MICHELLE VAI:

161 5 0
                                    

O som dos ventos batendo nas árvores e o tranquilo lagoa que cercava o acampamento não me deixavam mais tranquila, faziam exatos 48hrs que havia deixado Michelle no acampamento e mal relaxei em casa e  já meti o pé na estrada atrás da minha garotinha.

- Mas que merda de lugar bonito é esse? A Michelle não vai querer voltar! NUNCA MAS!_ praguejava sem parar.
- Não acredito que a Mani me fez permitir isso, eu não acredito! Eu vou liga para ela agora mesmo._ olhava distraída a tela do celular,  andando e sem perceber tropecei em um tronco de uma árvore caindo e fazendo um barulhão, enquanto estava esparramada no chão um homem apareceu um pouco confuso veio na direção de um casebre

- Senhora? O que aconteceu? _ O homem estava totalmente sem jeito ao notar o estado que me encontrava no chão.

- Será que é difícil entender o que aconteceu? Puta merda! _ Tentei me levanta porém fiquei no mesmo lugar.

- Desculpe senhora, eu não sei o que fazer._ Coçou a cabeça sem jeito.

- Que tal começa me ajudando a levanta daqui? Parece brilhante não?_ Resmunguei

- Ah sim, senhora!_ O homem se esforçou e tentou me levantar, mas assim que  apoiei o pé no chão soltei um gemido agudo de dor.

- Aiaiai!_ Sentei no chão. - Acho que estou com o tornozelo fodido!_ Alisei o local sobre a total atenção do homem que aparentava uns 20 anos.

- Termos um plantão médico aqui senhora, posso chamar-lo. A senhora gost..._ Antes que o homem pudesse terminar a frase  o interrompe
- Seria outra ideia brilhante querido!_ Voltei a resmungar de forma rude como sempre costumava ser.

- Sim senhora!_ O homem se afastou adentrando em outro casebre do qual eu nem havia notado, na verdade nunca não havia notado nada porque quando se travava de raiva  simplesmente ficava cega.

Voltou minutos depois com dois caras um pouco mais fortes e vestidos de enfermeiros, me colocaram no braços claro contra minha vontade, não é possível que eu vá odeiar ainda mais esse local!

- Será que vocês podem me coloca no chão?_ Praguejei irritada.

- Coloquem a irritadinha ai na cama!_ Assim que a médica se virou meu semblante de raiva se esvaiu, e assim como eu, Camila também ficou boquiaberta. - Tinha que ser! _ Falou Camila assim que provavelmente recuperou a noção.

- O que faz aqui? _ Rebati tentando me desvencilhar dos homens porém os desgraçados conseguiram me conter e me colocar sentada numa cadeira de roda.

- Eu sou médica Lauren, esqueceu?_ Sorriu timidamente.

- Claro que não! Eu jamais esqueceria um detalhe sequer sobre você, jamais!_ Sorrir abertamente enquanto os caras nos encaravam sem entender nada.

- Pode deixa meninos vou dar uma olhadinha no pé dela caso seja algo mais grave os chamo, mas pelo que observo é apenas uma torção. _ Se aproximou de mim com um ar de médica totalmente alheia ao meu olhar invasivo.

- Sim senhora._ Falou os dois saindo logo em seguida.

- Mandona como sempre!_ Resmunguei

- As vezes é preciso, e sempre quando a questão é  você._ Se agachou nos meus pés e pegou com cuidado meu tornozelo. - Bom parece bem melhor do que esperava apenas uma atadura e uns analgésicos irá resolver._ Voltou o olhar para cima e eu perdi totalmente o sentido.

- Por que estamos tão longe mesmo uma da outra? _ Sussurrei com medo até do vento levar embora aquela conexão, algo que jamais sentir, que nem eu sei explicar.

- Lauren..._ Advertiu em um tom penoso.

- Camila..._Sussurrei divertida.

- Não adianta bancar a bem-humorada agora, eu te conheço Lauren, e você não vai volta adentrar na minha vida assim._ Ela ficou em pé e arrumou o jaleco

- Você que me arrancou dela Camila, você me deixou sozinha, numa solidão terrível._ Tentei ficar em pé porém fraquejei, - Caramba!_ Murmúrei - Por que tenho que te encontrar assim? Droga! _ Voltei a sentar

- É... você estar sempre machucada quando me encontra, isso não é novidade._ Mantenhamos um olha firme, ela soltou um risinho de lado e começou a separar o que ia usar no meu tornozelo.

- Eu estava machucada mas podia sentir Mila, podia, assim como continuou podendo._ Estiquei a mão para tocar levemente no seu ombro.
- Eu sei que meu passado te assustou, na verdade assustaria qualquer uma. Estava inconformada com a saída de Anne tão prematura da minha vida, na verdade ainda estou, e sempre vou estar._ Ela estava paralisada com meu toque em seu ombro, - Mas isso não quer dizer que eu não possa sentir, ou que alguém nunca ganhará espaço na minha vida._ Retirei minha mão, e ela se virou silenciosamente voltando a atenção ao meu tornozelo.

Camila enfaixou meu tornozelo com cuidado e o encarou por alguns segundos, e depois voltou seu olhar sobre o meu - Por que está dizendo isso agora?_ Ela se mantinha firme no olhar e eu não poderia recuar.

- Porque antes minha cabeça estava conturbada, por Deus Camila, o que esperava que eu fizesse? _ Passei as mãos nos cabelos - Eu mal conseguia olhar minha própria filha, isso é desprezível!_ Me sentir a pior pessoa do mundo Michelle havia se tornado (E claro com toda certeza) O meu maior feito na terra.

- Ainda bem que se deu conta disso._ Sussurrou sem jeito.

- Você poderia ao menos jantar conosco apenas para colocarmos o papo em dia, aceita?_ Assim que terminei de falar ela levantou a cabeça rapidamente.

- Oh... Eu bom... Lauren não posso. Sério estou cheia de coisa para organizar._ Ela estava definitivamente vermelha.

- Por que ficou sem jeito?
Michele também vai !_Sorrir
- Não é como se fosse um  encontro. É apenas um jantar de agradecimento pelo cuidado!_ Apoiei o pé não machucado no chão primeiro. E me apoiei na cama, - Que tal?_ Me animei

- Vou pensa, ok? _ Olhou ao redor.
Balancei a cabeça e peguei as muletas com cuidado afinal nunca havia usado isso. Sair da sala confiante, Camila estava quase aceitando jantar comigo isso é um passo enorme.

Nada de solidão nesse próximo fim de semana.

Você leu todos os capítulos publicados.

⏰ Última atualização: Oct 30, 2019 ⏰

Adicione esta história à sua Biblioteca e seja notificado quando novos capítulos chegarem!

Mais Uma Para  SOLIDÃO (CAMREN G!P)Onde histórias criam vida. Descubra agora