SEIS.

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BERN

O que há de tão errado em trabalhar até tarde? Era só uma de manhã quando cheguei!

Tudo bem, estou errado. Mas ela precisava ficar tão irritada, se estávamos tão bem nas últimas semanas?

Faz três dias que Lotte não fala comigo, dorme no quarto de hóspedes, não olha pra mim, tampouco faz nosso jantar. E eu louco querendo sexo! Ela ficou realmente irritada, disse que me perdoaria se eu me sentisse culpado e pedisse desculpas, mas a verdade é que não me sinto culpado por trabalhar... Me sinto culpado por ser um marido patético, mas não sei assumir pra ela que me sinto assim. Só consigo dizer que sinto muito. Não consigo dizer que amo sem medo da rejeição, eu realmente a amo, mas não sei mais dizer pra ela. Estou no trabalho pra variar, mas já bebi doses incontáveis de whisky; normalmente tenho um controle maior sobre a bebida, mas hoje estou sem controle algum. Alterno entre beber e tentar produzir algo no computador, são quase oito da noite, eu deveria ir pra casa, mas eu não suporto aquele clima pesado que se instalou, então como um covarde me mantenho onde estou.

Ás oito e vinte, eu já estou quase bêbado, minha secretária entra na minha sala e eu fico surpreso, esse não é o horário dela.

- Ainda aqui, Clarice? - Pergunto.

- Sim, senhor. Tinha que terminar umas coisas, quer ajuda com algo?

- Nada... Pode ir, se quiser. - Clarice estava com um puta decote. Eu não pude deixar de notar.

- Senhor, seus olhos estão em direções interessantes. - Ela disse e era possível sentir a malícia em sua voz.

- Desculpa, Clarice. Mas... Nunca te vi com um decote tão grande... É bonito de ver.

- Quer ver mais? - Ela pergunta e eu caio em mim. Sou casado. Se quero sexo eu deveria procurar minha esposa.

- Clarice, vá embora. Sou casado. Quero ver minha esposa. - Tento levantar e percebo que estou malditamente zonzo. Quase caio mas me apoio na mesa.

- Só quero cuidar de você. - Ela se encosta em mim. Me senta na cadeira novamente e tira toda a roupa. Meu pau se mexe inquieto e eu engulo a seco. - Sonho com isso faz tempo. - Ela tira meus sapatos, calça e camisa.

- Clarice, não...

- Sinta-me! - Ela pega a minha mão e põe em sua boceta. Incrivelmente molhada! - Molhada por você. Por favor me coma! - Ela suplica. Eu sou homem. Um filho da puta.

- Foda-se! Me chupe, Clarice. - Ela não pensa duas vezes, se ajoelha, tira minha cueca e faminta, mama no meu pau.

Eu estava tão louco por sexo, que até dói o pulsar das veias. Seguro seu cabelo loiro e empurro contra sua garganta. Ela não se intimida, continua chupando. Eu quase me derramo em sua boca. Puxo-a pra cima pelos cabelos.

- Arranja uma camisinha.

- Tenho aqui. - Ela me mostra. - Penso nisso sempre, desejos se realizam. - Ela veste meu pau e depois de colocá-la de quatro na mesa, entro com tudo em sua boceta molhada pra mim. Não é a mesma sensação de estar com Lotte. Lotte é quente, apertada, gostosa. Mas eu estava perdido, fodido. Não parei quando devia, agora não adianta mais.

Fodo minha secretária, jogando sobre ela toda a culpa. Com força, implacável, ouvindo seus gemidos de  cachorra. Ela goza no meu pau e logo em seguida eu gozo também. A culpa me atinge e eu começo a me vestir tão rápido que nem reconheci. Descarto a camisinha e depois de mandar Clarice ir pra casa, corro pra minha casa.

Quando abro a porta, Lotte está descendo as escadas. Meu mundo para por  um instante.

Sou um filho da puta! Um desgraçado sem coração

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Sou um filho da puta! Um desgraçado sem coração. Minha mulher é linda. Como eu pude? Começo a chorar que nem criança, sento no chão e ela corre pra me socorrer.

- O que houve Bern? Você está bem? - Ela  senta comigo e me abraça. - Vamos consertar as coisas, tudo vai ficar bem.

- Eu te amo, Charlotte. Te amo, caralho! Sou um filho da puta que te ama.

- Eu sei, eu sei. Também te amo! - Ela sorri pra mim. Eu choro mais.

Como eu fui capaz? Puta que pariu!

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