Alex ficou mais do que feliz em interromper as compras de Natal. Assim que ela e Lee chegaram ao restaurante, foram se juntar aos Chapman no balcão.
Piper se levantou e deu um abraço forte nela.
– O que houve? – Ela franziu as sobrancelhas. – Você andou chorando.
– É só a velha tristeza natalina.
Constrangida, a loira percebeu que alguns dos fregueses ainda olhavam para ela.
– Como assim, tristeza natalina?
– Depois eu conto. – Ela começou a puxá-la em direção à porta.
Lee se deteve por alguns instantes para cumprimentar Bill e, enquanto os dois velhos amigos conversavam, Vause carinhosamente prendeu o cabelo de Piper atrás da orelha e sussurrou algo gentil em seu ouvido.
Um reflexo repentino chamou a atenção de Lee: eram os brincos de Diane. Ele sem dúvida havia subestimado o novo relacionamento da filha. Sabia que a esposa ficaria feliz por Alex ter dado aqueles brincos para garota. Diane Vause a amava como a uma filha e sempre a considerara parte da família. Talvez um dia a morena tornasse isso oficial...
Alex e Bill se cumprimentaram com educação, então ela pegou o cartão de Natal que Chapman havia recebido de Larry. Ela resistiu ao impulso de fazer algum comentário irônico e carregou a caixa sem dizer nada, o que já era alguma coisa.
Enquanto o trio se aproximava da porta, a agente Roberts entrou no restaurante. Estava de uniforme.
– Olá, Jamie. – Ela sorriu, mas seu corpo ficou tenso.
– Oi, Alex. Veio passar o Natal em casa?
– Isso mesmo.
Ela cumprimentou Piper e Lee e tornou a se voltar para morena, percebendo o braço da loira encaixado no cotovelo dela.
– Você está com uma cara boa. Parece feliz.
– E estou. Obrigada. – Ela abriu um sorriso sincero.
– Fico contente por você. Feliz Natal.
Piper a Alex lhe agradeceram e saíram discretamente do restaurante, ambas refletindo sobre como o perdão tornava certos fardos mais leves.
Assim que entraram na casa dos Clark, Vause já estava planejando saborear um uísque e charutos na varanda com o pai. Piper ainda se sentia um pouco abalada por conta de seu confronto com Natalie, mas estava tão aliviada por chegar em casa que tirou da cabeça todo e qualquer pensamento sobre aquela tarde.
– Querida? Não quer me dar seu casaco? – Perguntou a morena. Como não respondeu, ela a seguiu.
Na mesma hora parou, sem palavras. Sua amada namorada estava petrificada, olhando para uma mulher sentada na sala de estar com Nicky e Lorna. Por instinto, Alex abraçou Piper pela cintura e a puxou para junto de seu peito.
Ela observou a mulher se levantar de forma graciosa e vir deslizando na direção das duas. A intrusa se movia como uma bailarina ou uma princesa. A cada movimento seu, um quê de fortuna de berço pairava no ar, como perfume.
Ela era alta, quase do tamanho de Alex, com cabelos loiros longos e lisos e olhos grandes, azuis. Sua pele era impecável e ela era magra como uma modelo, exceto pelos seios generosos e perfeitos. Usava botas de camurça pretas de salto agulha, uma saia lápis de lã também preta e um suéter de caxemira azul-claro que pendia de forma provocativa dos seus ombros cor de alabastro.
Era linda. E imponente. Avaliou o modo como Piper estava protegida sob os braços da morena e arqueou as costas como uma gata.
– Alex, querida, que saudade! – A voz dela era forte, clara, e tinha um leve sotaque britânico. Ela lhe deu um abraço apertado.
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O Julgamento de Alex Vause [EM REVISÃO]
FanfictionAVISO: Essa obra não me pertence. O enredo e conteúdo descritos são de autoria da escritora Sylvain Reynard. O que lerão a seguir é uma adaptação feita para o universo Vauseman, personagens fictícios da série Orange is the new black. Livro 2: Ale...