Capítulo 07

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Alex ficou mais do que feliz em interromper as compras de Natal. Assim que ela e Lee chegaram ao restaurante, foram se juntar aos Chapman no balcão.

Piper se levantou e deu um abraço forte nela.

– O que houve? – Ela franziu as sobrancelhas. – Você andou chorando.

– É só a velha tristeza natalina.

Constrangida, a loira percebeu que alguns dos fregueses ainda olhavam para ela.

– Como assim, tristeza natalina?

– Depois eu conto. – Ela começou a puxá-la em direção à porta.

Lee se deteve por alguns instantes para cumprimentar Bill e, enquanto os dois velhos amigos conversavam, Vause carinhosamente prendeu o cabelo de Piper atrás da orelha e sussurrou algo gentil em seu ouvido.

Um reflexo repentino chamou a atenção de Lee: eram os brincos de Diane. Ele sem dúvida havia subestimado o novo relacionamento da filha. Sabia que a esposa ficaria feliz por Alex ter dado aqueles brincos para garota. Diane Vause a amava como a uma filha e sempre a considerara parte da família. Talvez um dia a morena tornasse isso oficial...

Alex e Bill se cumprimentaram com educação, então ela pegou o cartão de Natal que Chapman havia recebido de Larry. Ela resistiu ao impulso de fazer algum comentário irônico e carregou a caixa sem dizer nada, o que já era alguma coisa.

Enquanto o trio se aproximava da porta, a agente Roberts entrou no restaurante. Estava de uniforme.

– Olá, Jamie. – Ela sorriu, mas seu corpo ficou tenso.

– Oi, Alex. Veio passar o Natal em casa?

– Isso mesmo.

Ela cumprimentou Piper e Lee e tornou a se voltar para morena, percebendo o braço da loira encaixado no cotovelo dela.

– Você está com uma cara boa. Parece feliz.

– E estou. Obrigada. – Ela abriu um sorriso sincero.

– Fico contente por você. Feliz Natal.

Piper a Alex lhe agradeceram e saíram discretamente do restaurante, ambas refletindo sobre como o perdão tornava certos fardos mais leves.

Assim que entraram na casa dos Clark, Vause já estava planejando saborear um uísque e charutos na varanda com o pai. Piper ainda se sentia um pouco abalada por conta de seu confronto com Natalie, mas estava tão aliviada por chegar em casa que tirou da cabeça todo e qualquer pensamento sobre aquela tarde.

– Querida? Não quer me dar seu casaco? – Perguntou a morena. Como não respondeu, ela a seguiu.

Na mesma hora parou, sem palavras. Sua amada namorada estava petrificada, olhando para uma mulher sentada na sala de estar com Nicky e Lorna. Por instinto, Alex abraçou Piper pela cintura e a puxou para junto de seu peito.

Ela observou a mulher se levantar de forma graciosa e vir deslizando na direção das duas. A intrusa se movia como uma bailarina ou uma princesa. A cada movimento seu, um quê de fortuna de berço pairava no ar, como perfume.

Ela era alta, quase do tamanho de Alex, com cabelos loiros longos e lisos e olhos grandes, azuis. Sua pele era impecável e ela era magra como uma modelo, exceto pelos seios generosos e perfeitos. Usava botas de camurça pretas de salto agulha, uma saia lápis de lã também preta e um suéter de caxemira azul-claro que pendia de forma provocativa dos seus ombros cor de alabastro.

Era linda. E imponente. Avaliou o modo como Piper estava protegida sob os braços da morena e arqueou as costas como uma gata.

– Alex, querida, que saudade! – A voz dela era forte, clara, e tinha um leve sotaque britânico. Ela lhe deu um abraço apertado.

O Julgamento de Alex Vause [EM REVISÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora