Pensei que pudéssemos aliviar a tensão.

— O que está fazendo aqui? — perguntei rude.

— Meus amigos me convidaram. — disse, apontando para trás na direção do resto do grupo.

— Seus amigos?

— Sim.

— Entendi. — assenti, colocando a garrafa novamente sobre o balcão. — Eu vou indo.

Me virei para trás e comecei a caminhar para fora do estabelecimento mas antes que abrisse a porta, senti uma mão puxar meu braço.

— Ei, você não vai embora. — era Claire.

— Por que convidaram ele? — perguntei irritada.

— Porque ele é nosso amigo.

— Então fiquem com ele, eu vou embora.

— Sério? — questionou-me, parecia surpresa. — Manuela, você tem que arrumar um jeito de conviver com ele.

— Diz isso para o Julian que faz o mesmo com o Barry. — retruquei.

— Você não é o Julian. — disse firme.

— Você não tem ideia de como dói olhar pra ele.

— Eu imagino. — sussurrou. — Mas você precisa curar essa ferida. E talvez, essa seja a única maneira. — concluiu.

— Eu preciso de um tempo.

O Milagre: ReencontroOnde histórias criam vida. Descubra agora