"Como é que é?"
Pelo menos foi isso que Piper teve vontade de perguntar, mas, levando em conta o contexto, segurou a língua. De alguma forma, sua observação não parecia combinar com a declaração de Alex.
- Tenho medo de colocarmos em risco as mudanças que precisamos fazer se fizermos sexo.
- Então quer esperar?
Ela a encarou com um olhar tórrido.
- Não, kid, eu não quero esperar. Quero fazer amor com você agora e pelo resto da semana inteira. O que sei é que devemos esperar.
A loira arregalou os olhos ao perceber que ela estava falando sério.
Vause a beijou com ternura.
- Se vamos ser parceiras, é preciso haver confiança. Se você não confiar em mim com sua mente, como poderá fazê-lo com seu corpo?
- Acho que você já falou isso antes.
- Então nós voltamos ao ponto de partida. - Ela pigarreou. - E, para que não haja nenhum mal-entendido, estou falando de confiança total. Espero que, com o tempo, a sua raiva desapareça e você me perdoe. Espero que possamos chegar a um acordo quanto à nossa necessidade de proteger uma a outra sem causarmos outra crise.
A morena lançou-lhe um olhar esperançoso.
- Eu deveria ter esperado até você deixar de ser minha aluna antes de nos envolvermos. Disse a mim mesma que, por não estarmos dormindo juntas, não estávamos quebrando regra alguma. Mas estava enganada. E foi você quem teve que pagar o preço. - Ela vasculhou os olhos de Piper. - Você não acredita em mim.
- Não é isso. Acredito, sim. Mas a professora Vause que conheci e amei não era exatamente uma defensora da abstinência.
Alex fechou a cara.
- Talvez você tenha se esquecido de como nosso relacionamento começou. Nós nos abstivemos de fazer amor na noite em que nos conhecemos, assim como em muitas outras noites depois.
Chapman beijou sua boca, arrependida.
- Claro. Desculpe.
- Estou louca para senti-la nos meus braços, para estar em comunhão com você, de corpo e alma. Mas, quando isso acontecer, quero que saiba que nunca vou abandoná-la. Que você é minha e eu sou sua, para sempre. - A voz dela ficou rouca. - Que estamos casadas!
- Como é que é?
- Quero me casar com você. Quando fizermos amor de novo, quero ser sua mulher.
Quando Piper se pôs a encará-la, boquiaberta, a morena se apressou a prosseguir:
- Meu pai me mostrou que tipo de pessoa eu quero me tornar: alguém que passa o resto da sua vida amando uma só mulher. Quero fazer meus votos de casamento e minhas promessas para você diante do universo e das nossas famílias.
- Al, não consigo nem me imaginar casando com você. Preciso aprender como estar ao seu lado novamente. E, para ser franca, ainda estou com raiva.
- Eu entendo, e não tenho intenção de apressá-la. Você se lembra da primeira vez que fizemos amor?
Ela sentiu suas faces se incendiarem.
- Lembro.
- Do que se lembra?
Ela fez uma pausa, o olhar perdido.
- Você foi muito intensa, mas sem deixar de ser gentil. Planejou tudo, até aquele suco de cranberry ridículo. Lembro que arqueou seu corpo sobre o meu, me olhando nos olhos enquanto dizia que me amava. Vou recordar esses momentos até o último dia da minha vida. - Piper escondeu o rosto contra o pescoço dela, que cheirava a sabonete.
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O Julgamento de Alex Vause [EM REVISÃO]
FanfictionAVISO: Essa obra não me pertence. O enredo e conteúdo descritos são de autoria da escritora Sylvain Reynard. O que lerão a seguir é uma adaptação feita para o universo Vauseman, personagens fictícios da série Orange is the new black. Livro 2: Ale...