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Malia Hale

— Primeiro escondeu que estava recebendo mensagens, agora esconde que o seu ex está na cidade. — Isaac diz aparecendo.

— Primeiro: eu não sabia o que o tal desconhecido, vulgo Theo, era capaz de fazer. Segundo: eu nem sabia que o Adam estava na cidade. Me encontrei com ele por acaso. — explico.

Ele mantinha seu maxilar travado.

— Não quer acreditar em mim? Problema é seu. — digo indiferente. — E você e a Braeden? Saíram para tomar café hoje? — pergunto cínica.

Isaac revira os olhos.

— Eu nem conhecia ela. Não pessoalmente. — acrescenta.

Solto um suspiro e reviro os olhos me direcionando até as escadas. Isaac para na minha frente e me impede de continuar meu trajeto.

— Dá licença?

— Não. — reviro os olhos. — Não vou te deixar passar sabendo que você está brava comigo. — completa.

— Não estou brava com você, agora sai.

Ele me ignora e toma meus lábios para um beijo urgente. Suas mãos vão para o meu quadril, colando nossos corpos, e minhas mãos para o seu cabelo.

Quebro o beijo o empurrando para o lado e subo as escadas rapidamente deixando o loiro sem entender nada.

(…)

“Está afim de dar uma volta?” -Adam.

“Claro. Onde?” -Me

“No Battery. Eu te pego?” -Adam

“Não precisa. Nos encontramos lá.” -Me

“Tudo bem.” -Adam

Bloqueio o celular e pego minha bolsa saindo do quarto.

— Estou saindo! — exclamo.

— Com quem? — Derek pergunta aparecendo.

— Adam. — respondo.

— Eu vou com você. — Isaac se pronuncia.

O mesmo desce as escadas vestindo seu casaco jeans.

— Mas não.. — Derek me corta.

— Divirtam-se, crianças! — sorri.

Reviro meus olhos com seu cinismo e abro a porta saindo com Isaac em meu calço. Entro em meu carro e o mesmo me acompanha entrando no passageiro ligando o som.

Olho para o mesmo com a sobrancelha arqueada e ele sorri sem desgrudar os lábios.

— Por que terminaram? — pergunta.

— Quer mesmo saber? — jogo de volta.

— Sim, por favor. — pede.

Assinto saindo com o carro.

— Terminamos porque percebi que ele tinha se apaixonado por uma garota que tinha acabado de chegar no bairro.

— Você namorou com ele antes ou depois do.. você sabe.

— Dois anos depois.

— Quanto tempo namoraram?

— Três anos.

— Você jogou três anos fora?

— Ele não me amava mais.

— Como sabe?

— Adam começou a olhar para ela do mesmo jeito que olhava para mim.

— E ele já não te olhava mais desse jeito..

Assinto sem olhá-lo. O silêncio se instalou no local e Isaac olhava para janela pensando em algo, até que desvia seu olhar para mim.

— Você ainda o ama?

Olho para o loiro rapidamente com o cenho franzido.

— Você acha que eu ainda o amo?

— Só me responde, por favor.

Volto meu olhar para estrada e encontro novamente seus olhos.

— Eu o amei. Muito. Mas ele me trocou por uma garota que mal conhecia. Foi doloroso esquecê-lo, mas eu consegui. Então, respondendo sua pergunta.. Não. Eu não o amo mais. E isso já faz um bom tempo. — acrescento.

Seus olhos brilham e um sorriso lindo aparece em seus lábios. Chego no destino e desço do carro olhando o lugar, repleto de pessoas, em volta.

Isaac passa seu braço pelo meu corpo e caminha junto comigo a procura de Adam. Encontramos o mesmo admirando o porto.

— Hey! — o chamo.

Ele se vira e seu sorriso fica visível assim que me vê, mas some ao olhar Isaac ao meu lado.

— Adam. — se apresenta.

— Isaac, namorado da Malia. — se apresenta.

Ambos apertam as mãos firmemente.

— O que te traz para Nova Iorque, Adam? — Isaac pergunta.

— A saudade. — responde. — Família. Amigos. — me olha.

Sorrio para o mesmo e Isaac entrelaça sua mão na minha.

— Onde estava esse tempo todo? — Isaac franze o cenho.

— Riverdale. — responde.

— Saiu de um lugar calmo para uma cidade agitada como Nova Iorque? — pergunto.

— Você sempre soube que o calmo nunca me agradou, Lia.

— E você e a Cassie? Estão bem? — pergunto.

Seu olhar se encontra com o meu.

— Eu e Cassie terminamos. Já faz dois meses. — desvia o olhar.

— Sinto muito. — Isaac diz.

— Não sinta. — pede. — Eu que terminei com ela ao perceber que realmente não à amava, e sim, outra pessoa. — dá uma pausa. — Mas acho que cheguei tarde demais. — me olha.

(…)

— Eu não gostei dele. — Isaac repete pela centésima vez.

— Isaac.

— Você viu como ele te olhava? 

— Isaac.

“Mas acho que cheguei tarde demais.” — debocha. — Malia, ele ainda te ama. Ele deixa isso estampado para quem quiser ver.

— Isaac!

— O que?

O puxo iniciando um beijo calmo. Isaac pede passagem com língua e lhe dou sem hesitar. Sua mão desce para o meu quadril, mas coloco a mesma na minha bunda fazendo-o apertá-la.

Quebro o beijo, colando nossas testas, e olho seus olhos.

— Melhor? — pergunto.

— O que estava falando mesmo?

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