Tal comos os cigarros, ela era feita para queimar. Tal como o fogo, Chloe tinha nascido para destruir.
Quando Ethan colocou os seus olhos azuis sobre a jovem problemática, ele não imaginava o mistério que a rodeava. Afinal, nem Chloe fazia ideia daq...
when you look at me, what do you see? open your eyes, I'm more brilliant than you'll ever be who said I was an angel?
angel - fifth harmony
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CHLOE ROMERO
- Não acredito que desprezaste aquele gato. - Calum comentou, colocando o tabuleiro em cima de uma das mesas da cantina.
- Eu não o desprezei, apenas agi normalmente. - Encolhi o ombros, sentando-me numa das cadeiras de tom cinzento que se repetiam por todo o refeitório.
Na verdade, todo o colégio tinha aqueles tons, parecia quase um cemitério.
- Tu desprezas toda a gente, Rainha das Trevas. - O moreno revirou os olhos dramaticamente.
- Por isso mesmo, agi normalmente, Chang. – Retirei os talheres para provar a comida maravilhosa, feita na cantina do colégio.
Tudo porque o rapaz com olhos em bico e com o nome mais estranho que eu já tinha visto, queria manter a linha.
- Ele vem aí. - O asiático à minha frente acenou para alguém atrás de mim, com um sorriso brilhante.
- Ele quem? – Perguntei, franzindo as sobrancelhas e olhando na mesma direção que Chang.
O rapaz novo dirigia-se até à nossa mesa, sorridente e descontraído, perante o convite simpático de Calum.
Como eu disse, Calum não era de todo antipático, eu era.
- Pensamos que ias almoçar sozinho, por isso decidimos chamar-te. - Calum sorriu simpático, mais uma vez.
Eu sabia muito bem o que ele queria. – Sorri maliciosa.
Chang Calum, para além da nacionalidade asiática da qual era descendente e do nome invertido, também era gay e amigo da rebelde da escola.
Talvez por isso ele fosse tão julgado e não posso negar que, por vezes, chegava a sentir-me culpada: Um rapaz tão simpático e adorável quanto ele, merecia ter a vida de adolescente com a qual ele tanto sonhava - Ir para a cama de todos os jogadores de Rugby da escola.
- Ele pensou, ele chamou. - Corrigi sob o olhar confuso de Eric. Ou Ethan.
- És sempre tão doce? - Eric sorriu de lado.
- Tanto quanto um pacote de açúcar. – Respondi com um sorriso sarcástico, recebendo um sorriso demasiado branco de volta.
Eric sorria muito, o que se tornava estranho tendo em conta o medo que todos pareciam ter de mim. Porque razão ele não era igual?
- Ethan! - Calum interrompeu, olhando-me aflito. - Qual a razão de mudares de escola a meio do ano? – O meu melhor amigo sorriu, mudando o assunto e respondendo à sua curiosidade.
