XIV

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15 de setembro de 1846.

Na mansão dos Ronald, Rose acabou de chegar. Recebeu uma carta urgente de Lisa e resolveu ir até a casa da segunda filha dos Ronald.

- Senhorita Rose ...- o criado diz, introduzindo-a na sala de visitas onde Lisa estava.

- Ela sabe quem eu sou. - Rose diz entrando, fazendo o criado se retirar e fechar a porta. Ela se senta em uma poltrona enquanto observa Lisa na janela.

A casa dos Ronald era um verdadeiro luxo e as salas de visita e estar eram aconchegantes e com detalhes em renda dourada. Um ilustre enorme pairava sob o centro. Alguns móveis de madeira, um vinho Chateau Lafite Rothschild no canto da sala, duas poltronas e um pequeno sofá.

- Eu tenho um plano. - Lisa admitiu. - Nós vamos acabar com o casamento do conde Hughes. Pensei sobre isso por um bom tempo. Preciso de você para garantir a execução de tudo.

- Isso muito me alegra. - Rose diz com um sorriso no rosto. - O quê posso fazer para ajudá-la? 

- Vai ter um filho do conde. - Lisa diz, se sentando em outra poltrona. Rose engole a seco.

- Que espécie de plano maluco é esse?

- Você sabe como Edmond é compromissado. Ele vai ter que assumir esse filho. Tayla não vai gostar nem um pouco. Vai fazer do casamento um inferno e Edmond vai se divorciar dela.

- Me deixa ver se entendi: vou carregar uma criança dentro de mim por nove meses com a esperança de que Edmond largue a esposa para depois você ficar com ele? Não permitirei.

- Nós duas iríamos lutar por ele, não era esse o plano? 

- Lutar por ele com uma criança sem comprovação de paternidade não me dá nenhuma vantagem. Vou aprimorar seu plano. Vou fingir uma gravidez. Minha mãe comprou um remédio para facilitar o seu sono, ele chegou de Londres a dois dias. Posso colocar isso em sua bebida. Quando ele acordar, eu posso sugerir que tivemos um caso e depois finjo a gravidez, me parece mais seguro. 

- Como quiser, precisamos apenas tirar Tayla York do caminho. Quando vamos executar esse show? 

- Posso fazer isso hoje mesmo. Vou para a minha casa arrumar tudo. Quanto antes fizermos o plano dar certo, antes poderemos acabar com essa união. - Rose disse, levantando-se.

- Quando Tayla não estiver mais com ele, vamos lutar pelo conde de maneira civilizada, e que vença a melhor. - Lisa pisca para Rose, com um ar de superioridade. 

- Esperarei ansiosa por esse momento. -Rose responde, abrindo a porta e indo embora.

As duas moças se odiavam, mas estavam unidas por um motivo comum. O desejo de ver Tayla cair era mútuo e o desejo de se casar com o conde Hughes também. 

Rose vai para sua casa, sobe as escadas e anda devagar para o quarto da mãe, evitando ser percebida. Ela pega o pequeno frasco e o guarda em uma bolsinha.

Em sua carruagem, ela sente calafrios. Sente medo e vontade de desistir. Então ela coloca seu rosto no vidro, debruçando seu corpo para ver pela janela um rosto conhecido. Tayla York caminhava com sua mãe, ela lia um livro com um largo sorriso no rosto.

Em sua mão, Rose pôde ver o anel de diamante azul. Aquele diamante que ela e Lisa tinham admitido ser pequeno, era de fato grande. Um anel lindo, e que devia ser dela. Assim ela pensava, deixando a raiva a consumir. Ela tinha o incentivo necessário agora. Rose queria usar o anel, de um jeito ou de outro.

Chegando na mansão Hertford, que pertencia a Edmond, ela desce da carruagem.

Rose suspira e vai até a porta. Ela pergunta se Edmond está lá. O criado responde que sim e diz que vai chamá-lo.

Quando Um Conde Se ApaixonaOnde histórias criam vida. Descubra agora