Blue

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Às vezes, essas paredes parecem cair em mim
Quando eu olho em seus olhos, me sinto viva
Em alguns dias, dizemos palavras que não significam nada
Mas quando você está me segurando forte, me sinto viva

Pode durar para sempre
Vamos, bebê, você vai se segurar em mim, se segure em mim?
Você e eu juntas

Assim que deixei o hospital já tinha um plano traçado. Este, começava por uma concessionária. Eu precisava urgentemente de um carro. Eu amava a sensação de estar no poder, ir e vir sem depender de ninguém e era impossível viver assim se eu não tivesse um carro. Levei mais do que meia hora para escolher o carro. Optei por uma BMW I8. Um exagero, mas se tratando de Lauren Jauregui o que não era exagero?

Enquanto esperava meu novo bebê chegar a meu apartamento, no outro dia, benefícios de um J, eu segui até uma empresa que alugava carros para ficar provisóriamente com um sedan comum mesmo. Já de carro, liguei para Taylor e perguntei sobre a pessoa responsável por limpar o meu apê enquanto estava ausente, mesmo ela fazendo milhões de perguntas, eu apenas disse que queria pegar algo lá. Ela concordou e me passou o número. Uma mulher chamada Maria atendeu e prontamente concordou em ir ao apartamento pela manhã, combinamos que ela passaria a arrumar todos os dias, além de preparar o café e o almoço, quando eu  desejasse.

Retornei ao apartamento, após passar em uma loja de ferramentas. Eu admito que nunca usei nenhuma das que comprei, mas estava empenhada em sozinha desocupar um dos quartos de hóspedes, onde seria o quarto da minha filha. Minha filha. Meu peito inflava quando eu falava assim e um sorriso quase rasgava meu rosto. Já no apartamento, dispensei a calça jeans, colocando apenas um short e uma blusa larga e velha. Depois segui para o quarto de hóspede.

Levei boa parte da manhã para deixar o quarto completamente sem nada. Depois, tomei um banho e sai. Conversei com o porteiro e ele desceria os móveis pra mim e eu o pagaria. Deixei o apartamento e parei em um restaurante no qual almocei e depois segui para o shopping, onde passei a tarde comprando todas as coisas para colocar no quarto da Lana. Algumas estava levando comigo no carro e outras chegariam amanhã em casa.

Voltei para o apartamento, onde guardei umas coisas, incluindo tintas e papéis de parede. Estava fazendo a última viagem com as coisas para o apartamento quando o telefone  tocou me assustando. Que merda! Taylor realmente não tinha cancelado essa linha? Corri e no caminho tropecei em alguma maldita caixa, caindo e gemendo de dor consegui me arrastar até o telefone.

- Al-ô? – disse ainda gemendo. Meu joelho e cotovelo ficariam roxos.

- Não me diga que está comendo alguma vadia! - reconheci a voz de Dinah. - Você não perde uma Jauregui! – revirei os olhos.

- Cala sua boca. Eu... – considerei contar a ela que eu cai, mas imaginei ela rolando de rir feito uma hiena. – Eu bati com meu... Dedinho na... Sofá.

- Sua concordância me assusta. - debochou.

- Por que está me ligando? – disse a distraindo.

- Por que diabos ainda mantém a linha? - perguntou curiosa. - Eu pensei que seu apartamento estaria depenado. - seguiu falando. - Você está dormindo no chão?

- Jane. – respirei fundo. – O que quer?

- Lana. – um nome e todos meus sentidos estavam em alerta.

- Merda. – disse e já corri pelo apartamento procurando a chave do meu carro e minha carteira. – O que aconteceu?

- Ela está chorando. - suspirou. - Quer a Camila. - seu tom era triste. - Acho que... Bem se quisesse... - prontamente entendi.

The other side of the doorOnde histórias criam vida. Descubra agora