Capítulo 13

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POV SORA

Eu sentei no ônibus com Ven, e Riku sentou no banco de trás, então fomos conversando o caminho todo. Apesar do sono, eu sabia que não podiam dormir, afinal dormir em ônibus escolares era um sinônimo claro de acordar com uma rola desenhada no rosto.

Chegamos depois de um tempo, e confesso que esperava mais, mas só havia mato, um tanque, duas piscinas, um campo, várias cabanas de madeira e mais mato.

– Sora, Riku, vamos na segunda ali. – Ven falou, apontando para a cabana número dois.

Nós três corremos até lá, e jogamos as coisas lá dentro. Eu estava com sono e queria dormir um pouco, mas Riku e Ven não deixaram.

– Vamos fazer alguma coisa por aí... – falou Riku, saindo.

Ven também levantou, saindo atrás dele, e não tive outra alternativa a não ser segui-los.

– Querem ir na piscina? – perguntou Ven, apontando para a piscina, onde já estavam vários garotos e garotas.

– Sim!! – respondeu Riku.

– Não!! – respondi, cruzando os braços.

– Sora, não seja chato.

– Eu não vou ali, tem sol caralho! – falei.

A essa altura, Ven e Riku já estavam só de calção, prontos para entrar na piscina, então saí de lá e entrei na cabana novamente. Assim eu poderia escolher onde eu queria dormir. Escolhi a cama do canto direto, e deitei lá, mexendo no celular. Pelo menos o 3g tinha área boa lá, já era alguma coisa. Isso era extremamente raro, a considerar que estávamos no meio do mato.

Fiquei trocando mensagens com Roxas, e ele me falou que tinha uma coisa para mostrar, então me mandou uma foto.

Na foto, ele estava com um piercing na boca, e não vou negar que ficou lindo pra caralho… Eu sempre gostei de garotos com piercing, embora tivesse medo de colocar um. Além disso, vi na internet que é ótimo beijar pessoas que usam piercing na boca.

Não demorou muito até Ventus e Riku entrarem lá novamente, se secando cada um com suas toalhas, já me chamando para fazer trilha no mato.

Resolvi concordar, afinal uma trilha não iria me matar.

Me despedi de Roxas e coloquei o celular no bolso, saindo com eles. Assim que sai, percebi que não era apenas nós três que iríamos sair, mas sim seria um passeio com toda a sala. Se eu soubesse iria ter ficado trancado na cabana, que estava bem melhor.

Coloquei o capuz do moletom e as mãos no bolso, pegando meu celular e conectando o fone, ouvindo música.

Começamos a andar pelo meio do mato, e estava chato pra cacete, Riku estava conversando com uma menina e eu e Ven estávamos basicamente segurando vela do lado.

Quando eu achava que haviam se passado umas duas horas, olhei a hora no celular novamente, e faziam apenas treze minutos que estávamos andando.

Pelo menos, eu tinha esquecido um pouco da minha casa e de Vanitas, e não ficava o tempo todo pensando nisso.

Depois de uma hora e oito minutos, voltamos ao local das cabanas, e aparentemente não ia demorar muito para chover. A maioria das pessoas foi para o campo, mas eu estava cansado, não era acostumado a andar tanto assim, então eu e Ven sentamos em um dos bancos.

Kairi sentou no banco ao lado do nosso, e continuava me encarando. Na verdade, ela estava me encarando assim desde que eu saí da cabana, parecia que ia pular em mim e me matar a qualquer momento, e eu estava começando a ficar com medo.

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