A mansão dos York é ilumida pelo sol novamente, e Tayla levanta-se com estusiasmo dessa vez. Caminha à passos apressados para a janela, e a abre, respirando o cheiro do jardim que se encontra no andar de baixo, na vista de sua pequena varanda.
Para a sua sorte e felicidade, o próximo baile era em cinco dias, o famoso baile em homenagem à Rainha Vitória no castelo de Arundel.
Ela tinha muitas razões para estar feliz, a primeira, era que durante cinco dias, não teria de se preocupar com toda a opulência que os bailes exigiam. Poderia ler seus livros em paz e fazer seus passeios também, algo que a deixava muito feliz.
Outra razão importantíssima é a que se refere à Edmond. Mesmo comparando as atitudes conquistadoras do rapaz, ela não tinha com o que se preocupar. Ele não a forçaria à se casar, então seus problemas estariam resolvidos e guardados num pote, que ela faria questão de jogar no mar para que eles nunca voltassem à atormentá-la.
De qualquer forma, ela precisava falar com os pais hoje, porém, só faria isso depois de sair com Francisco e Daisy. Ela bem sabia que se voltasse à rejeitar esse matrimônio, seus pais não permitiriam seu passeio.
Ela desce para o desjejum, com um largo sorriso no rosto.
- Como está radiante hoje, minha pequena. - diz seu pai, tomando um gole de suco. - Vejo que as conquistas de Edmond realmente funcionam.
Tayla se jurou capaz de arremesar um prato na cabeça de seu pai. Ela não estava conquistada, muito pelo contrário. De qualquer forma, manteria-se quieta sobre suas conversas com Edmond na noite passada.
- Ele é um cavalheiro muito respeitável e galante. Me arrisco a dizer, que não terá amantes no casamento, e só terá olhos para você. - Amélia suspirou dizendo essas palavras para sua filha, o que fez a ira de Tayla aumentar.
- Mamãe, tenha certeza de uma coisa: o homem que se casar comigo, jamais me trairá. Meu futuro marido, seja ele quem for, não se atraverá à tal fato. Ninguém nesse mundo conhece minha raiva, e odiaria conhecê-la. - Tayla disse, acalmando seus nervos.
- O quê quer dizer com: seja ele quem for? Algo de errado entre você e o conde Hughes?
- Ele ainda não me fez um pedido de casamento. - Tayla respondeu, mordendo seu pãozinho, totalmente despreocupada com o matrimônio.
- Mas fará. - respondeu seu pai, ríspido. - Eu lhe asseguro que fará.
- Que assim seja. - Tayla concordou, levando uma taça com água à boca.
- Fico feliz em vê-la tomando água. Suas atitudes estavam quase sem escrúpulos ontem no baile. Nunca mais beba vinho daquela forma. Do contrário, seu marido...
- Não há nenhum anel em minha mão que diga que estou presa ou compromissada à alguem. Mesmo se houvesse um, não lhe deveria nada. Se me derem licença, vou passear com Daisy, perdi a fome. - falou, irritada e irônica, pois carregava em cada uma de suas mãos um pãozinho.
- Estou preocupada com ela. -Amélia falou, encarando seu prato de frutas. - Mesmo com a ira que nos mostrou agora, ela está muito condescendente com essa união.
- Talvez tenha desistido de lutar e se entregado ao charme do conde.
- Você não conhece a filha que tem? Seja inteligente, Arthur, ela está planejando algo. Não se rende fácil.
- Façamos assim. Escreva uma carta para Isabelle. A atitude de Edmond mostrará se ele está inclinado à este casamento. Se ele quiser, ele o fará, é um conde.
- Não duvido disso. Assim como não duvido da capacidade de nossa filha de rejeitá-lo.
- Ela perderá tudo se assim o fizer.
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Quando Um Conde Se Apaixona
Historická literatura#1 em Ficção Histórica - 17/05/2018 A casa de York está a beira da falência. Com o passar do tempo se tornou impossível sustentar uma família ganânciosa com uma vida de luxúrias na Inglaterra. Após saírem de sua residência oficial em Londres, os Yo...