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play that role, the one you made

long nights and the worst days

lived it all, but I didn't break

the strays - sleeping with sirens

the strays - sleeping with sirens

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CHLOE ROMERO

Considerava-me uma adolescente problemática e rebelde de dezasseis anos, com uma estatura mediana e cabelo cinza, proveniente de uma das famílias mais influentes da cidade.

Era uma Romero, de quem se esperava um comportamento exemplar, uma figura também ela elegante e que ocupasse um alto cargo na sociedade. Uma Romero não falhava, uma Romero era um exemplo a ser seguido, porque ser uma Romero implicava ser perfeita.

O problema é que a perfeição não existe. E por isso, eu era completamente o contrário daquilo que se esperava de mim.

Encarei a minha face refletida no espelho com um olhar aborrecido.

As férias do Natal tinham chegado ao fim, junto com o espírito natalício, levando também as primas e as tias irritantes, que faziam questão de sempre cá vir para passar o natal.

E eu só tinha a agradecer por isso.

Pousei a escova sobre a penteadeira assim que terminei de pentear o meu cabelo liso, colocando a mochila e o casaco em cima da minha cama. Não estava minimamente preparada para o novo período escolar, mas acabei por arranjar coragem para descer as enormes escadas da mansão dos meus pais, encontrando toda a família a tomar o seu pequeno-almoço em plena harmonia.

- Bom dia, Chloe. - A minha mãe cumprimentou-me, mal ocupei o meu lugar na mesa.

- Bom dia. - Respondi simplesmente, recebendo um piscar de olho do meu pai, o que me fez rir.

Os meus pais não eram tão presentes quanto gostaria e prezavam demais uma educação polida, mas se havia alguém que se dava ao luxo de brincar com os filhos, esse alguém era o meu progenitor.

- Bom dia, priminha. – A morena sorriu, falsamente, doce. – Espero que estejas preparada para o novo período, começamos logo com a entrega do trabalho de história. – A minha prima comentou inocentemente, quase como se lamentasse. – Calculo que não te tenhas esquecido. – Sorri de volta.

A maneira como ela me irritava era deveras diferente.

Ivy Romero era o ser mais irritante, falso e mimado que eu tinha o desprazer de conhecer. Infelizmente, mais velha que eu apenas alguns meses e também minha prima. Ela vivia comigo há cerca de três anos e embora eu nunca tenha gostado dela, ultimamente a nossa inimizade tinha piorado a olhos vistos.

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