XVI - Segurança Mediúnica

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Embora todos sejamos médiuns, o próprio Allan Kardec, na sua obra O Livro dos Médiuns, referiu que a mediunidade é algo orgânico, ou seja, do próprio organismo humano nesta vida, sendo que cada pessoa tem mais facilidade para um determinado mediunidade, e aqueles que já vem com maior potencialidade para esta capacidade natural e não a desenvolvem, acabam infelizmente sofrendo durante grande parte da sua vida.

E o interessante é você notar que a mediunidade é uma sensibilidade extrafísica que qualquer pessoa tem, e requer a atenção devida, mas infelizmente nem todo mundo tem consciência dessa necessidade de desenvolver a sua mediunidade.

E grande parte dessa dificuldade decorre de visões rígidas cheias de dogmas, ou de intolerâncias doutrinárias, ou religiosas para encarar que a capacidade mediúnica é algo natural do ser humano, e para isso não precisa seguir nenhuma linha obrigatória, basta você querer, estudar e abrir o seu coração e sua mente.

Assim, muitas vezes se tenta buscar e desenvolver a mediunidade, mas acabamos esbarrando nesta rigidez quase primitiva, e ao tentar abordar o assunto de forma mais livre, acabamos taxados de loucos, alucinados e sugestões para deixar de lado, deixar para lá mesmo...

Mas isso não precisa ser assim, você pode desenvolver as faculdades da sua alma de forma livre, leve e feliz, e além de resolver desconfortos físicos, emocionais e psíquicos, ainda se desenvolver como pessoa e ter ajuda e tratamento espiritual.

A mediunidade não é exclusiva de algumas pessoas, na verdade, todos nós somos médiuns. A capacidade mediúnica não é nenhuma bênção especial, tampouco uma punição, ela não é boa nem ruim. Ela é simplesmente uma capacidade que nos ajuda a evoluir.

A mediunidade é uma capacidade do espírito, que se aperfeiçoa pelo exercício e esforço pessoal, é universal, comum a todas as pessoas, e que pode se manifestar de diferentes maneiras e em diferentes graus.

Todos somos médiuns, alguns mais, outros menos desenvolvidos!

Outra opção que pode ocorrer, é ignorar a mediunidade, ignorar as intuições e sentimentos, ignorar que somos espíritos vivendo uma experiência material.

Isso com certeza irá gerar dor e sofrimento em sua vida.

Esta é uma frase muito comum: "Você precisa desenvolver a sua mediunidade!"

Mas será que eu preciso mesmo desenvolver a minha mediunidade? O que eu vou ganhar com isso?

Provavelmente você já sentiu ou sente a mediunidade aflorando em sua alma e sente ser preciso buscar conhecimento para poder desenvolvê-la.

Quando a mediunidade aparece, é um sinal dizendo: está na hora de evoluir espiritualmente e sair do sono evolutivo que sua alma está. É um sinal que avisa que chegou o momento de se tornar útil para o universo, ajudando Deus Pai, Nosso Criador em Sua missão, que é a evolução espiritual em massa. É por isso que ela aflora.

Muitas pessoas já nascem com seus potenciais mediúnicos plenamente desenvolvidos, outras nem sequer percebem traços de sensibilidade, mas como já expliquei, a mediunidade não, é algo estático, ela aumenta ou diminui conforme nós vamos nos desenvolvendo e aprimorando.

Existem também alguns casos de pessoas que nascem com uma grande sensibilidade e capacidade mediúnica, e por não desenvolver ao longo do tempo esta capacidade vai adormecendo.

Na maioria dos casos, nos tornamos adultos e começamos a viver a rotina material diária, cheia de obrigações e compromissos, somos tomados pelo estresse e ansiedade diários, e acabamos nos afastando da nossa essência espiritual.

Por isso, quando começamos a praticar o relaxamento e a meditação, a mediunidade começa a aflorar.

Quanto mais se exercita a mediunidade, mais a pessoa poderá se utilizar dos benefícios e possibilidades dos sentidos extrafísicos, para sua evolução e para a evolução de todos os seres.

Tão importante quanto desenvolver a mediunidade, é desenvolver os valores morais: o amor a si mesmo e ao próximo, o perdão, a paciência, a verdade, o desapego, a fé, a compreensão da sua missão de vida e a busca constante pela evolução.

Existem muitas formas de desenvolver a mediunidade, independente de doutrinas e religiões. Estamos vivendo em um momento onde o conhecimento do oriente se une ao conhecimento do ocidente, o da espiritualidade com a ciência, e isso é maravilhoso, pois nos traz infinitas formas de crescimento espiritual e desenvolvimento da mediunidade.

Não importa se você é evangélico, católico, kardecista, umbandista, muçulmano, hinduísta... Estamos na era do universalismo e temos infinitas possibilidades para expandir a nossa consciência. Busque o conhecimento, o autoconhecimento, ore, medite, cante mantras, leia livros de conteúdos edificantes, não importa de que forma, desenvolva a sua mediunidade. Se o médium resiste em trabalhar sua mediunidade, a vida tem seus próprios meios de fazê-lo expandir a sua consciência, muitas vezes de forma mais drástica.

Quanto maior for sua resistência em não aceitar se comunicar com os espíritos, maiores e mais difíceis serão suas provas.

Observe que esses médiuns estão sempre com problemas, seja na área da saúde, familiar, afetiva, profissional - financeira, etc.

Sua vida vai mal e tudo parece estar contra sua felicidade.

No entanto, quando começa a desenvolver (educar) sua mediunidade, praticando-a para ajudar os seus semelhantes, passa a levar uma vida normal e equilibrada...

Quando resolvi ser médium, me dediquei de corpo e alma com respeito a tudo e a todos. Tem que ser uma escolha de cada um, ninguém é obrigado a nada, e não acredite quando lhe falarem que você está sendo punido por não desenvolvê-la. Lembre-se que Deus é pai, temos o livre arbítrio de querer o que podemos fazer bem feito.

Uma vez num dos trabalhos espirituais que presenciei, um guia espiritual falou:

— Nunca em hipótese alguma tire alguém da igreja que está. Cada um tem sua função onde quer que esteja desde que faça com vontade e amor. É melhor um bom católico do que um péssimo espírita ou evangélico. Então seja uma luz onde estiver, faça ela brilhar, que seja em forma de conselho, ajude os que te rodeiam com palavras boas, aja com seu coração. E quando você sentir antipatia por alguém, pois não temos como amar a todos, se for impossível a conveniência, afasta-se, é melhor. Assim não vai ser falso e não se magoará forçando algo que lhe é difícil. Sentir tem que ser algo bom, porque se for ruim não é bom.


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