Capítulo 17

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POV SORA

Acordei pela manhã, abraçado a Roxas, sentindo minhas pernas doerem, e soltei um gemido baixo, me mexendo devagar.

– Acordou, baby? – perguntou, se virando para mim e beijando meus lábios.

– Uhum. – respondi sonolento.

Ele sorriu e me puxou para cima de seu corpo, tirando minha camiseta e estimulando meus mamilos com as mãos.

– P-Para Roxas… – gemi, apertando os olhos com força.

– Eu sei que você gosta. – ele sussurrou, mordendo meu pescoço. – Agora vamos levantar?

– Vamos.

Levantamos da cama e me vesti, mesmo que minhas pernas ainda doessem pra caralho, e eu estivesse me sentindo cansado. Os outros já estavam na cozinha, conversando e comendo, e sentamos na mesa.

– Roxas, o que você fez com meu maninho? Ele não tá nem conseguindo andar, coitado. – falou Vanitas, rindo igual um retardado.

– Cala a boca, Vanitas! – falei, me sentando entre Roxas e Ven.

Ficamos quase o dia todo em casa, juntos, e só não jogamos o jogo da garrafa novamente porque ia acabar dando treta, já que estávamos em três casais.

A tarde, eu e Ven estávamos conversando, e contei para ele o que eu e Roxas havíamos feito, já que ele era o meu melhor amigo, e ele também contou que finalmente ele e Naminé também fizeram outras coisas aquela noite, e tinha sido uma das melhores.

Na verdade, a semana toda foi ótima, e no final, nossos pais chegaram, junto com Cinque. Ela estava bem diferente, e abraçou eu e Vanitas forte.

– Quanto tempo maninhos!

– É! – falou Vanitas.

– Vocês cresceram bastante... – ele falou, nos olhando e sorrindo.

– É, o Sora nem tanto. – falou Vanitas, rindo.

Eu estava um pouco bravo com esse comentário, mas não era mentira. Ela ficou no quarto de hóspedes, e Naminé foi para a casa passar o natal com seus pais, mas Roxas continuava dormindo comigo, e era maravilhoso, sentir seu corpo colado ao meu, acordar com seus lábios beijando meu pescoço, chupando de leve.

No natal, as duas famílias estavam em um dos salões de festas do prédio, era assim todos os anos. Roxas estava me abraçando pela cintura, mantendo nossos corpos colados, Ven estava do meu lado, meu pai estava com Cloud, e minha mãe, Cinque e Tifa também estavam juntas. Vanitas e Xion estavam abraçados, e não sei porque caralhos ela não passa o natal com sua família, mas enfim.

Quando chegou a hora de pegar os presentes, meus pais me entregaram uma caixinha pequena e quadrada.

– O que é? – perguntei.

– Abra e veja. – falou meu pai, batendo em minhas costas.

Abri a pequena caixa, revelando uma chave, aparentemente de carro.

– Vai lá na garagem ver, Sora!

Sai correndo, com Ven e Roxas atrás, até a garagem. O carro do canto do estacionamento estava com um laço grande e vermelho em cima, e gritei ao ver, abraçando os dois que estavam comigo. Eu pensava que só ganharia um no meu aniversário, que estava meio longe ainda, mas ganhei agora, no natal.

– Quer sair, Sora? – perguntou meu pai, aparecendo atrás de nós.

– Quero!

– Ven e Roxas, vão com ele?

Os dois foram falar com Cloud e Tifa, e eles permitiram que Ven fosse, mas não Roxas, alegando que fazia tempo que ele não deixava nós dois passando um tempo sozinhos.

– Se cuidem. – falou meu pai, olhando junto com os outros, eu e Ven saindo.

Era ótimo de dirigir, melhor que de moto, embora eu também gostasse muito. Eu e Ven estávamos pensando para onde ir aquela noite, mas muitos estabelecimentos estavam fechados, afinal era a noite de natal, e todos estavam com suas famílias. Passávamos por várias casas, todas cheias de gente, com música, decorações e pisca pisca, e alguns papais noéis pelas ruas.

Ven pegou o pendrive que por algum motivo estava em seu bolso, e ligou, colocando o som alto. As janelas estavam todas abertas, e era bom sentir o vento gelado e forte no rosto, bagunçando nossos cabelos. Não precisávamos de bebidas ou cigarros, eu me sentia bem apenas assim, e feliz dessa vez.

– Vai usar o carro de motel com o Roxas né? – perguntou Ven, rindo.

– Não, idiota! – falei, rindo.

– Mas gostaria...

– Hum, aí fica no ar, hehe.

Continuamos andando pela cidade, passando por todas as partes dela, lugares conhecidos e desconhecidos, pela escola, pela casa de pessoas que conheciamos, por todos os cantos. Já estávamos saindo dela, e indo para a estrada que levava a outra cidade. Já era madrugada, mas era natal, então não tinha problema, e meu pai deu o carro para mim usar, e não deixar parado na garagem, então era isso que eu e Ven faríamos, aproveitar o máximo essa noite, sozinhos com o meu carro.

Apesar do horário, a estrada estava movimentada pra caralho, tinham vários carros e caminhões, muitos mesmo, e eu começava a ficar com medo de bater ou algo assim.

– Ven, eu tô com medo. – falei, nervoso.

– Calma Sora, se você ficar nervoso vai ser pior.

Voltar não era uma opção, já que atrás de nós também estava cheio de carros, e eu mal sabia como fazer a volta, ainda por cima em lugares movimentados.

– Eu podia tentar dirigir, mas eu não sei muito bem… – falou Ven.

– Ok, vamos continuar.

Quando eu estava começando a me sentir melhor, e ir cada vez mais rápido, embora tivesse consciência de que ir a aquela velocidade em um lugar movimentado daqueles era extremamente perigoso, eu não sei muito bem o que aconteceu, talvez eu tenha dormido um pouco, mas quando percebi, estava de frente com um caminhão.

Foi tudo muito rápido, e parecia que eu ainda ouvia a música alta que tocava no rádio, mas sentia como se estivesse perdendo minha vida aos poucos, só conseguia sentir meu corpo sendo esmagado, e encharcado por sangue, preso dentro do carro debaixo de um caminhão, ouvia vozes ao longo gritos desesperados, a sirene do resgate…

Mas então eu apaguei, e nunca mais abri os olhos novamente…

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