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Ele se levanta, toma a mão da bela Tayla e coloca em seu dedo o tão temível anel de gerações, que para o azar de Tayla, servia perfeitamente em seu dedo.

A rainha Vitória, animada, dá um pulo em seu trono e levanta-se.

- Músicos, toquem! Façamos a felicidade desse casal a nossa. - A rainha mostrava-se uma admiradora das histórias românticas.

Tayla sente seu corpo cansado, pesado, como se fosse cair ao chão em qualquer momento. E de fato, seu corpo por pouco não encontra o chão, se não fosse Edmond a segurando.

- Tire suas mãos traiçoeiras e mentirosas de mim. - ela ordena em baixa voz, mas Edmond não o faz enquanto não coloca a moça em pé novamente. 

Percebendo a cena, a rainha vai a seu encontro. Quando a soberana se levanta, todos em sua volta se levantam também, endireitando a coluna. 

- Minha jovem, sente-se indisposta? - Vitória pergunta. 

Tayla rapidamente se recompõe.

- Não foi nada majestade, estou apenas muito emocionada. - Tayla mente, com os olhos cheios de lágrimas, lágrimas essas que vieram com muita relutância e acompanhadas de uma raiva descomunal.

- Entendo como se sente. - Albert, o príncipe consorte completa, aparecendo logo atrás de Vitória. - Como Vitória é a rainha, foi dela o pedido de casamento. 

- Que aspecto mais interessante da nossa cultura, não é mesmo, querida noiva? - Edmond se esforçava para dizer tais palavras. Tayla podia jurar que jogaria uma taça sobre sua cabeça á qualquer momento.

- De fato, me sinto um pouco indisposta no momento, talvez eu deva me retirar, com sua permissão, Majestade.- Tayla pede.

- Não seja boba! Adoraria conversar com a mais recente condessa Hughes. Acredito que um pouco de ar fresco fará bem a sua mente. Deixemos que Albert faça companhia a seu noivo. - A rainha diz, enquanto se encaminha para o jardim. Ela faz sinal para que suas damas de companhia a deixem sozinha e Tayla a segue.

Ambas caminham por verdes vibrantes e flores da estação. Um banco branco é avistado pela rainha, então a soberana chama Tayla e elas se sentam lá, próximas a uma fonte.

- Adoro essas flores, elas me lembram Brocket Hall, onde Lorde Melbourne mora. - Vitória diz, ao perceber o olhar distante de Tayla. - No que está pensando, jovem Tayla?

- Não é nada, majestade. Não quero aborrecê-la com minhas angústias. - Tayla responde, cabisbaixa.

- Não me aborrece de modo algum! - a rainha diz, entre sorrisos.

Tayla pensa por alguns minutos. Não era correto negar-se á vontade da rainha. Contrariando seu princípio de sofrer sozinha com sua dor, ela suspira e começa:

- Eu não desejo me casar. - Tayla foi direta.

A rainha arregalou os olhos.

- Sei que pode parecer um choque e uma loucura. Mas eu odiaria me casar sem amor. Chorei no momento do pedido, mas chorei de raiva. O conde me garantiu que nunca se casaria comigo. Nós nunca concordamos em nada, mas de uma coisa eu tinha certeza e ele também, não nos casaríamos de jeito nenhum. Ele é tão mimado, orgulhoso, soberba...

- Olhe para mim, Tayla. - a rainha pede. - Quando conheci Albert imaginei que seria incapaz de amá-lo. Era um casamento induzido, como eu imagino que o seu deva ser, rodeado de interesses. - Tayla concorda com a cabeça. - Apesar de tudo, ao conhecê-lo, descobri que ele era o homem da minha vida, e que eu não imaginaria meu mundo sem ele. Você tem o direito de não gostar do conde. Mas já tentou ser gentil com ele? Você se bloqueia, não abre a mente para deixar o conde entrar, dessa forma, possui uma imagem negativa dele. Já ouvi falar que o conde Hughes administra projetos em prol da recuperação de ex-soldados de guerra e tem um coração muito bom. Pode não gostar dele, e eu infelizmente não posso ultrapassar a autoridade de seu pai mesmo sendo rainha. Mas se vai viver na mesma casa que ele, tente ao menos conhecê-lo, pode não amá-lo, mas gostará de sua companhia.

Quando Um Conde Se ApaixonaOnde histórias criam vida. Descubra agora