XII

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O protocolo não estava sendo seguido. Edmond estava desesperado. Como noivos, a primeira visita na casa de Tayla deveria ser acompanhada de um jantar especial. Mas ele ainda não tinha falado com Oscar. Queria resolver esse assunto o mais rápido possível para que pudesse lidar com as outras milhões de questões em um casamento vitoriano.

- Vai mandar flores brancas para ela todo o dia. - Isabelle diz.

- Por qual motivo? - Edmond pergunta observando o caminho, eles finalmente chegam.

- Faz parte da corte, Edmond. - Isla responde nervosa. - Voce devia saber.

- Desculpe tia. - Edmond responde irônico. - Nunca havia me casado antes.

Olívia solta uma risada enquanto Edmond segura sua mão para que ela saia da carruagem. 

- Estava pensando. - ele diz. - Eu poderia mandar as flores brancas que a senhora cultiva, vovó. Assim, quando ela vier morar aqui pode se sentir em casa. - Edmond disse irônico mais uma vez.

- Deixe de ser mal criado. Meu maior desejo é que Tayla se sinta em casa e sua ideia servirá muito bem. Mesmo mal intencionado, vai agradá-la. - Olívia diz e Edmond solta um suspiro desapontado.

Eles entram na mansão e para a surpresa de Edmond, o criado o entrega mais que rapidamente uma carta de Oscar.

- Preciso ir até a casa do marquês. Vamos jantar com a família de Tayla no final da semana? - Edmond diz, apressado.

- Um convite foi feito para nós, mas sua avó pode estar cansada e precisando dormir um pouco no final dessa semana... O que acha Olívia? - Isabelle pergunta.

- Mamãe pode ficar em casa, não vamos perder o jantar por causa dela, não é? - Isla pergunta.

- Minha filha tem menos cuidado que minha nora? Não se esqueça de quem eu sou, de quem a carregou por nove meses. Se importa pouco com a minha pessoa, por isso eu a ordeno: Ficará em casa comigo, enquanto Isabelle pode ir com Edmond.

- Mas mãe...- Isla diz, como uma jovem com a metade de sua idade.

Olívia simplesmente a ignora. Cansada, ela vai até sua sala de estar e pede um chá com biscoitos, enquanto lê o jornal do dia. Em idade avançada, ela já não tem tempo para perder com as indagações da filha solteira de quarenta anos. Sebastian era de longe seu filho favorito, lembrava muito o pai dele, quem ela tanto amava. Ambos ingleses, Olívia e Henrique, eram o tipo de casal improvável: se odiaram no começo, mas se amaram até o fim da vida de Henrique. Sebastian administrou bem as riquezas da família e desejava um futuro brilhante para Edmond, até morrer em uma emboscada de ladrões. Sem o marido e o filho tão querido, seu único consolo era o jovem Ed e ela faria de tudo para garantir sua felicidade depois de presenciar a traumática morte do pai.

Ele estava lá.

Edmond viu tudo.

E não foi capaz de reagir aos bandidos.

Culpa que ele levaria para o resto da vida.

Deixando sua casa com rapidez, Edmond vai direto para a casa de Oscar. 

A casa do marquês era de pouco luxo. Uma pequena mansão que pertencia a família dele a alguns anos, quando seu avô ganhou a propriedade em um jogo de cartas. Eles já tiveram muita glória e bens, que em outro jogo, seu avo perdeu. Agora, Oscar tentava garantir alguma fortuna viajando pelo mundo.

Edmond é anunciado na sala de visitas. Ele entra e observa seu amigo feliz e animado. Eles se cumprimentam. Edmond um pouco tenso, aceita de primeira o copo de uísque 

Quando Um Conde Se ApaixonaOnde histórias criam vida. Descubra agora