3 - Low blow

202 28 10
                                    


votem e comentem, babes


Niall deu mais uma tragada. A fumaça fluiu de seu nariz em duas torrentes espessas. Virei o rosto em direção ao sol enquanto ele me entretinha contando sobre seu fim de semana de dança, bebidas e um novo amigo muito persistente.

— Se ele está te perseguindo, por que você deixa que ele pague as bebidas? — perguntei e ri.

— É simples, Louis. Estou sem um tostão furado.

Ri de novo, e Niall me cutucou com o cotovelo quando viu Harry vindo em nossa direção.

— Ei, Harry — Niall falou alegre, piscando para mim.

— Niall — Harry o cumprimentou com um aceno de cabeça e balançou as chaves. — Estou indo pra casa, Sweetie. Precisa de carona?

— Eu ia entrar no dormitório... — falei, erguendo o olhar com os óculos de sol e abrindo um sorriso para ele.

— Você não vai ficar comigo hoje à noite? — ele quis saber.

Em seu rosto, a expressão era de surpresa e decepção.

— Não, vou sim. Só tenho que pegar umas coisas que esqueci.

— Tipo o quê?

— Bem, meu aparelho de depilar, por exemplo. O que você tem com isso?

— Já estava na hora de você raspar as pernas. Elas ficam ralando nas minhas, é o maior inferno — ele disse com um sorriso travesso.

Niall me olhou com os olhos arregalados, e fiz uma careta para Harry.

— É assim que os rumores começam! — Olhei para Niall e balancei a cabeça. — Estou dormindo na cama dele... só dormindo.

— Certo — disse Niall, com um sorriso irônico.

Dei um tapão no braço dele antes de abrir a porta e subir as escadas. Quando cheguei ao segundo andar, Harry estava ao meu lado.

— Louis, não fique bravo. Eu só estava brincando.

— Todo mundo acha que estamos transando. Você está piorando as coisas.

— Quem se importa com o que as pessoas pensam?

— Eu me importo, Harry! Eu me importo!

Abri a porta do quarto, enfiei algumas coisas em uma pequena sacola e saí tempestivamente, com Harry me seguindo. Ele deu uma risadinha enquanto tirava a sacola da minha mão, e olhei furioso para ele.

— Não é engraçado. Você quer que a faculdade inteira ache que sou um de seus servos sexuais?

Harry franziu a testa.

— Ninguém acha isso. E, se acharem, é melhor torcerem para que não chegue aos meus ouvidos.

Ele segurou a porta aberta para mim, e, depois de passar, parei abruptamente na frente dele.

— Eita! — disse ele, dando de cara comigo.

Eu me virei.

— Ah, meu Deus! As pessoas devem achar que estamos juntos e que você continua, sem vergonha nenhuma, com seu... estilo de vida. Devo parecer patético! — eu disse, dando-me conta disso enquanto falava. — Acho que eu não devia ficar mais no seu apartamento. Devíamos nos afastar por um tempo.

Peguei a sacola das mãos dele e ele a arrancou de volta das minhas.

— Ninguém acha que estamos juntos, Sweetie. Você não precisa parar de falar comigo para provar alguma coisa.

Beautiful Misfortune • l.sOnde histórias criam vida. Descubra agora