12.2 - Lucky Thirteen

94 12 2
                                    

♤ votem e comentem, babes ♤


— Ele é meu pai — consegui dizer.

A sala inteira explodiu.

— NÃO ACREDITO!

— EU SABIA!

— ACABAMOS DE JOGAR PÔQUER COM A FILHA DO TROY TOMLINSON!

TROY TOMLINSON! PUTA MERDA!

Henry, Robin e Harry eram os únicos que não estavam gritando.

— Eu falei pra vocês que era melhor eu não jogar — eu disse.

— Se você tivesse dito que era filho do Troy Tomlinson, acho que gente teria te levado mais a sério — disse Henry.

Olhei para Harry, que me encarava, espantado.

— Você é o Lucky Thirteen*? — ele me perguntou, com os olhos ainda um pouco turvos.

Gemma se levantou e apontou para mim, boquiaberta.

— O Lucky Thirteen está na nossa casa! Não é possível! Eu não acredito nisso!

— Esse foi o apelido que os jornais me deram. Mas a história não foi exatamente aquela — eu disse, inquieto.

—Preciso levar o Louis pra casa, pessoal — disse Harry, ainda me encarando.

Robin me espiava por cima dos óculos.

— Por que não foi exatamente aquela?

— Eu não roubei a sorte do meu pai. Tipo, isso é ridículo — dei uma risada abafada, passando os dedos no cabelo, nervoso.

Henry balançou a cabeça.

— Não, o Troy deu aquela entrevista. Ele disse que, à meia-noite do seu aniversário de treze anos, a sorte dele sumiu.

— E a sua surgiu — Harry acrescentou.

— Você foi criado por mafiosos — disse Gem, sorrindo de animação.

— Hum... não — eu ri. — Eles não me criaram. Eles só... estavam sempre por perto.

— Aquilo foi um absurdo, o Troy jogar o seu nome na lama daquele jeito em todos os jornais. Você era só uma criança — disse Robin, balançando a cabeça.

— Na verdade, foi sorte de principiante — eu disse, tentando desesperadamente ocultar minha humilhação.

— Você aprendeu com Troy Tomlinson — ele parecia incrédulo. — Você jogava com profissionais, e ganhava aos treze anos de idade, pelo amor de Deus! — Ele olhou para Harry e abriu um sorriso. — Não aposte contra ele, filho. Ele não perde.

Harry olhou para mim, com a expressão ainda de choque e desorientação.

—Hum... a gente precisa ir, pai. Tchau, pessoal.

A conversa animada da família foi sumindo conforme ele me puxava para fora, em direção à moto. Prendi a franja atrás das orelhas e fechei o zíper do casaco, esperando que ele falasse algo. Ele subiu na moto sem dizer nada, e sentei de pernas abertas atrás.

Eu tinha certeza de que ele sentia que eu não tinha sido honesto, e provavelmente estava constrangido por ter descoberto uma parte tão importante da minha vida ao mesmo tempo em que sua família. Eu esperava uma tremenda briga quando chegássemos ao apartamento, e dezenas de pedidos de desculpas passaram pela minha cabeça antes de alcançarmos a porta da frente.

Beautiful Misfortune • l.sOnde histórias criam vida. Descubra agora