Capítulo 29: Mais uma chance

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As borboletas estavam fazendo uma festa em meu estômago, literalmente. Nossos lábios sincronizados assim como a batida de nossos corações, me faziam desejar que aquele momento não tivesse fim. Não havia mais nada além de nós dois, e aquela sensação de estar completa outra vez tomou conta de mim.

Thomas segurava meu rosto com total delicadeza enquanto movíamos nossos lábios suavemente. Seus dedos contra a minha bochecha faziam todo o meu corpo se arrepiar. Minhas lágrimas já não existiam mais quando seus lábios se afastaram dos meus, me fazendo abrir os olhos e encontrar seu olhar apaixonado.

Beijá-lo outra vez, era como um sonho. Uma corrente elétrica passava fortemente entre nós dois. Estávamos ligados, na verdade, nunca deixamos de estar. Ninguém poderia me fazer sentir aquilo, apenas Thomas Hoston tinha esse poder sobre mim. Eu era completamente e inteiramente dele. E ele? Era meu.

— Eu amo você.

As palavras saíram da minha boca como se implorassem por isso. Meu coração implorava por isso. Eu lutei contra esse sentimento por meses e enfim, eu podia gritá-lo para todos ouvirem. Não existiam mais os meus medos e receios. Eu estava certa que dessa vez, tudo daria certo entre Thomas e eu.

— Você... Me ama? — perguntou, seus olhos brilharam de uma maneira tão intensa que foi impossível não sorrir por isso.

— Sim, Thomas. Eu amo você, e... Não consigo imaginar o dia em que não amarei. — confessei e vi um largo sorriso em seus lábios.

Antes que ele pudesse dizer ou fazer alguma coisa, fomos interrompidos pelo som do meu celular que praticamente berrou em minha bolsa. Após pedir um minuto à Thomas, busquei o aparelho e encontrei-o nos fundos da bolsa e para a minha surpresa, era papai, certamente estava preocupado comigo.

Céus! Esqueci-me da hora.

Oi, pai! — exclamei ao atender a chamada.

— Manu.. Que bom que atendeu. — suspirou, parecia aliviado. — Sei que está em ótimas companhias mas o tempo está péssimo e está ficando tarde, por que não vem pra casa, filha?

— Eu estou aqui na rua, pai. Estou no carro.

— Ah.. — vi a cortina da sala ser aberta e logo avistei o rosto de papai olhando para fora. — Se já está aqui, eu fico mais tranquilo. Eu estou indo deitar, não demore a entrar.

— Pode deixar. — disse e desliguei a ligação.

Guardei novamente o celular na bolsa e minha atenção voltou-se à Thomas que ainda estava com os mesmos olhos brilhantes de segundos atrás. Ele estava feliz, era nítido. Seu olhar me deixava claro o quanto ele me amava, e tudo o que eu queria no momento, era mostrar que eu o amava da mesma forma.

— Você precisa ir? — perguntou tristemente.

— Sim.. Amanhã temos mais um dia de trabalho.

— Posso vir te pegar às oito e cinquenta?

— Não é muito tarde para a assistente chegar? — questionei-o, e sua risada tomou conta do ambiente, me fazendo sorrir.

— Ela estará lá exatamente às nove horas.

— Bom, então eu aceito a sua maravilhosa carona.

— Me sinto honrado. — disse, e sorrimos juntos.

Sem dizer mais nada, abri a porta do carro e corri para a varanda, sendo seguida por Thomas. Paramos em frente à porta, um pouco molhados pela chuva incessante que caia e após uma troca de olhares, senti seus lábios se chocarem contra a minha testa úmida e foi inevitável não sorrir como uma tonta.

O Milagre: ReencontroOnde histórias criam vida. Descubra agora