Após herdar as terras de sua família, imagens das suas vidas anteriores vinham e iam em sua mente, fazendo com que Clara se desequilibra-se. As imagens lhe traria revelações dramáticas, e o tempo, com suas circunstâncias trariam segredos que estavam...
Clara estava numa biblioteca, olhava cada detalhe nas paredes, revestida em mogno. Ela girava num ponto no chão. À sua frente aquele homem, alto, vestia uma capa, e um chapéu. Ele estava de costas, mas ela podia sentir a sua arrogância e sua prepotência. Num segundo tudo ruiu, uma montanha de livros ao chão, e uma enorme poeira no ar. Ele gritou e Clara se pôs a correr, parecia estar em câmera lenta. Os corredores se abriam à sua frente, muitas portas e várias opções, mas ela corre, suas pernas estão fracas, ela olha para trás e ele está atrás dela. Ela abre uma das portas e entra, sente que está na saída da casa, mas se engana quando se depara dentro de um quarto sombrio. Ela fecha a porta atrás de si e para, a sua frente um ambiente impessoal, com quadros estranhos na parede, a sua frente uma cama de solteiro no centro do quarto, ela vê uma porta e várias janelas, e pensa: "Deve ter a saída" quando abre umas das portas, dá para outro corredor e, está escuro, ouve passos...
Clara está amedrontada, a escuridão das paredes e juntamente com aqueles móveis coloniais deixam o ambiente sombrio e triste. Ela abre uma das cortinas e olha para fora, vê um imenso caminho, ela sabe que não está no térreo da casa. Ela vislumbra uma árvore ao pé da janela, parece que está perto, mas quando olha, descobre que está longe, tenta mais uma vez abrir a janela, mas para sua decepção ela não abre...Do outro lado da parede, pendurada ela vê um chicote, trançado de couro, ele está bem usado. Ela toca nele e sente dor em sua pele e se afasta rápido, sente arrepios... Botas de couro masculinas, ao lado da cama. Os passos no corredor se aproximam, ela vai para a outra janela, tenta abrir, mas não consegue, parece emperrada, o vidro é único, que reveste a janela sem saída.
Ouve a maçaneta da porta ser girada, corre para dentro do armário, pela fresta ela vê aquele homem, ele procura por ela, sente sua respiração... seu corpo arrepia, seu coração acelera, suores pelo corpo. Ela fecha a fresta da porta do armário, ela sabe que alguma coisa de ruim vai acontecer...fica aliviada quando ouve os passos distanciar dali, sai feito um vento de dentro daquele armário cheirando a bolor. Tenta todas as portas e uma delas abre, ela sai em disparada e consegue alcançar a porta, corre até chegar no alto da colina e olha para trás, e vê um corpo pendurado na árvore, ela reconhece. Chora compulsivamente, sentada ao chão. Ela sente uma presença, vira-se e vê ele atrás dela, é o homem da biblioteca, seu coração parece querer pular do peito. Ele a pega pelo braço e começa a arrastá-la...
Vem de encontro a ela um jovem, ele começa a puxar-lá do outro lado, o homem de chapéu e capa preta lhe dá uma chicotada nos ombros ele cai, e a...
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