Capítulo 3

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POV SORA

O dia da festa na minha casa chegou, e eu odiava esses eventos, significava caralhada de gente na minha casa, mexendo nas minhas coisas, mas pelo menos o Roxas ia tocar lá. Eu nem sabia o motivo daquela festa, mas enfim.

O dia mal havia começado e eu já estava irritado só de imaginar toda aquela gente na minha casa, e a tarde já começaram a chegar pessoas.

– Sora, vai ter amiguinhos para você brincar! – falou minha mãe, como se eu tivesse 6 anos.

– Hum.

Não saí do quarto até minha mãe chamar, e muita gente estava lá. Pelo menos estavam umas pessoas que eu conhecia. Roxas tocou uma música no piano de casa enquanto todo mundo olhava pra ele, eu sinceramente não sei porque tocar em festas, mas ok, meus pais adoram essas coisas.

– Podem ir pro quarto, garotos! – minha mãe falou.

Fui para o quarto e todo mundo foi atrás, o que me deixou meio desconfortável por ter tanta gente no meu quarto, mas enfim.

– Pera aí! – falou Vanitas, saindo do quarto.

Ele voltou para o quarto com umas oito garrafas de bebidas e colocou no meio da roda em que estávamos sentados. Todo mundo começou a beber descontroladamente, e não demorou muito para alguém sugerir o jogo da garrafa, e todos rapidamente aceitaram. Estavam lá no quarto eu, Ventus, Vanitas, Roxas, Axel, Kairi, Aqua, Terra e Zexion, e havia umas pessoas na sala também, junto com os pais.

A garrafa girava e desafios e perguntas eram feitos, a maioria envolvendo putaria e essas coisas, até que caiu em mim e em Ventus, puta que pariu, eu sei que ele vai fazer merda.

– Verdade ou desafio, Sora?

– Desafio… – respondo baixo, encarando o chão.

– Te desafio a beijar o Roxas, na boca! De língua!!

Levanto os olhos e o encaro, enquanto ouço todos os outros falando coisas como "oooh".

– E-Eu não vou fazer isso, Ven!!

– Ah Sora, vem! – falou Roxas, indo para perto de mim e me segurando pela gola da blusa.

– Roxas, pega leve com meu maninho, ele é bv, hehe… – falou Vanitas, batendo no braço dele.

Ele já estava completamente bêbado, e eu não queria fazer isso, quero dizer, eu queria, mas não na frente de todos. Aproximou nossos rostos e tocou nossos lábios, primeiramente lento, mas depois passando sua língua na minha boca, até que nos separamos pela falta de ar, enquanto os outros gritavam de fundo. Eu sei que estava muito corado, e não ia mais encarar Roxas depois disso.

Levantei, abri a porta e fui sair, mas Ventus segurou meu braço.

– Solta Ventus!

– Sora, você é muito fresquinho, foi só um desafio de beijo.

– Sim seu idiota, com meu crush. Com que cara vou olhar pra ele agora?

O empurrei e sai correndo, e logo ele entrou novamente. Fui até a sala e  sentei ao lado da minha mãe, deitando a cabeça no seu ombro.

– Que foi? Aconteceu alguma coisa?

– Nada… Só estou cansado. – menti.

Vi que Xion e Naminé estavam sentadas na varanda, e fui até lá. Xion tinha a mesma idade que eu e Ven, porém estudava em outra escola e não conversávamos muito, já que ela é meio gótica e trevosa, e não parece gostar muito de falar. Porém Naminé era um ano mais nova, e tinha se mudado do prédio a uns 8 anos atrás, e então nunca mais nos falamos, mas ela estava lá hoje, pois seus pais vieram com ela da outra cidade para a festa. Ela é fofa e tímida, mas sempre me dei bem com ela.

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