Feeling Good

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Pássaros voando alto, vocês sabem como eu me sinto
Sol no céu, você sabe como eu me sinto
Bambus balançando sozinhos, vocês sabem como eu me sinto
É um novo amanhecer, é um novo dia e é uma nova vida para mim
E eu estou me sentindo bem

Peixe no mar, você sabe como eu me sinto
Rio correndo solto, você sabe como eu me sinto
Flores nas árvores, vocês sabem como eu me sinto
É um novo amanhecer é um novo dia e é uma nova vida para mim
E eu estou me sentindo bem

Libélulas todas soltas no sol
Vocês sabem o que quero dizer, você não sabem?
Borboletas todas se divertindo
Vocês sabem o que quero dizer
Dormir em paz
Quando o dia está terminado
E esse velho mundo é um novo mundo e um mundo ousado para mim

A primeira coisa que senti, quando comecei a despertar naquela manhã, foi a fisgada gigantesca na minha cabeça, que me fez gemer dolorosamente. Puta que pariu, quem foi o ser humano que me deu bebida?

- Porra! – gemi novamente quando tentei abrir os olhos.

Respirei fundo e fui abrindo os olhos bem devagar, amaldiçoando Deus e o mundo, principalmente a pessoa que tinha deixado à maldita janela aberta. A claridade estava me atingindo de tal forma que parecia estava sendo torturada, meus olhos arderam e aumentaram a minha dor. Quando enfim consegui abri-los, perguntei porque olhos claros precisavam ser tão sensíveis.

Tentei me mover, mas foi impossível. Não pela dor, ao menos meus músculos pareciam bem. Céus, obrigada! Então tentei me mexer novamente, mas me dei conta que seria impossível fazer isso quando estava praticamente fundida com outro corpo. Era impossível identificar qual era a minha perna e qual era a dela. Mas o que diabos essa vadia estava pensando? Irritada, pela ressaca, culpa dela, e por não conseguir me levantar, bufei.

- Puta que pariu!- tentei fazer um movimento brusco. – Sai vadia!

Então escutei um gemido. Segui o som e consegui achar a sua cabeça, perdida em meio a seus cabelos pretos jogados na sua cara. Eu poderia me assustar, parecia à garota do "o chamado". Oh, ela me mataria se soubesse disso. Então a senti erguer a cabeça, que estava quase a meu lado. Seu corpo estava praticamente em cima de mim.

- Acorde, Samy! – disse entre os risos, mas me arrependi, pois a cabeça doeu. Ela balançou a cabeça e gemeu também, veja só, não sou a única na bad aqui. Sorri satisfeita. Ela tirou um pouco do cabelo com as mãos e me olhou, com a cara tão branca que me perguntei se era assim que me viam, segurei o riso. Ela franziu a testa.

- Samy por acaso é alguma das inúmeras vadias com quem já dormiu? – sua voz era extremamente rouca. Essa porra só pode ser meu clone.

- Nunca dormi com ninguém com esse nome. - disse.

- Então da onde tirou o Samy?

- É um apelido para Samara. – falei e ela me olhou com um semblante confusa.

- Alguém colocou algum tipo de droga na sua bebida ontem, Laur? – sorri e neguei. – Então me explica por que diabos está me chamando de Samy?

- É um apelido carinhoso. - sorri.

- Como? – ela disse começou a sair de cima de mim.

- Você esta manhã me fez lembrar alguém, seu nome era Samara. – mordi os lábios para esconder o riso e ela que me encarava séria, franziu a testa. Então sua boca se abriu, a "gênia" entendeu.

The other side of the doorOnde histórias criam vida. Descubra agora