Reaching

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Garota, você é o céu da manhã
Brilhando calmamente com uma luz quente
E enquanto eu estou acordando
Você pinta seu reflexo nos meus olhos
Me pergunto se você percebeu
Não consigo olhar para outro lado

Você está a centímetros das pontas de meus dedos
Cheguei o mais perto que pude
Estou alcançando, mas o resto depende de você
Porque eu nunca quero sentir falta
De estar aqui com você deste jeito
Estou tentando, mas é tudo o que posso fazer
Estou alcançando, mas o resto depende de você

A primeira coisa que senti pela manhã quando a consciência me tomou, foi o calor do corpo de Camila completamente grudado ao meu. Demorei para abrir os olhos apenas sentindo seu corpo nu prensado ao meu, também nu. Suspirei, sorri e senti seu cheiro, único e viciante. Eu poderia passar os restos dos meus dias ali, mas minha barriga estava roncando e hoje era domingo o que significa que Maria não vem, logo é minha função tomar seu “lugar” hoje.

Com todo cuidado do mundo desprendi-me do corpo de Camila e gemi de dor quando me pus a andar até o banheiro. Tomei um banho rápido e fiz minha higiene matinal. Peguei meu celular no criado mudo, vi que ainda era bem cedo, dei um beijinho na testa de Camila antes de sair do quarto, passei pelo quarto da minha princesa que ainda dormia e então fui para a cozinha.

Comecei a preparar um café da manhã, enquanto a cafeteira fazia seu trabalho, fui olhar as notificações do meu celular. Sete mensagens. A primeira era de Dinah. O que diabos ela queria? Abri a mensagem e fui obrigada a rir com ela: “Está me devendo um jogo na sua casa com cerveja e petisco, isso vai compensar o fato deu ter me retirado para que tivesse uma boa foda com minha bebê. E só para que saiba Jauregui, não quero nem um cabelo dela fora do lugar. Sempre te odiando, Jane.”

- Você consegue ser ridícula sempre. – murmurei sorrindo.

As próximas mensagens eram: duas de Veronica perguntando sobre como as coisas estavam e expliquei rapidamente que estavam ótimas, mandei lembranças a Lucy e que logo marcaríamos um jantar. Então duas mensagens de Taylor, a primeira me convidando para o almoço hoje na casa dela e a segunda ordenando a minha presença. As últimas duas eram do Chris, uma dizendo que queria conversar comigo. Depois, outra dizendo que também ia almoçar na casa da Tay. Ao menos eu não precisaria fazer o almoço. Respondi aos dois apenas um “nos vemos no almoço”.

Estava terminando de picar as frutas para meu bebê, quando senti algo puxando a minha calça de moletom. Abaixei o olhar e lá estava a minha pequena princesa. Seu rostinho quase encoberto pela bagunça que estava seu cabelo. Sua carinha de sono e seu ursinho em sua mão a deixava irresistível.

- Mommy, eu acordei. - anunciou.

- Bom dia, princesa. – a peguei no colo e a enchi de beijos, fazendo ela rir.

- Ai mommy!

- Como dormiu a minha linda bebê? - perguntei.

- Eu sou mocinha. – falou fazendo bico.

- Ok, mocinha sente-se ali enquanto eu termino seu café. - a beijei.

- Mommy, quero comer aquele negócio que tem chocolate. - pediu.

- Panquecas? - perguntei a olhando.

- Isso! – respondeu animada, enquanto a colocava sentada no banquinho próprio para a sua idade. – Chocolate e morango, mas não... Não mommy! – disse parecendo se lembrar de algo. – Não é chocolate é aquilo que parece, mas não é! É doce... – fez biquinho. – Eu esqueci o nome...

The other side of the doorOnde histórias criam vida. Descubra agora