Capítulo 4

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POV SORA

As férias haviam começado, e daqui alguns meses Roxas não estaria mais aqui, iria para a faculdade em outro lugar, ou seja, dificilmente o veria. Meus pais, junto com os pais de Ven e Roxas, iam viajar mas não iríamos juntos dessa vez, e ficaríamos nós quatro no apartamento de Ventus e Roxas.

Quando eles viajaram, eu e Vanitas fomos para lá. Ele ficava em um quarto separado, assim como Roxas, e eu com Ven, conversando até tarde. Nossos pais iam demorar voltar, e tinha um bom tempo para aproveitar…

Uma noite, quando fazia exatamente uma semana que estávamos lá, Ven teve a brilhante ideia de fazer eu falar com Roxas, me deixando com medo. Eu e ele fomos para o quarto, e começamos a conversar.

Ele disse que se lembrava perfeitamente daquele jogo de verdade ou desafio, e queria repetir. Mas não o jogo. Repetir aquela parte. Comigo.

Quando me dei conta, ele já estava me beijando, com o corpo colado ao meu, mas dessa vez não era vergonhoso. Era... Bom?

Roxas continuou me beijando, e em seguida deu leves mordidas em meu pescoço, não a ponto de marcar, e logo senti suas mãos adentrando minha calça.

Sinto suas mãos apertando minha bunda com força,  às vezes as afastando e apertando meu membro, até que ele para tudo.

– Sora… – ele começa, me olhando nos olhos.

– Roxas?

– Eu não posso fazer isso com você... As coisas iam ficar estranhas… E você é novinho demais… Eu só... Não posso. Por favor Sora, saia daqui. – ele falou, abrindo a porta.

O encarei por alguns instantes e corri para fora do quarto dele, entrando no do Ventus e me trancando no banheiro. Me encostei na parede e sentei no chão, chorando abraçado aos joelhos. Levantei e encarei meu rosto corado e olhos vermelhos no espelho, de tanto chorar.

Abri a porta de vidro e achei uma gilete, provavelmente dele mesmo. Não quero pensar onde ele passou isso, só quero me aliviar. Sento no chão frio novamente e começo a passar a lâmina com força pelos meus pulsos, vendo o sangue escorrer e sentindo meus pulsos arderem, mas era bom, aliviava. Eu chorava, passando aquela lâmina, até que ouço batidas leves na porta.

– Sora? O que você tá fazendo? Abre agora. – ouço a voz de Ven do outro lado.

– N-Nada… – respondo fraco, quase sem conseguir falar.

– O QUE VOCÊ TA FAZENDO? VOCÊ TA CHORANDO CARA, EU SEI!!

– Me deixa Ven… Eu quero morrer…

Eu continuava passando a lâmina por meus pulsos, já me sentia fraco, estava quase inconsciente e o chão já estava quase totalmente sujo de sangue.

– SORA, ABRE ESSA PORRA AGORA!!

Parei de responder, mas ele continuava gritando, até que escuto um barulho, maldita chave reserva. Minha cabeça doía tanto, eu já estava deitado no chão, com a lâmina em uma mão e o braço cortado esticado do meu lado, escorrendo mais e mais sangue pelo chão.

Ele se ajoelhou ao meu lado e segurou meu rosto.

– SEU IDIOTA, VOCÊ QUER SE MATAR?

Eu não conseguia responder, e mesmo se conseguisse não iria, afinal era meio óbvio...

Ven me pegou no colo, me tirou dali e me colocou na cama, não se importante em sujar as coisas de sangue. Ele estava claramente desesperado, e saiu, voltando com umas coisas na mão.

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