- Não me diga o que tenho de fazer.
Talheres tilintaram, tocando-se um no outro, assim que Yoongi segurou-os garfos prateados nas mãos e encostou as pontas de ambos. Não deixando um pequeno sorriso prepotente passar, o mesmo respondeu à Taehyung:
-Não faça de mim a culpa, depois que sua comida estiver sem tempero.
O Kim olhou friamente para o garoto, enquanto a mão direita continuava a trabalhar em movimentos repetitivos para misturar o bibimbap. Um sorriso de canto apareceu nos lábios dele, mesmo que tenha sujado o avental com um pouco do caldo que subiu.
- Creio que me subestima muito, hyung. - Proferiu calmamente, voltando a olhar a comida. Desligou o fogão acrílico: - Seus conselhos não me parecem necessários.
Yoongi enfim, suspirou.
-Conselhos para ti não parecem necessários. Meus efeitos nunca foram dos melhores para com você. - Levantou o olhar para Taehyung, que coloca o bibimbap esfumante em dois pratos cerâmicos brancos, fundo: -Em outros peões, porém, minhas palavras são macias feito luvas de seda. Posso não jogar com você, mas isso não é tão frustrante.
- Depende. - Colocando a panela em seu lugar novamente, Taehyung não fitou o outro para dizer: -Uma vez que a peça principal do jogo está andando conforme minhas regras, não ache que é capaz de guiá-la. - Um sorriso de brilho maligno transpareceu pelo semblante do Kim.
Yoongi sabe as metáforas escondidas por trás das palavras do rapaz; a conversa não se trata de ninguém menos que Jeongguk.
- Ya! Não pense que não derrubarei o rei do jogo. Não pense que não te derrubarei. - O menor proferiu, com uma certa fúria no olhar. Taehyung segurou os dois pratos com bibimbap e deu um sorriso que, até pareceria, gentil. Andou calmamente em direção a saída da cozinha, mas antes, não deixou de parar calculadamente ao lado de Yoongi.
Curvou minimamente seu tronco para poder sussurrar no ouvido do mais baixo, secamente:
-Não se eu ganhar este jogo primeiro. Um, o peão principal é meu. Dois, derrubar meus adversários me parece fácil com Jeongguk. Três, a posse do trono inimigo.
Xeque-mate.
Taehyung riu suavemente, enquanto Yoongi fechou o pulso e seu corpo congelou-se em raiva. Porém, nada lhe vinha à mente além de permanecer estático. Até que o castanho continuou, de maneira falsamente inocente:
- Almoço?
xXx
- Aigoo, Jin-ssi.. - Jeongguk bufou, seguindo o mais velho em meio à multidão momentânea do Centro.
Se sentia cansado, apesar de tudo. O sol do meio dia já batia em meio ao asfalto, e obviamente, em suas cabeças. Usar um sobretudo preto não parecia ser a melhor saída para Jeongguk, mas não tinha onde tirar e guarda-lo no entanto.
SeokJin andava com pressa, parecendo estar bem a todo instante, e sua aura confiante não deixa-o passar despercebido.
O sorriso dele é resplandecente, Jungkook pensava. Mas também tedioso, porque ninguém é capaz de ser tão feliz pra sorrir à todos na rua.
Falso, diria. Mas sinceridade é algo que prefere guardar no fundo de seus pensamentos.
Não demoraram muito para chegarem onde Jin o levava cegamente. Jungkook se sentia morto, e o suor brilhava em sua testa. Erguendo seu olhar para o local, após enxergar uma escada de cerâmica conhecida, levantou o rosto mais apressadamente para ver o local que estão:
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《Criminal》|TaeKook
FanficPerigo: substantivo masculino 1.situação em que se encontra, sob ameaça, a existência ou a integridade de uma pessoa, um animal, um objeto etc.; risco. - Para Taehyung, Jungkook não passava de um garoto que não sabia o real significado da palavra Pe...