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I don't want to be your friend, I want to kiss your neck

Don't you see me I

I think I'm falling, I'm falling for you

falling for you - 1975

falling for you - 1975

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CHLOE ROMERO

Dois dias. Este era o tempo que se tinha passado desde que revelei aos meus pais a verdade sobre a sobrinha, e podia garantir não ter pensado em mais nada sem ser na última frase que esta me dirigiu: - "Eu posso ser uma cabra que comete erros atrás de erros, mas tu não és melhor, apenas não te lembras deles."

Eu sabia que algo não estava bem, apenas não conseguia descobrir o quê. Calum agia estranho comigo desde a minha pergunta sobre o acidente, que teimava em repetir-se nos meus sonhos vezes e vezes sem fim.

Sentia que estava a viver uma mentira.

O professor de Filosofia estava a faltar, Calum e Ethan tinham faltado ao primeiro tempo e Eva ainda não tinha dado sinal de vida desde que fora à casa de bano há quase uma hora atrás.

Não era de estranhar, ela tinha amigos ao contrário de mim.

Estava a aproveitar o tempo para estudar na biblioteca do colégio, talvez o único sítio que não estava cheio de adolescentes barulhentos e idiotas. No silêncio da biblioteca, o barulho estridente do meu telemóvel soou, levando a que todos os olhares se dirigissem a mim, alguns até espantados com a minha presença.

Eva.

Pedi à senhora para dar uma olhada nas minhas coisas e sai da biblioteca, ainda ligeiramente envergonhada pela atenção que tinha recebido.

- Espero que saibas que acabaste de envergonhar-me em frente a toda a biblioteca. - Disse assim que atendi a chamada.

No entanto, do outro lado, só ouvi choro.

- Chloe. Preciso de ajuda. - Fungou.

- Onde estás? - Perguntei de imediato, descendo as escadas daquele bloco.

- Casa de banho, perto do refeitório. - Ela chorava baixo entre as palavras.

- O que aconteceu? - Tentei perceber o que se estava a passar.

Mas esta não parava de chorar.

Quando cheguei àquela casa de banho, observei o corpo magro de Eva, dentro do seu uniforme escolar escuro, encolhida no chão da casa de banho das raparigas.

- Não me olhes assim, não quero que tenhas pena de mim. - No momento em que Eva disse aquilo, eu vi-me no lugar dela.

Uma memória tão rápida que parecia um déjà-vu.

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