Pov Narrador:
E como se fosse uma tentativa de amenizar tudo o que Camila havia preparado para a mãe o dia amanheceu um pouco mais refrescante, porém, o sol ainda aquecia seus corpos lembrando sua presença lívida.
- Mãe..._ Sussurrou Camila ao notar a mãe se levantar recolhendo os pratos de cima da mesa do café da manhã, e Alejandro como se lesse o pensamento da filha se levantou e beijou carinhosamente a testa da mulher.
- Vou arrumar algumas coisas na garagem, já volto._ Deu a volta na mesa e beijou a testa de Camila que sorriu fraco.
E como se sentisse que o assunto seria sério Sinuhe soltou os pratos de qualquer jeito na pia e voltou para encarar preocupada a filha que tratou de acalmar-la,
- Calma não é nada grave, _ Alertou - Ao menos espero que não seja._ Pontou pensativa.Camila voltou a se sentar e a Sinuhe fez o mesmo ficando de frente para sua filha, não era a única, Sofia estava em Cuba, seria sua primeira vez no país sem seus familiares por perto a pré-adolescente estava adorando a ideia.
Porém não era Sofia que lhe encarava de forma preocupante, era Camila, e isso lhe assustava ainda mais, sua bela filha, o que poderia fazer-la ficar tão séria e apreensiva, ela nunca havia ficado daquela forma antes.- Mãe, quero lhe conta algo que se passou na minha vida enquanto estava em Nova York, mas eu não sei por onde começar..._ A garota se espremida na cadeira sem saber o que fazer ou dizer, suas mãos apertavam o pano de prato,
- Comece da forma que acha melhor filha, por Deus, estar realmente me deixando nervosa..._ Murmurou se ajeitando na cadeira quase ficando em pé
- Não precisa, eu vou começa..._ Respirou firme e voltou a olhar nos olhos de Sinuhe, ela deveria encarar aquilo de frente devia isso a sua mãe, - Sabe que quando estava no começo da Universidade e estava sem grana a melhor forma que achei para não ficar perturbando vocês foi trabalha, justo, afinal o Papai estava tão doente no momento. E como obra do destino, a minha professora Issartel me ofereceu um emprego de babá tão bem remunerado que vocês não precisariam nem ao menos pagar a minha universidade, sim aceitei, _ Soltou um suspiro e observou o olhar curioso da sua mãe que parecia inteiramente ouvinte da sua historia,
- E bom lá eu conhece uma mulher desequilibrada e totalmente fora de si, tão louca a ponto de chamar a sua própria filha por nomes grotesco como "mini demônio" e coisas do tipo, e tudo aquilo me faria voar daquele lugar em menos de 24hrs entretanto eu vi um anjo de olhos azuis acinzentado, dizendo quase suplicando por minha presença, mesmo que nem falasse Jully como amo chamar-la, ou melhor Michelle seu nome real me fez aposta naquele emprego com tudo que podia._ O olhar de Sinu agora não assustava mas porém passava uma mensagem de calmaria ao coração de Camila que se sentia cada vez mais a vontade para conta a parte importante e complicada da história.
- E em meio a essa batalha de escuridão, e uma solidão sufocante elas se agarram em mim, em mim..._ Suspirou.
- Mãe, elas se agarram tão forte, que quando dei por mim estava entrando em um evento como namorada de Lauren, _ Deu um meio sorriso e sentiu uma lágrima escorrer pela bochecha e Sinu estava boquiaberta,- Lauren? Essa Lauren que estava aqui?_ Questionou tentando entra no raciocínio da filha.
- Sim mãe, essa Lauren que estava aqui, e que ainda estar aqui de alguma forma, e eu fugir dela ao menos tentei, _ Camila nem havia notado que não segurava mas o pano de prato e sim a mão de sua mãe em cima da mesa, e a mulher apesar de estar sentida por saber daquilo apenas naquele momento, sentiu que aquele não era o momento de questionar e sim de ouvir.
- Lauren é sempre tão maravilhosa comigo, a sua mente e como ela faz as coisas ao redor funciona perfeitamente bem, mas, ela não esqueceu a ex esposa, mas ao mesmo sinto que de certa forma me ame, é possível mãe? É possível ter dois amores em apenas uma vida?_ Camila sabia que a religião da sua mãe não se baseava em crer numa próxima vida, era apenas orações, e missas aos domingos, era o suficiente para a fé de sua mãe,
- Talvez seja possível, o que sei é que cada amor é diferente do outro. Você já namorou aquele rapaz no colegial, como era mesmo o nome dele?_ A mulher passou o polegar na costa da mão da filha tentando tranqüilizar-lá.
- Austin..._ Sussurrou
- Bom, seu amor por ele foi a mesma coisa que estar sentindo por ela?_ A mulher esperou um tempo mas a resposta não veio continuou, - Creio que não, porque cada forma de amar é diferente, e cada pessoa que passa nas nossas vidas traz um pouco delas e levam um pouco de nós e pode até parece clichê e bobo, mas é verdade._ Apertou mais as mãos de Camila na sua,
- Se o relacionamento delas acabaram existem seus motivos e se elas não voltaram também existem motivos para isso querida._ O tom de voz compreensivo de Sinu tirou a chance de Camila zombar disso, também seria muito mórbido fazer piadas sobre a morte de alguém.- Ela estar falecida, ela morreu no parto da Michelle, e Lauren estava na Rússia, e tudo que fez desde de então foi se culpa por tudo de ruim que aconteceu, ah claro e culpa também todos ao redor._ Deu de ombro,
- Ela era tão linda, uma modelo reconhecida no mundo inteiro, ela pousava para empresa de Lauren, pousava apenas de lingeries, e eu não levo jeito nem para tirá foto três por quatro._ Alisou o cabelo e balançou a cabeça.- Filha isso não lhe faz menos que ela, nunca lhe faria, mesmo que ela estivesse viva. Eu sei que se ela não estivesse morta a história de vocês não ia acontecer e talvez no meu mundo e na minha religião não exista destino, mas, lá no começo quando começou a conta tudo você citou o destino, deveria acreditar mais nele._ Ficou em pé e deu a volta na mesa e abraçou lateralmente o corpo da filha, - Não importa quantas vezes você considerou estar apaixonada Filha, e não importa se você ainda acha resquícios do amor antigo nela, se você a ama, sente-se e tenha paciência, o amor também é cura._ Beijou a temporã da filha e sorriu, - Você realmente me deixou preocupada._ Abraçou mais forte
- Desculpa, eu não queria..._ Sussurrou próxima a mãe se sentindo tão amada e segura.
- Opa... não acredito que estava perdendo trocar de amor dessa forma._ Murmurou Alejandro agarrando a filha e a mulher, beijando a bochecha de cada uma e fazendo os sorriso das mesmas aumentarem,
- Você sabia de tudo não é?_ Levou um cutucão de Sinu e Resmungou algo inaudível,
- Ai... que isso querida, digamos que sua forma de saber foi bem mais gentil e amorosa que a minha._ Sorriu, - Considere isso um presente e tanto do destino._ Voltou a pressionar as mulheres sobre seu corpo.- Falta um pedacinho de mim aqui, mas isso é apenas questão de dias._ Lembrou de Sofia e fez Camila fazer um bico fofo tentando imite um falso ciúme,
Tudo havia começado numa bagunça incontrolável, entre a solidão impermeável e a solidão fragmentada de odeio cada uma na sua solidão, e quando tudo isso batesse de frente sem aviso prévio era fato que algo aconteceria, agora se era bom ou ruim apenas o tempo diria, e ele disse quase que berrando, que poderiam acrescentar mais água na chaleira e uma xicarra de chá á mais sobre a mesa, a solidão pedia uma companhia.
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M🌻
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Mais Uma Para SOLIDÃO (CAMREN G!P)
FanfictionComo a jovem sonhadora Camila vai lidar com a solidão em New York? Ela saiu de San Diego Califórnia para cursar a Universidade de Medicina(Pediátrica), com um pouco de problemas com os pais e sem grana ela decide procura um emprego urgentemente Ma...