Capítulo 16: Passeio à dois

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Mensagem:

"Me buscar?" enviei a mensagem um pouco confusa.

Segundos depois, a resposta chegou:

"Sim. Você não quer ficar em casa, eu também não...Vamos dar uma volta?" 

Fiquei ainda mais confusa, ele realmente estava falando sério. Quer dizer, seria ótimo sair um pouco de casa, eu estava precisando disso. Mas, por outro lado, não queria passar ainda mais tempo com o Thomas, mesmo ele sendo um ótimo amigo. Duvidei por um longo tempo se deveria aceitar o convite e acabei deixando meu coração falar mais alto.

Mensagem:

"Vamos sim. Vou me aprontar, estarei te esperando." respondi.

"Estarei em vinte minutos."

Deixei o celular de lado, então, fui tomar um banho bem rápido, escolhi um vestidinho branco com estampa de lacinhos e calcei minhas sapatilhas na mesma cor. Decidi deixar meu cabelo solto, e quando estava me conferindo no espelho, ouvi a campainha tocar. Sem pensar duas vezes, peguei minha bolsa sobre a cama e corri para a sala, mas chegando lá, vi que papai que já havia aberto a porta.

— Manu, parece que alguém veio te buscar. — papai comentou, com um sorriso travesso quando se virou para mim.

— Já está pronta? — Thomas perguntou, levando seu olhar em minha direção.

— Estou sim. — respondi meio sem jeito. — Papai, não deu tempo de te avisar, mas eu vou dar uma volta com ele.

— Vai na paz. Divirtam-se. — disse, beijando-me a testa e logo virou-se para Thomas. — Thomas, não vou dizer para cuidar dela, sei que fará isso.

— Agradeço pela confiança, Carlos. — Thomas, agradeceu.

Papai nem fazia um esforço em esconder sua preferência, era óbvio que ele preferia o Thomas, quer dizer, isso ficava nítido. Depois de uma curta conversa entre os dois, nos despedimos de papai e saímos de casa. Como o esperado, Thomas abriu a porta do carro para mim, e foi só nesse dia que percebi o quanto eu amava essa "mania" dele.

— Então.. Para onde você vai me levar? — perguntei, assim que o vi entrar no carro.

— Ao Seattle Great Wheel. O que acha?

— Não brinca! Sempre tive vontade de ir.

Seattle Great Wheel, não era nada mais e nada menos que uma roda gigante de cinquenta e três metros de altura. Conhecida por ser um dos melhores pontos turísticos de Seattle, é possível ter uma linda vista da cidade de lá de cima. Acabei me lembrando da vez em que fomos ao Space Needle, era incrível como Thomas adorava me levar à lugares altos.

— Você tem algum vício em altura? — questionei-o.

— Não. Por quê? — retrucou, dando uma risada.

— Você ama me levar à passeios com altura.

— Que nada!

— Ah, é? E o Space Needle? — cruzei os braços, fazendo-o sorrir.

— Ok, ok. Mas de altura, só foi esse.

— E a viagem ao Brasil? O avião...

— Você queria ir de carro? — debochou de maneira brincalhona, e acabei rindo por isso.

O Milagre: ReencontroOnde histórias criam vida. Descubra agora